capítulo 26

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Max: a viagem até Nova York foi longa de exatas 13 horas. Chegando a cidade cutuquei Phoebe que dormia tranquila junto a janela, a viagem foi difícil e longa ela deveria estar com fome.
- Phoebe. ..
- uhum...
- acorda, chegamos!
Ela se espreguiçou e me encarou atentamente. Peguei nossas malas e descemos do ônibus.
- pra onde vamos? não conhecemos ninguém!
- vamos caçar um lugar pra comer!
- perfeito, estou morrendo de fome!
Andamos alguns minutos por ruas desconhecidas e resolvi pedir informações.
- com licença, sabe se tem algum lugar pra comer aqui perto?
- tem uma lanchonete no final da rua.
- obrigada!
Andamos mais alguns passos rápidos e vemos uma pequena lanchonete. Entramos afobados até o balcão.
- o que desejam?
- gostaríamos de uma... tem cardápio com os preços? !
- aqui!
Ela me deu um cardápio da cor marrom e como os preços eram altos e precisaríamos do dinheiro resolvi:
- me dê uma marmita!
- Max o que tá fazendo?
- você precisa se alimentar!
- você precisa mais do que eu, você não come há 20 horas!
- vou ficar bem agora come!
- mas...
- Phoebe se você comer seria como se eu comesse também!
Ela começou a comer de cabeça baixa e não questionou mais. Saímos da pequena lanchonete e andamos por mais alguns metros onde viam dois homens conversando.  Ao passar por nós eles arrancaram a mala de nossas mãos assim nos deixando sem nada, sem comida, sem dinheiro,  e sem celular.
- e agora Max?
Phoebe perguntou aflita e triste me encarando.
- calma vai ficar tudo bem!
mal terminei a frase e se deu início a uma chuva grossa, começamos a correr pra debaixo de um letreiro de uma hospedagem. Batiamos a porta e logo a mesma foi aberta.
- o que desejam?
- viemos passar a noite...
- são 50 dólares a noite!
- mas não temos esse dinheiro!
- sinto muito mais vão ter de sair!
- não senhora por favor tenha piedade de mim e de minha irmã. Chegamos de uma pequena cidade do interior do Arizona e fomos roubados, acabamos de perder tudo e não temos pra onde ir!
- tudo bem!
A senhora cedeu e nos levou até um quarto é o único que temos.
- já está ótimo!
- muito obrigado, de coração!
- tenham uma boa noite!
Foi o que a senhora disse antes de nos deixar a sós naquele pequeno quarto. Só havia uma cama então eu disse:
- é sua!
- mas e você?
- vou dormir aqui!
Falei me sentando sob a cadeira pequena e dura.
- pra você!
Phoebe falou me entregando um cobertor velho e sujo de mofo.
- boa noite Phoebe!
- boa noite, Max!
Desejei um boa noite a ela e tentei dormir mesmo com aquela posição incômoda.
Phoebe: na manhã seguinte acordei e Max já não estava mais lá,  aquela senhora estava sentada sob a cadeira que Max dormiu:
- bom dia querida!
- bom dia, achei que a senhora. ..
- fosse os expulsar?
- uhum.
Acenti com a cabeça e mesma respondeu amigavelmente.
- eu os acolhi não por causa do dinheiro, mas por que fiquei com pena e pretendo ajuda-los...
- agradeço o que a senhora está fazendo por nós!  Falar nisso cadê o Max?
- foi procurar trabalho!
- vai ser meio difícil pra mim, já que não tenho como saber onde estão contratando!
- eu trouxe esse jornal pro Max quem sabe pode ajudar!
- obrigada!
Peguei o jornal e enquanto bebericava o café analisava os anúncios. Vi um que me interessou secretária em agência de moda! Me despedi da senhora e saí em busca da vaga. Cheguei na grandiosa empresa e me deparei com a grande fila pra ocupar o cargo.
- com licença!
- pois não? Veio pro cargo de secretária?
- sim!
- por aqui!
O homem me guiou até onde havia várias cadeiras, me sentei e aguardei. Uns minutos depois nos entegaram papéis dos quais preenchemos e entragamos, depois de esperar no máximo 3 horas o resultado saiu e não fui contratada. Saí meio cabisbaixa e ao chegar em casa a senhora me animou a tentar outra coisa, minha rotina foi assim durante 2 meses até que consegui um emprego trabalhando em uma pequena loja vendendo comida na rua com a senhora, como Max estava ajudando na hospedaria a senhora se ofereceu pra me ajudar com o trabalho. Tudo estava indo bem até o dia em que passei mal e tive uma leve ânsia de vômito seguida de tontura.
- Hey! Tá tudo bem?
- tá sim só foi mais um enjoo.
- outro? Phoebe você não tá bem! Precisa procurar um médico!
- tá Lurdes, espera só terminarmos o turno da manhã!
- não senhora, quando acabarmos o turno o hospital já vai estar fechado! Vamos agora!
Lurdes guardou as comidas e me arrastou até o hospital. Fizemos a ficha e logo um médico nos atendeu, e em seguida fez uns exames.
- então Phoebe além desses sintomas tem sentido outros?
- nenhum!
- ela está mentindo!  Ela sente também muita fome, e dorme mais do que deveria.
- bom de acordo com os exames e os sintomas ditos parece que a senhorita está grávida... e de provavelmente espera gêmeos...
- grávida? De gêmeos?
Perguntei incrédula sentindo meu corpo reagir. Uma tontura me bateu e minha visão ficou turva, o médico conseguiu me levar até a cama e mediu minha pressão arterial.
- pressão baixa...
O médico murmurou e logo a dona Lurdes perguntou tensa:
- ela vai ficar bem?
- vai é só a pressão que baixou...
- podemos conversar a sós?
- claro...
O médico falou e logo em seguida saiu da sala nos deixando a sós. Dona  Lurdes me encarou atentamente e logo me perguntou:
- Phoebe você está bem?
- não eu não estou!
- quer conversar?
Ela perguntou e logo dos meus olhos cairam lágrimas intensas.
-  eu morava com meus pais em metrobrurg, e logo nos mudamos minha vida mudou. Fiz amigos e até um relacionamento com um rapaz chamado Link, terminamos por causa de uma traição da parte dele. Fiquei tão deprimida e logo surgiu uma cura, um novo amor pra consertar o coração quebrado.  Oyster era amigo de Max e muito próximo a nossa família,  ficamos amigos íntimos e achei que não poderíamos sentir aquilo por vários motivos, quando viajamos a Havaí nossos sentimentos ficaram mais intensos sendo assim eu não podia mais rejeitar o inevitável. Começamos a namorar e uma noite eu me entreguei a ele de corpo e alma, passamos várias horas juntos.  Achei que aquilo seria pra sempre mas não foi, não pensei que fosse chegar tão longe essa nossa relação. E agora
o que vou fazer com essas crianças? eu não tenho nem pra mim que dirá pra elas... o que dirá o Max?
Perguntei escondendo o rosto sob as mãos e mais lágrimas caíram, Dona Lurdes me abraçou e respondeu baixinho enquanto acariciava meu cabelo:
- não importa o que acontecessa, vai ficar tudo bem, tenha fé...
Chegando em casa a primeira pessoa que encontrei foi Max que me perguntou:
- onde vocês estavam?
- ...
- Phoebe o que aconteceu você tá pálida. ..
- precisamos conversar. ..
Dona Lurdes não precisou sair pois o assunto era da importância de todos, além do mais ela já sabia o que eu falaria:
- Max...
Respirei fundo e criei coragem suficiente para dizer:
- eu estou grávida de gêmeos. ..

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