Capítulo 76

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( fui escrever esse capítulo e acabei me arrepiando também)
Sarah: passado uns minutos a cena ainda era a mesma, Max pregado ao corpo da avó e o senhor Thunderman afagando os cabelos das crianças que também choravam sileciosamente. Eles ficaram assim durante minutos até que enfim a ambulância chega e vou atendê -los.
- é aqui que morreu a senhora...
Ele olha um papel e volta a atenção a mim.
... Nana Thunderman?!
- é por aqui...
Eles entram e os guio até o quarto onde Max ainda estava abraçado a ela.
- quem são esses?!
- calma, Max! Esses são os agentes do hospital,  eles vieram busca-la pra fazer a autópsia!
- não,  eu não vou deixar voces tocarem nela!
Ele diz de forma atordoada e o homem diz pacientemente.
- senhor se não se afastar do corpo serei obrigado a usar a força bruta!
- não será necessário, deixa eu conversar com ele!
Sento a seu lado e digo.
- Max eles precisam levá -la!
- não...
- Max por favor! Eu sei que você amava sua avó mas precisa deixar eles fazerem o trabalho deles, pela as crianças eu te peço que deixem eles levarem ela pro hospital...
- por favor pai...
Os mais novos pediram e ele se afastou lentamente. Ele viu os homens colocar a senhora em uma espécie de maca, e levar até um carro. Seguindo eles até o carro Max perguntou preocupado.
- pra onde vão levá -la?!
- pro hospital! Pedimos que um parente cujo não esteja tão afetado venha conosco... para assinar uns papéis e mais algumas coisas...
- eu vou...
- quem é você?!
O moço perguntou a Max mas quen respondeu foi senhor Thunderman.
- é nosso neto! mas ele está muito alterado, então eu vou!
- eu quero ir...
Ele tentou protestar mas novamente o avô disse.
- ela é minha esposa, a minha obrigação era estar com ela nos bons e maus momentos... não me tire esse direito!
Seu avô disse firme mas de maneira triste a ponto de seus olhos marejarem. Ele entrou no carro em direção ao hospital e Max não parava de chorar encarando a casa atrás de nós.
- hey!
Eu o abracei e o senti chorar mais ainda.
- calma tá?! A gente vai no meu carro,  ligo pra Nana vir buscar as crianças!
Ele apenas acentiu e entramos no carro em silêncio,  enquanto eu dirigia Max estava com as crianças no colo. Assim que estacionei liguei pra Nana.
- alô?
- Nana!
- oi Sarah! Por que tá ligando pra mim a essa hora?! Aconteceu algo?!
- tá tudo bem comigo mas é que preciso que você venha pro hospital!
- pro hospital?! Quem morreu?!
Encarei Max e não quis dizer nada além de:
- só vem...
Desliguei o telefone, e minutos depois ela chegou apressada e com o coração acelerado.
- Sarah!
Ela correu até mim e me abraçou,  em seguida respirou aliviada antes de dizer.
- que susto você me deu! O que está fazendo aqui?!
- eu disse que não era pra se preocupar conosco!
- vocês estão em um hospital como eu não ia me preocupar?! Mas me diga o que está fazendo aqui, e essa hora da noite?!
Ela perguntou sentando do lado das crianças que estavam quase dormindo no banco próximo a recepção.
- a avó do Max faleceu!
- oh sinto muito! Mas cadê ele?!
- foi atrás de notícias dela! Por isso chamei você,  eu quero ficar aqui... pra prestar apoio!
- compreendo... mas eu não vou deixar você aqui sozinha. ..
- Nana hospital não é lugar pra crianças!
- eu sei mas enquanto eu estiver aqui, nada vai acontecer a vocês! Agora vem senta aqui...
Respirei profundamente e me dei por vencida, sentei ao seu lado e ela colocou minha cabeça em seu colo assim acariciando meu cabelo mas não caí no sono de tão preocupada. Horas depois quando Nana estava quase dormindo Max reaparece,  e senta do nosso lado, parecia estar nervoso.
- tá tudo bem?!
- não...
- o que aconteceu?! Onde você tava?!
- tava tentando encontrar alguém que me desse notícias!
- e achou?!
- não... os malditos médicos não me disseram nada e mandaram eu vir pra recepção! Se não iam me expulsar do hospital!
- também,  você precisar se acalmar! Tá muito nervoso!
- COMO QUER QUE EU ME ACALME SE A MINHA AVÓ TÁ LÁ DENTRO?!
Ele disse alterado apontando pra uma porta, e as crianças apenas se mecheram e viraram pro outro lado.
- desculpe... mas é que... eu tô preocupado...
