Capítulo 84

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Max: Sou acordado desta vez por raios solares, abro os olhos lentamente e percebo estar ainda na delegacia mas desta vez em uma sala com barras de ferro. Levanto da cama de cimento e olho ao redor, não haviam ninguém além de mim, sento no chão assustado e ponho as mãos no cabelo. Minutos depois uma pessoa grita meu nome e me arrasto até as barras de ferro.
- Max!!!
- mãe o que faz aqui?!
- eu tinha que vim te ver... o que aconteceu?!
- estão me acusando de ter matado Gideon Mcgrath! Mãe, eu juro que não o matei!
- acredito meu bebê, acredito!
Ela diz tentando alcançar meu rosto através das barras.
- quando vai ser o julgamento?!
- amanhã. ..
- já?!
- filho você já está aqui a 3 dias...
- eu não me lembro!
- você ficou a maioria do tempo desmaiado, acredito que seja por que tenha se alterado muito então foi preciso te dopar!
- mas e quanto a Sarah como ela está?! Ela veio me ver!?
Ela engoliu em seco e respondeu hesitante.
- não...
- e quanto aos meninos?!
- eu creio que eles já sabem...
- não. .. meus filhos devem estar me achando um assassino! E a Phoebe, sabe que eu tô preso?!
- vocês são irmãos e ainda por cima gêmeos. ..
- não fale nada, não quero que ela saiba!
- mas filho...
- por favor!
- está bem...
Ela pega na minha mão presa na barra e seus olhos se enchem de lágrimas.
- vai ficar tudo bem. ..
- mas e se não?!
- eu não o matei, e isso vai ficar claro amanhã...
- eu espero, eu espero!
ela acaricia meu rosto tristemente e um guarda aparece chamando.
- acabou o tempo!
- já estou indo, não esquece que eu te amo!
Ela se afasta da barra e quando ela estava perto de cruzar a porta de ferro eu chamo.
- mãe!
- oi?!
Ela vira e logo respondo.
- eu também te amo!
Ela sorri fracamente e vai embora, me deixando confiante mas triste. Tudo que eu queria era ver Sarah, explicar pra ela que não o matei, ela deve está me odiando. Bato na minha própria cabeça e tiro esse pensamento com um sorriso largo de orelha a orelha, amanhã vai ser um novo dia, dia esse que terei a chance de mostrar que sou inocente e serei libertado. Nem consigui dormir de tão ansioso, por volta de umas 9 ou 10 da manhã os guardas vieram me buscar.
- tá na hora...
- finalmente!
Levanto da cama e vou lentamente com os guardas até uma viatura em frente ao departamento, que provavelmente estava a minha espera. Em poucos minutos chegamos ao tribunal, haviam vários repórteres então cobriram meu rosto com um saco preto, lá dentro retiraram e fiquei esperando me chamarem.
- o júri popular desta seção chama o acusado Max Thunderman!
- sua vez!
Um homem diz e pacientemente caminho por uma porta. Enquanto andava percebi que
Haviam várias pessoas mas meus olhos procuravam apenas por uma.
- jura solenemente nunca mentir perante mim?!
- juro!
Digo com a mão no peito e ele diz.
- sente- se!
Me dirijo até uma cadeira com uma mesa escrito "acusado".
- bem... começaremos pelas testemunhas!
- o júri chama para depor a senhorita, Allison!
Meus olhos seguem uma mulher se levantar e foco em seu rosto, Era Allison. Ela seguiu e ficou de frente para o juiz.
- jura solenemente nunca mentir perante mim!
- juro!
Ela diz com a mão no peito, e o juiz manda.
- sente-se!
Ela segue até uma cadeira vaga escrito testemunhas.
- eu gostaria de lhe fazer umas perguntas, se não se importar!
- claro!
- senhorita Allison, qual sua relação com o Réu?!
- sou ex noiva!
- ex noiva?! Por que terminaram?!
- bem... já estávamos mais dando certo!
- a relação de vocês, durou quanto tempo?!
- 5 anos...
- esta relação de 5 anos, quando terminou? !
- há uns meses!
- quando você percebeu que estavam mais dando certo? !
- Quando viemos pra Hiddenville!
- onde vocês moravam?!
- em Nova York!
- quando o conheceu, a senhora sabia que ele tinha filhos?! Com Sarah Mcgrath? !
