A Nerd e o Popular ( Sarax )

Capítulo 85

Max: sou jogado no carro de viatura e levado até um presídio distante de Hiddenville, especificamente em uma parte isolada de Metroburg. Chegando lá após me darem um intenso banho com um jato de água, me dão um uniforme laranja e na sequência me direcionam pra assinar uns papéis onde eu me registraria como presidiário. Após mais algumas coias, como tirar fotos, uns polícias me levam pra uma sela com um amontoado de presos enjaulados. Eles me jogam abruptamente e quase caio, logo todos me encaram. Ando até a parede e me sento, com as mãos no cabelo totalmente atordoado e tentando assimilar tudo que aconteceu. Passo o dia ali encolhido e aflito, tanto que a noite caiu e não consigo dormir; um dos detentos se aproxima e senta do meu lado. Me mecho com um pouco de medo e ele logo tenta me acalmar.
- calma não precisa ter medo!
Ele não parecia mal encarado como os outros, pelo contrário, era até diferente digamos assim.
- sou Dylan!
Ele estende a mão e aperto ainda desconfortável.
- sou Max!
- então Max! O que te traz aqui?!
- me acusaram de matar alguém!
- e você matou?!
- não!
- haha todos aqui dizem isso! Mas você realmente não tem cara de assassino! Foi condenado a quanto tempo?!
- 8 anos ou a morte!
- vish!
- mas e vc?! Tá aqui porquê?!
- fui condenado a 6 anos de prisão, por vender drogas ilícitas!
- eram suas?!
- não, eram da minha namorada mas eu assumi a culpa! Eu amava muito essa mulher!
- ainda ama?!
- não, às vezes eu penso que ela me fez de bobo!
- teve alguma notícia dela depois que foi preso?!
- Não, nenhuma. .. mas e você?! Gostava ou gosta de uma pessoa?!
Tirei uma foto do bolso e mostrei a ele.
- quem é essa mulher tão bonita?!
- esta é Sarah! Mãe dos meus filhos e a pessoa que mais amo!
- ela é realmente muito bonita, mas você tem filhos?! Você parece muito novo!
- tenho 23 anos, mas descobri que fui pai aos 16 anos!
- hum...
- eu a amo mas não faria isso com ninguém!
Digo pra mim mesmo e Dylan levanta.
- não vai dormir?!
- foi mal, tô sem sono!
- você que sabe! Se você mudar de idéia a beliche de baixo da minha é sua!
- obrigado, mas como eu disse tô sem sono...
Ele andou até uma beliche e subiu pro andar de cima.
- boa noite Max!
- boa noite!
Nessa hora as luzes do corredor se apagam, a única coisa que iluminava o ambiente era a luz da lua que entrava e clariava fracamente. Durmo com um suspiro pesado, na manhã seguinte sou acordado por Dylan. - Max!
Ele chama me balançando pelos ombros, abro os olhos lentamente e ele diz alegre.
- os guardas estão te esperando, tem uma mulher aí e ela quer te ver!
- deve ser a Sarah!
Me levanto em um pulo e corro pra fora da sela com um sorriso largo e feliz. Os guardas andam comigo, e me levam até uma sala onde só havia um tipo de vidro e um telefone, do outro lado da linha estava minha mãe. Suspiro decepcionado e ando até a cadeira pegando o telefone.
- Filho!
- oi mãe!
- me desculpa!
Ela diz com os olhos marejados e pergunto.
- pelo quê?!
- pelo barraco de ontem, juro que vou mover céus e terra pra tirar você daí!
- tudo bem, não é culpa sua! como estão as crianças?!
- tristes! Elas querem vir te ver, fui na casa deles!
- não, presídio não é lugar pra crianças! Não quero elas aqui! e como ela está?!
- Sarah?! indiferente!
- ela não falou com você?! Nada sobre mim?!
- não, na verdade eu nem a vi! Ela não estava em casa!
Suspiro triste e derrotado e me atrevo a perguntar com angústia. - será que ela... me odeia tanto assim, A ponto de me abandonar?! Será que um dia vou vê la novamente?!
- eu não sei, filho!
- acabou o tempo!
Um guarda aparece atrás de mim tocando meu ombro e me puxando, sem nem ao menos me deixar me despedir. Eles me jogam na sela quase vazia onde só haviam Dylan e mais dois.
- e aí?! Era ela?!
- não... hoje não. .. mas tenho certeza ela vem amanhã!
Ele suspirou e com pena e disse.
- se eu fosse você não criaria expectativas!
- não estou criando falsas expectativas, eu a conheço ela não vai me esquecer aqui!
- se você acha!
Ele deu de ombros e tociu meu ombro convidando.
- o que cê de a gente ir tomar um sol?!
- foi mal mas eu não tô com muita vontade!
- então tá. ..
Ele largou meu ombro e saiu me deixando ali parado na porta. Ando até o chão e me sento, pego a minha preciosa foto e sorrio olhando pra mesma. Estava tão distraído que nem notei quando dois caras entraram e me encararam com uma risada.
- não vai sair pra tomar sol?! Novato... hahaha
- não, tá bom aqui...
- o que é isso aí na sua mão!
- uma foto, tá vendo não?!
- estou... mas o que faz com ela?!
- estou só olhando!
- deixa eu ver ou vou ter de tomar?!
- não, é minha!
- não sabe que aqui tudo é dividido entre nós?!
- não, não sei! Mas essa foto é minha e ninguém vai me tirar ela!
- isso é o que veremos!
Ele puxa da roupa um canivete e com medo fecho os olhos mas abro rapidamente quando ouço a voz de Dylan.
- abaixa esse canivete!
- mas eu tenho ordens, para mata-lo!
- quem mandou?!
- não posso dizer!
- se não dizer vai se arrepender!
- não, por favor! Tenho família, tenho um filho recém nascido se eu contar ele vai mata-los!
- ele quem?!
- eu não sei o nome, só sei que "ele" me contratou através de uma visita anônima. Disse que se eu não matasse Max Thunderman ou se dissesse alguma coisa sobre ele, mataria minha família, até pagou adiantado.
- saía!
- sim senhor, mas e quanto a minha família?!
- eu mandarei que os levem pra um lugar seguro... agora saía!
- espera!
Pedi antes que eles saíssem totalmente da sela.
- ele te disse mas alguma coisa?! Um nome, ou alguma outra referência?!
- ele apenas disse que queria acabar com o Thunderman de uma vez por todas, disse que atrapalharia a vida deles pela última vez!
- vida deles?!
- foi o que ele disse!
- obrigado, agora vai...
Dylan agradeceu e ameaçou fazendo ele sair correndo.
- aí tudo bem?!
Ele perguntou me estendendo a mão, a peguei e levantei.
- tudo!
- pelo visto você tem um possível inimigo! Imagina alguém? !
- ninguém me vem a cabeça!
- quem quer que seja, te quer morto! Não se preocupa, amigo meu é respeitado aqui!
- Agora que história é essa de senhor?!
- bem... é uma longa história...
Ele comenta rindo, enquanto andávamos até o pátio.