- tá tudo bem. ..
Eu disse acariciando seu ombro e ele se acalmou. Acabei dormindo no seu ombro mas escuto uma voz familiar e me levanto.
- Gideon!
- Sarah, onde você tava?! Passei a noite te ligando!
- meu celular tava descarregado! Passei a noite...
- Sarah o que você e essas crianças fazem aqui?!
Ele perguntou impaciente vendo as crianças sentadas no banco ao lado de Nana.
- São os meninos...
- sim percebi... mas não respondeu minha pergunta!
- eu vim pra dar apoio ao Max! E como eu tava com as...
Ele fechou a cara e me encarou com raiva.
- Sarah hospital não é lugar pra crianças... e principalmente pra você,  vem eu te levo pra casa e depois conversamos!
Ele diz um pouco alterado segurando meu braço e tento me soltar.
- me solta, o que deu em você?!
- o que foi não posso levantar a voz que já vai querer chorar?! Vai fazer o que apelar pro teu amante?!
- amante?! O que deu em você pra tá agindo como um babaca?! Gideon você não é assim...
- tem razão,  eu não sou...
Ele aperta meu braço e tenta me puxar.
- me solta!
- não,  você vem comigo...
- larga ela!
Max diz autoritário e Gideon desafia.
- o que vai fazer?! Me bater?!
A essa altura todos no encaravam na expectativa de que iria ter briga.
- Para Gideon! Não precisa se envolver Max só estamos conversando!
- e pra conversar precisa estar pedindo pra parar de te segurar?!
Olho pro meu braço e vejo Gideon ainda me segurando. Nessa hora o diretor do hospital chega, e Gideon me solta.
- Gideon,  na minha sala! Agora!
Ele passa por Max e esbarra em seu ombro dizendo.
- vai ter volta!
- vai me explicar o que tava acontecendo?!
- não é da sua conta!
- Sarah, ele quase te agrediu na frente dos nossos filhos,  e você vem dizer que não foi nada! Que não é da minha conta?!
- ... não não é da sua conta! Da minha vida cuido eu!
- como você é teimosa! Por que não vê que o cara que você tá casada não presta?! Ele não é o que você pensa...
- o quer que eu faça?! ele não é assim, só acabou se estressando! Mas o que você queria que eu fizesse?!
- que se divorciasse sei lá!
- eu não vou acabar meu casamento por causa de caprichos seu! Eu o amo!
- tá bem se você quer continuar com essa farsa que você chama de casamento,  vá em frente continue casada com ele!
Antes que eu dissese algo um médico se aproximou e pôs fim a discussão.
- atrapalho?!
- não de maneira nenhuma!
- bem... são os parentes de Nana Thunderman?!
- eu sou o neto dela! E aí, alguma notícia?!
- sim!
- qual?!
- o corpo foi liberado apesar de que eram pra terem trazido o corpo assim que ela morreu!
- com assim não tô entendendo! A gente trouxe!
O médico fez sinal de negativo com a cabeça e voltou a afirmar.
- a sua avó morreu faz muito tempo!
- não,  impossível! A trouxemos assim que ela morreu!
- não senhor,  os exames feitos apontam que sua avó morreu há exatas 17 horas atrás!
- 17?! Mas estamos aqui há a 15 horas!
- sinto muito mas se o senhor quiser posso mostrar o exame...
Ele pegou o papel que carregava e começou a ler.
- Nana Thunderman de 72 anos morreu de infarto há exatas 17 horas e 20 minutos,  sendo trazida pelo marido e neto apenas 15 horas atrás!
- mas... ela tava bem 17 horas atrás,  eu garanto! Ela falou conosco, a última pessoa que falou com ela foi Sarah!
- eu lamento... meus pêsames! Com licença!
Max tentou explicar mas de nada adiantou, quando ele disse meu nome e que eu havia sido a última a vê la um arrepio passou pela minha espinha o que me fez me arrepiar por inteira. 
   Quando voltei ao normal eu dei meus pêsames mas me arrependi.
- eu lamento muito Max...
- Lamenta?!
Ele disse irônico e em seguida deu uma pequena gargalhada.
- lamenta nada... se lamentasse não teria me  roubado a última vez que veria minha avó com vida!
- do que cê tá falando?! Você quem havia me dito que ela tinha me chamado; você ouviu o médico ela já havia morrido quando cheguei lá,  mas você não se importa não é?! Não se importa com ninguém além de você mesmo!
Digo limpando as lágrimas que caíam de raiva e antes de ir embora disse irritada.
- Até nunca mais!
E fui embora sem nem olhar pra trás.

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