- não, nem ele! Só sabia que ele tinha gostado muito de uma mulher, e ela a havia magoado!
- a senhora, cuidou dele suponho! Mas passava pela sua cabeça que poderia ainda amar a outra!
- sim passava!
- onde se conheceram exatamente? !
- em uma festa!
- oh eles se conheceram em uma festa! Não passou pela sua cabeça que ele poderia ser um assassino ou coisas do tipo?!
- não, Max sempre foi uma pessoa de gênio forte mas nunca machucaria alguém!
- alguns vizinhos relatavam que haviam gritos vindos da casa de vocês, durante a madrugada! Vocês discutiram e brigavam?! Ele lhe agredia?!
- não! Qualquer casal briga!
- mas às 2 da manhã?! Há relatos que diziam que você citavam vícios...
- ...
- o senhor Thunderman sofria de algum vício?!
- ...
- Há algumas horas chegaram alguns documentos que mostram a entrada do senhor Thunderman em um centro de reabilitação! Ele sofria de vício de drogas?! Ele escondia, vendia drogas?!
- não, nunca! Ele apenas as vezes exagerava na bebida! Nada de mais! E o senhor não for me fazer mais alguma pergunta eu vou voltar pro meu lugar!
- espere! Mais alguma pergunta?!
- não meretíssimo!
- e o senhor?!
Ele perguntou pro meu possível advogado que balançou a cabeça negativamente.
- pode ir então!
Ela levantou e voltou pro seu lugar.
- agora é vez de Billy Thunderman!
Billy levantou e parou em frente ao juiz.
- jura solenemente nunca mentir perante mim?!
- juro!
Ele disse colocando a mão no peito e depois se dirigiu até a cadeira onde Allison estava.
- eu gostaria de saber, qual é sua relação com o réu?!
- ele é meu irmão!
- seu irmão, né?! Você acredita que o seu irmão matou Gideon Mcgrath?!
- não!
- por que?!
- Eu conheço Max minha vida inteira e sei que ele não faria isso, nem com o pior inimigo! Eu acredito que armaram pra ele!
- eles eram inimigos? !
- não! É só que... ah você entendeu!
- bem, já que diz o conhecer, diga! Onde seu irmão estava na noite do crime?!
- eu não sei, eu estava na faculdade!
- faz faculdade de que?!
- faço de direito!
- então deve saber que acusar alguém é crime!
- sei disso!
- então por que diz que
" armaram pra ele"?!
- por que, não acho que Max tenha matado alguém!
- então é mais fácil, acusar alguém de incrimina-lo?! acredito o quanto deve ser difícil ter um membro da família acusado de um crime, será que o mau é de família?! Já que senhor já esteve em vários problemas como dirigir embriagado e pixar muros! Tão jovem e já é um delinquente, assim como o irmão !
Ele diz com escárnio e Billy infelizmente caí na sua provocação.
- ora seu!!!
Billy se exalta e tenta partir pra cima do maldito promotor.
- ordem ou terá de ser detido por desacatar um membro da justiça! Mais alguma pergunta promotor?!
- nenhuma, senhoras e senhores isso só prova que os membros desta família são de temperamento agressivo e não respeitam as leis... fico me perguntando de onde eles herderam tais comportamentos... se da mãe ou do pai...
- lava a boca pra falar da minha família, seu empregado de merda! E olha principalmente quando for falar do meu marido!
- ordem!
O juiz pede delicadamente batendo com o martelo mas minha mãe acaba por perder a paciência e entra no jogo.
- ordem o que?! Voces tão acusando meu filho de um crime que ele não cometeu! Ele seria incapaz de machucar alguém, e o senhor me pede ordem?! Aí é que me intrometo mais ainda! Meu filho é inocente e se vocês não acreditam vão se f*der...
- agora já chega! Levem!
Os policiais foram até minha mãe e a levaram pra fora, bati na testa com impaciência. O promotor os estava procando e eles caíam, assim vai ficar inválido suas declarações. .. e o meu advogado então?! É caso perdido se eu mesmo não me ajudar.
- bem... com ficam as declarações dadas?!
- estão válidas, menos a da senhora Bárbara Thunderman!
Respirei aliviado e ele logo protestou.
- mas...
- agora é a vez do acusado! Quem quer começar a perguntar? !
- com licença, meretíssimo, eu gostaria de fazer uma perguntas ao réu!
