52 - TORONTO

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Ao chegar no nosso apartamento depois daquela porcaria do Grammy, Hailey passa por mim e seguro seu braço com força.

-Que merda foi aquela? - falo com raiva me referindo a gravidez que ela inventou.

-Gostou da surpresinha? - ela ri.

-Gostou o caralho! Sabe o que eu devia ter feito?

-Fala? - ela fica seus olhos em mim.

-Ter falado para todos que aquilo era uma farsa, que você não tá grávida porra nenhuma.

-Falasse e mais umas fotos iriam vazar, querido. - ela puxa o braço e se solta - E é óbvio que eu não iria engravidar, você acha que vou estragar meu corpinho por causa de bebê? Conta outra né. Já basta eu aguentar aqueles pirralhos da mendiga de vez em quando lá em casa.

-Você é ridícula Hailey!

-Ridícula eu? Tem certeza, olha que quem é ridícula é a mendiga que te deu o golpe da barriga a cinco anos atrás.

-Que golpe Hailey? A única capaz de fazer isso é você. - ela ri e se tranca no banheiro.

A única coisa que pensei durante esse Grammy era que a Camila não tenha visto o que aconteceu lá, porque era capaz dela acreditar nessa farsa toda.

A noite tentei falar com ela mais não consegui o telefone dava fora de área ou dava desligado.

Decidi tentar outro dia, ela devia estar cansada pelos shows.

[...]

O dia da viagem a Toronto chegou, agora estava na casa da dona Sinu para buscar as crianças.

Assim que Arthur me vê, ele corre até onde estou e me abraça.

-E aí filho vamos ver o vovô e a vovó? - falo colocando ele no chão.

-Mais o vovô e a vovó tão aqui! - ele aponta para sua vó

-Tão sim, mais vocês tem mais um vovó e mais uma vovó.

-Mesmo? - ele fala animado.

-Mesmo filho, eles são os papais do papai aqui. - aponto pra mim.

-Nossa! - ele olha para sua vó - Vovó eu tenho mais um vovó e mais uma vovó.

-Nossa querido que legal, você vai com o papai conhecer eles então é pra se comportar tabom?

-Tá bom vovó!

-Filho eu não gostei nem um pouco do que eu vi na tv naquele tal de Grammy.

-Nem eu dona Sinu, mais em frente as câmeras temos que mentir. Foi melhor pra todo mundo.

-Não sei se é verdade.

-Confia em mim dona Sinu, logo isso vai acabar. - beijo seus testa - Vamos lá crianças ?

-Vamos papai quelo andar de avião! - Arthur fala animado.

Eu estava amando isso, depois da primeira vez que Arthur me chamou de pai a Jully entrou no embalo e imitava o irmão e eu me sentia o cara mais sortudo do mundo.

-Cadê a pequena Jully?

-Ela tá dormindo, vou buscar.

Depois de me entregar Jully ainda dormindo nos despedimos.

-Se cuidem e boa viagem!

-Pode deixar dona Sinu, chegando lá mando uma mensagem, tudo bem?

-Claro querido. - ela beija meu rosto - Tchau meus amores obedeçam o papai tá bom?

Por Entre As Esquinas [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora