A Nerd e o Popular ( Sarax )

Capítulo 71

Sarah: combinei com Phoebe de nos encontrarmos na festa de hoje a noite. Resolvi ir tomar banho e testar minha nova técnica em maquiagem, quando terminei já estava passando da hora de me arrumar. Depois de pronta resolvi bater no quarto de Max.
- Max!!!
Chamei mais 3 vezes e nada de Max vir atender. Será que ele já havia descido sem mim?! Como percebi que ele não estava desci pra onde aconteceria a festa, o som estava auto mais mesmo assim ainda dava pra ouvir o barulho do meu salto ecoar no corredor vazio. Entrei naquela multidão de pessoas e procurei um rosto conhecido mas não vi nenhum dos 3, depois de muito procurar resolvi ligar mas ninguém atendeu. Vi algumas pessoas bebendo no bar e sentei a fim de esperar resposta. Fiquei ali sentada isolada durante 1 hora e 39 e ainda não os tinha visto.
- Max cadê você?!
- Max!
Eu tentava inutilmente obter resposta mas nada de ele responder. Até que por fim desisti e achei melhor esperar, uns minutos depois um rapaz asiático que estava não muito longe se aproximou e se sentou ao meu lado.
- problemas com o namorado? !
- não a gente só desencontrou!
- ata! é nova por aqui?!
- sou... mas estou só de férias. .. vim com uns amigos!
- ata! Sou Gideon!
- sou Sarah!
- prazer conhecer, mais se me permite dizer você é muito bonita!
- obrigada!
Respondi sem graça e ele piscou pra mim. Antes que podesse me dar mais uma cantada vi um rosto familiar passar não muito longe.
- é. .. tenho que ir!
Corri o mais rápido e segui o rapaz que tinha achado familiar. Corri até o rapaz e toquei seu ombro.
- Oyster?!
- Sarah oiiii!!!
Ele falou espafatosamente e só então percebi sua embriaguez.
- cadê a Phoebe e o Max?!
- a Phoebe? !
Ele falou alegre e logo seu sorriso se transformou em lágrimas,logo se jogou ao chão, efeitos da bebida.
- A Phoebe...embora...Max... quero... Phoebe...
- que? Eu não tô entendendo! Respira!
- a Phoebe e o Max foram embora!
- como assim?!
- eles foram não vão voltar!
- não o Max... não faria...
Eu falei aquelas palavras cortantes já chorosa assim como o bêbado ali caído.
- não ele não faria você está brincando comigo não está?! Fala que sim...
Ele não respondeu apenas continuou chorando então percebi que ele não mentia.
- não, isso não tá acontecendo!
Falei com lágrimas grossas enquanto minhas mãos passeavam nervosamente no meu cabelo o puxando com força.
- como eu fui idiota...
Saí correndo sem rumo ou direção. ouvi o bêbado gritar meu nome mais nem liguei, continuei a correr entre as pessoas ali, vi Oyster mal se equilibrar e gritar meu nome do alto da escada. Abaixei e tirei o salto voltando correr novamente assim o despitando no meio da multidão. Tudo que eu quero é ficar sozinha e longe das pessoas, já bem longe de onde eu estava anteriormente encontro uma porta de vidro aberta e logo me deparo com um banco de cimento no meio do jardim. Sento me ali, e começo a chorar, a cada lágrima que caía a chuva ficava cada vez mais intensa, assim como meu despero por ter sido tão estúpida. Acho que já passava da meia noite quando resolvo ir para o quarto. Encharcada e totalmente molhada sigo arrastando os saltos altos agora totalmente cheios de água, abro a porta e me jogo chorando na cama. Fico assim chorando por 3 minutos até que enfim me veio a lembrança de que havia guardado alguns remédios na gaveta. Levanto -me e sigo lentamente até ela, abro a gaveta e pego os tais remédios; com eles em mãos começo a tomar todos assim misturando os efeitos colaterais que posivelmente me levariam a tão esperada morte. Já havia tomado 4 das 6 cartelas de remédios foi quando começaram a surtir efeitos alucinógenos e desmaiei.
Flashback off
- ahhhh!
Abro meus olhos rapidamente já entrando na minha constante rotineira falta de ar. Procuro apressadamente meu inalador e quando o acho o uso, e pouco a pouco minha respiração acelerada volta ao normal. Percebo estar suada e levanto da cama em direção ao banheiro, lavo o rosto, e toco o coração ainda acelerado.
- Calma Sarah, foi só um pesadelo!
Digo pra mim mesma e volto pro quarto, percebo estar só de camisola e vou até o closet pegar um hobby. Enquanto eu o colocava eu seguia em direção até a cozinha vazia onde só encontrei Nana, minha empregada mais antiga e que havia sido minha baba.
- Bom dia Nana!
Falei parada a porta, ela largou o que estava fazendo e veio até mim.
- Bom dia Sarah!
Ela falou vindo até mim e me dando um beijo na testa.
- vai querer comer?
- vou sim!
Segui até a mesa ali e sentei me esperando ela trazer o café. Ela colocou café e bolo na mesa, eu me servia enquanto ela lavava a louça.
- onde está todo mundo?!
- Bem... o senhor Gideon já foi pro trabalho e as crianças foram pra escola!
- como assim já foram pra escola?!
- o senhor Thunderman, veio busca-los pra leva-los pra escola!
- sem comerem, ou se arrumarem?!
- calma, não se assuste! Ele veio lhe ver então falei que a senhorita estava indisposta, então ele viu os meninos e pediu pra leva-los por mim, eu os levaria mais a pé demoraria muito então ele se compadeceu e insistiu pra leva-los! Fiz mal em deixa-los ir com ele?!
Quando assimilei o que ela dito sobre Max havia vindo me ver um pequeno sorriso se fez em meus lábios mas logo se desfez com a lembrança do sonho.
- não, claro que não Nana!
- Sarah!
Ela disse meu nome enquanto se sentava na cadeira ao meu lado.
- uhum...
Falei ainda focando no café que estava tomando.
- posso te fazer uma pergunta?!
- pode!
- mas quero sua total sinceridade e honestidade!
- claro o que é?!
- o que está acontecendo entre você e esse rapaz?!
Meu sangue gelou e meu coração errou uma batida com sua pergunta inesperada.
- nada! Nana quase engasguei com o café!
- Sarah, olhe pra mim! Você prometeu ser sincera!
Ela falou virando meu rosto em sua direção.
- tá!
Falei nervosa enquanto suspirava pesadamente.
- a gente se beijou!
Falei rapidamente tropeçando nas palavras.
- e você?! Correspondeu?! Gostou?!
- gostei claro mas aquilo aconteceu e travei!
- aconteceu de novo?!
- uhum...
Acenti com a cabeça e a mulher me abraçou afagando meus cabelos.
- eu não quero ser magoada de novo... não quero Nana!
Falei entre soluços e a mulher me abraçou mais forte assim me deixando mais tranquila. Eu prefiro sofrer para sempre do que ser enganada novamente e passar minha vida toda me culpando por um erro cometi.