- pedido concedido! darei a palavra para o promotor de acusação!
Ele levanta-se e se aproxima parando a alguns metros de distância.
- senhor Thunderman! É verdade que o senhor já esteve em problemas como esse?!
- nunca!
- Então com que motivos o senhor esteve presente em uma audiência com um outro juiz?!
- bem... eu estive em uma audiência, mas era relacionado a meus filhos!
- vejam senhoras e senhores! Ele tem filhos! Podemos saber com quem?!
- com Sarah Mcgrath!
- mas ela é casada! O senhor afirma que teve filhos com uma mulher casada?!
- sim, quer dizer não! Ela não era casada na época!
- quer dizer que o senhor e ela eram bastante íntimos?!
- não necessariamente, nos víamos apenas pra falar das crianças!
- com que frequência?!
- 3 vezes na semana!
- então isso explica porque o marido era tão ciumento. Qual era a sua opinião sobre o casamento deles?!
- bem... eu acho que era conturbado...
- por que afirma isso?!
- bem, ele tinha ciúmes... tanto que da última vez que brigaram ele ia a agredir...
- o que senhor sentiu nesse momento?!
- uma raiva incontrolável!
- vejam senhoras e senhores, ele sentia raiva da vítima ou talvez inveja?!
Ele se dirigiu a mim e me defendi.
- que?! Eu inveja, dele?!
- ... sim! Ele era casado com a mãe dos seus filhos não era?!
- era mas não entendo o que o senhor está tentando insinuar!
- eu estou dizendo que o senhor o matou por que queria sua vida! Seu dinheiro, sua casa, sua vida, sua esposa ... seus filhos!
- Eu não preciso invejar nem dinheiro nem casa por que tudo que eu tenho, conquistei com meu próprio esforço não foi invejando o dos outros!
- não sentia raiva dele?! Queremos saber o motivo!
- o motivo é simples! Ele tinha um diamante mas procurava sempre bijuterias, procurava em outros lugares falsas felicidades quando ele tinha a vida perfeita!
- está se referindo a quem?! Sarah?!
- sim...
Sussurrei baixo e seu rosto macio me veio a mente.
- o senhor ainda a ama?!
- sim... quer dizer não sei...
- então admite que está se contradizendo?! Ainda a ama e quer ficar com ela, mesmo com um obstáculo que era seu marido?!
- eu protesto!
- sobre?!
- o promotor está deixando meu cliente confuso!
- pedido concedido! Mas alguma pergunta, promotor?!
- nenhuma. .. só irei fazer um apelo as senhores e senhoras! Peço que vocês analisem bem o caso e principalmente as declarações, está mas que provado o resultado!
- iremos analisar o caso e voltaremos em 15 minutos!
Disse o juiz e me levaram até uma outra sala. Eu estava morrendo de ansiedade e meu advogado veio me ver.
- senhor Thunderman!
- o que você quer?! Se for sobre pagamento não irei lhe pagar nada! O senhor não disse uma só palavra!
- senhor Thunderman, não vim cobrar nada! Sou empregado público e estou aqui por que é o meu dever e se eu não disse foi por que suas chances são boas de vencer o caso!
- você acha?!
Perguntei esperançoso e me respondeu confiante.
- tem sim! Com licença, está na hora de eu ir!
- até mais!
Digo sorridente e minutos depois policiais vem me buscar.
- já?!
- vamos!
Voltamos e desta vez minha mãe estava lá sentada em silêncio e parecia ansiosa e preocupada, seu rosto expressava medo e arrependimento.
- bem... todas as testemunhas foram ouvidas, tivemos a exceção com a senhora Mcgrath que não quis se comprometer ou testemunhar contra ou a favor. Então de acordo com o que foi visto hoje neste tribunal, chegamos a uma decisão quanto ao caso Gideon Mcgrath! Chegamos a conclusão de que o senhor Maximus Thunderman
é. ..
Comecei a suar frio enquanto ele olhava apreensivo para o papel.
- culpado! Pelo crime de homicídio qualificado da morte de Gideon Mcgrath, o sentencio há 8 anos de prisão ou morte!
Ele bateu o martelo e meu sangue gelou, meu coração parou por segundos e tudo se tornou câmera lenta enquanto ele me guiavam pra algum lugar podia ouvir gritos distantes.

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