Sofia 🌌💜
- Tão invadindo cria, ninguém sai de casa agora não.- Falou me empurrando e eu respirei fundo.
Sofia: Saí cara, me solta! - Escutei o grito do Perigo dentro de casa e o menino me olhou.- Você é novo, não é?
Xd: É Sofia, mas tu sabe das ordens.- Meu colega falou puxando meu braço.- Pra tua segurança, cara.
Perigo: Passa pra dentro, Sofia.- Não olhei pra trás, mas meus olhos encheram de lágrimas e eu olhei pro Xd.
Sofia: Eu não quero ficar aqui.- Choraminguei e ele negou, respirando fundo, senti uma mão no meu braço e gritei, tava na força de todo ódio, coisa que eu nunca tinha sentido na minha vida! - Não encosta em mim.
Perigo: Fala baixo, tu não tá ficando doida.- Me empurrou pra dentro de casa e eu me soltei dele, abrindo a porta e vendo a Júlia chorando ao lado do Lucas.
Sofia: Vocês são falsos, mentirosos.- Gritei sentindo meu coração em pura raiva.- Hipócritas, pregam tanto a verdade nessa porra e não praticam, vocês me dão nojo!
Lucas: Respeita quem te criou, sendo sangue ou não.- Gritou, vindo pra cima de mim.
Sofia: Vai tomar no cu, você não é ninguém nessa porra, não consegue nem ir a escola pra orgulhar seus pais.- Gritei na cara dele e senti uma única coisa, sua mão pesada vindo na minha cara.
Perigo entrou no meio empurrando o Lucas e eu só chorei mais, vi a Júlia gritando e subi as escadas me trancando no quarto. Escutei os tiros lá fora e fiquei andando de um lado pro outro, peguei meu celular, eu tava tremendo igual um cachorro bravo, fui no Whatsapp e liguei pro Paulinho, que atendeu em segundos.
Ligação 📱
Paulinho: Só abre o bico se for importante.
Sofia: Eu só preciso sair de casa, me ajuda por favor.
Paulinho: Percebeu que tá tendo invasão no morro, Sofia?
Sofia: Eu vou pra sua casa, fico lá quietinha, prometo não te atrapalhar, tá aberta?
Paulinho: Tu sabe que eu não vou te deixar sair daí sozinha, não é Sofia?
Sofia: Eu tô descendo pela janela.
Paulinho: Eu tô perto, fica me esperando logo.Ligação 📱
Abrir a porta do quarto em silêncio e tranquei por fora, abrir a janela que tinha no cantinho do corredor e tinha tipo uma laje ali perto, eu tava acostumada a subir e descer quando eu fugia de casa, então não foi difícil. Sair pela parte de trás de casa e entrei o Paulo encostado no muro, ele me olhou e me abraçou assim que me viu.
Sofia: Eu quero sumir.- Choraminguei.- Falei coisas que não deveria falar pro César e pra Júlia, mas eu tô com ódio, Paulo!
Paulinho: Agora não é tempo, você sabe.- Segurou minha mão e tirou uma pistola da cintura, me dando na outra mão livre.- Não me decepciona.
Respirei fundo carregando a arma e ele foi me puxando pelos bequinhos que iam pra casa dele, eu só escutava os tiros e alguns gritos de moradores, provavelmente a polícia invadindo casas. Estávamos passando por um beco quando tinha três policiais, passamos totalmente despercebidos, quando eu olhei, só vi eles atirando contra nós, meu braço ardeu e eu apontei a pistola, o Paulinho apertou o gatilho do fuzil, eu derrubei 1 e ele os outros 2, mas caiu no chão gritando de dor e eu desesperei, vendo o corpo dele perfurado por tiro.
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Por nós.
Teen FictionDois mundos, duas histórias, duas famílias e um só amor em união.