Capítulo 86

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Max: três longos meses se passam até que chegou o tão esperado dia. Minha rotina era quase a mesma, acordar, pensar em Sarah, pegar sol, voltar pra sela, pensar em Sarah, almoçar...
Resumindo minha rotina era composta somente em pensar em Sarah e isso incomodava meu amigo.
- Max!
- hum...
- tô falando com você!
Ele diz estalando os dedos na frente do meu rosto e o encaro.
- oi?! Tava distraído!
- percebi... tava pensando nela de novo?!
- tava...
Digo cabisbaixo e ele logo se incomoda.
- não entendo, ela te abandona por três meses e você ainda pensa nela?! Pra mim isso é uma perda de tempo!
- não é por que você desacreditou no amor que eu vou desacreditar também!
- hey pega leve!
- Não foi o que quis dizer; falei da boca pra fora! Desculpa!
- sem problemas!
- acho que vou tomar um sol...
- vai lá, pode ser que você esvazie a mente!
Ando pelo pátio, e me sento em um dos bancos. Estava sentindo falta do calor do sol quando um dos guardas aparece atrás de mim, olho pra cima e vejo sua expressão séria.
- nossa veio só roubar o sol, ou brincar de ficar sério?!
- sem gracinhas, não vim aqui pra aturar suas brincadeiras bestas!
- tá bem!
Digo levantando as mãos em sinal de rendição.
- o que veio fazer então?!
- vim te informar que o diretor está te aguardando na sala dele! Vamos!
Ele nem deixa eu responder e já me leva. Ele me deixa em frente a porta e saí. Abro a porta e avisto o diretor atolado em papéis.
- posso entrar?!
- já entrou!
Fecho a porta atrás de mim e ele continua a olhar os papéis.
- queria me ver?!
- queria sim, sente-se é algo muito importante e do seu interesse!
Ando até a cadeira em sua frente e me sento. Ele me encara e começa a dizer.
- bem... você se dizia ser preso injustamente não é?!
- sim, por que?!
- através da insistência e persistência da sua mãe, ela conseguiu provar que você é inocente!
- como ela conseguiu provar?!
Pergunto incrédulo e desconfiado.
- não sei os detalhes, só sei que o senhor será solto imediatamente! Se dirija a sela e pegue o que é seu em seguida estará livre...
- é sério?!
Digo emocionado e com os olhos brilhando de felicidade.
- sim, muito sério!
- obrigado diretor! OBRIGADO SENHOR!
Grito saindo da sala e indo até as selas que ficavam do outro lado do pátio. A sala da diretoria obviamente era mas distante porém muito mas segura e limpa. Chego a minha sela com um sorriso de orelha a orelha, minha felicidade era muito para não ser percebida de longe.
- onde você tava?!
- na sala do diretor!
- o que você aprontou, e que felicidade toda é essa?!
- EU VOU SER SOLTO!
- que?! Como assim?! Tua pena não era de 8 anos?!
- era mas foi provada minha inocência!
- quando?! Como?!
- eu também não sei, só sei que eu tô LIVRE!
Falo alegremente e vejo guardas chegarem pra me levar ao portão.
- você vai ficar bem, Dylan?!
- vou! O mais importante é que você vai ser livre, vai ver a mulher que você tanto ansiou...
- verdade vou vê la e matar a saudade!
- eu vou sentir sua falta! Principalmente das suas lamentações durante a noite!
Ele diz me abraçando e retribuo em um gesto de camaradagem.
- tenho certeza que vai!
Nos afastamos e os guardas me levam. Eles me levam até uma sala já vista por mim antes e lá eles me entregam meus pertences pessoais. Visto a roupa e sou levado até uns portões grandes, que foram abertos pra mim. Do outro lado se encontravam minha mãe, irmãos, filhos e Allison.
- Max!
Ela correu pra me abraçar, e percebi que ela realmente havia sentido minha falta.
- eu estava com saudades!
- eu também tava!
Me solto e todos nos encaravam com sorrisos.
- papai!!!
Agora foi a vez dos menores que eu tanto senti saudades.
- oi meus travessos! Como eu senti saudades!
- nós também!
Eles sorriem e me levanto pra abraçar minha mãe.
- bem vindo de volta!
- obrigado!
- pelo que?!
- por não ter desistido!
- eu não teria conseguido sem uma ajudinha!
- de quem?!
- ...
Ela não responde por que os mais novos pularam no meu colo empolgados.
- vamos papai comemorar!
- foi mal pequenos, mas agora eu preciso de um banho...
- tem razão! Precisa!
- enfim livre!
- hahaha!
Todos riem e vamos pra casa da minha mãe. As crianças brincavam com Billy e Nora enquanto eu conversava com minha mãe.
- então. .. como é que a senhora conseguiu provar minha liberdade?!
- através de câmeras de segurança! Mas como foi passar 3 meses naquele presídio?!
- tentaram me matar no 2 dia!
- oh!
Mamãe ficou assustada e expliquei.
- não precisa se preocupar, graças um amigo meu eu estou vivo!
- quem é esse amigo?! Tenho que agradece-lo
- Dylan! E sim eu sei o melhor jeito de agradecer, vou liberta-lo da cadeia, ele foi condenado há 6 anos! Acho que ele também pode escapar de pegar tudo isso!
- faz bem... agora deixe eu terminar o almoço! Sabemos que Allison não é boa com cozinha...
Ela diz sussurrando e Allison grita.
- eu ouvi...
- desculpe!
Mamãe disse se dirigindo até Allison e ajudando. Vou até as crianças que brincavam na varanda.
- oi crianças!
- oi papai...
- estão fazendo o que?!
- brincando com o tio Billy!
- brincando de que?!
- de esconde- esconde, mas ele é muito bom...
- querem uma dica?!
- queremos...
- eu digo se vocês me disserem uma coisa primeiro!
- o quê?! É sobre a mamãe?!
- o quê? ! Como vocês descobriram? !
- bem... seus olhos brilharam e entendemos que era sobre notícias dela.
- e aí? ! Como ela está?!
- bem...
- Eu fiquei esperando que me dissem o contrário!
- o quê? ! Que ela sente saudades? Mas isso é uma coisa perceptiva...
- ela sente saudades?!
- muita, chora toda noite além de passar o dia trancada... ao contrário do dia em que ela é sempre alegre conosco. .. mas sabemos que ela não tá bem!
- crianças, essa é uma notícia ótima! Onde a mãe de vocês está?!
- geralmente ela gosta de andar pelo parque de Hiddenville, se ela não estiver lá é por que tá no píer. .. às vezes ela gosta de olhar o mar...
Eu já havia levantado e saído correndo enquanto dizia.
- procurem o Billy na garagem, geralmente é lá que ele se escondia... e como recompensa eu vou levar vocês pra tomar sorvete!
- eba!!!
Eles gritam empolgados e vão a procura de Billy, enquanto eu vou pegar meu carro. Dirijo feito um louco apaixonado e a procuro por todo o parque de Hiddenville e não a encontro, começo a me desperar e ando sem rumo. Quando menos espero vejo uma pessoa ao longe, uma mulher. Ela olhava distraidamente para o mar enquanto seu cabelo voava ao vento forte, me deixo levar como se atraído e percebo ser a mulher que tanto sonhei, que tanto pensei em encontrar.
- dia frio não é?!
Ela me encara levemente e vejo seus olhos brilharem e ela ficar incrédula e assustada.
- Max?!
- em carne e osso!
- oh meu Deus!
Ela vem e me abraça fortemente.
- eu fiquei tão preocupada, pensei que a tua mãe não fosse conseguir. .. é tudo culpa minha! Me desculpa, era pra mim ter acreditado, te defendido... mas não fui fraca e uma idiota que te abandonou quando você mais precisou. ..
Ela me solta e diz com a voz de choro e os olhos bastante marejados.
- hey!
Toco seu rosto e limpo uma lágrima que caiu.
- não foi culpa sua...
- não foi?!
- não! Você nunca me abandonou, sempre esteve comigo. Não fisicamente mas no meu coração, enquanto eu viver você nunca vai me abandonar...
Pego em sua mão, e ela olha em meus olhos. Levo sua mão até meu peito onde fica o coração e termino a frase.
... por que o seu lugar é no meu coração. ..
Ela estava tão emocionada que sua primeira reação foi me beijar, um beijo de desespero e saudade, suas mãos no meu pescoço e as minhas na sua cintura fina e delicada.

A Nerd e o Popular ( Sarax )Onde histórias criam vida. Descubra agora