Por nós.

capítulo 54

Sofia 🌌💜

Nossa, do natal pro ano novo era um pulo né? Porque parece que eu passei esse meio tempo entre os dois dormindo e do nada, ano novo.

Nesse tempo também, eu não entendi muito bem mas eu não tive contato com o Bh. Eu mandei uma mensagem um dia depois perguntando se tava tudo bem com ele e ele ignorou, desde então eu não fiz questão de nada, até porque nem dava pra fazer.

Estava eu, arrumando minhas coisas pra ir pra angra dos Reis, mas tava achando péssimo porque eu ainda estava brigada com a Alice, nem falando com o Bh, as duas únicas pessoas da minha idade por ali. Porém, minha maior e única salvação de todas como sempre, era o Paulinho.

Mas olha, sinceramente foi um esforço muito grande pra eu convencer ele ir, ele não tava afim dizendo que queria se drogar até o ano virar e ficar muito louco, mas eu não sei como eu prometi que a gente se drogava juntos em angra, ele riu de mim mas aceitou, me livrando.

Entrei no carro vendo o Lucas balançando a cabeça igual a doido com fone no ouvido, bati no braço dele e ele bufou, tirando os fones e me olhando.

Sofia: Como você tem coragem de não me dar atenção? - Ele me encarou por algum tempo e colocou os fones de novo, aumentando.

Eu sorri revirando os olhos e meus pais entraram no carro. Me deitei colocando a cabeça na perna do Lucas e fiquei ali mexendo no meu celular, até a gente chegar e eu nem percebi, fui a primeira a descer do carro e vi a moto do Bh de longe e parece que foi tudo combinado, pois ele saiu da casa rindo e levantou o olhar parando em mim e fechando o sorriso.

Barbie: E aí, quem trouxe a bebida? - Meu pai desceu do carro com um sorriso no rosto.

Sofia: E a comida, tá aonde? - Falei abrindo a mala do carro e pegando minha bolsa.

Barbie: Tá lá na parte de trás.- Sorriu pra mim.

Fiz bico e fui entrando na casa, passei pelo Henrique e senti ele vindo atrás, mas ignorei olhando a casa e fui subindo as escadas.

Sofia: O que é, Henrique? - Ele riu.

Bh: Vai dormir comigo? - Encarei ele.

Sofia: Tu me ignorou né, esquece não! - Encostei na parede e meu pai subiu as escadas, atrás dele a galera toda.

Bh: Pô, não tava afim dos bagulhos eu ia falar contigo pra que? - Falou baixo.

Sofia: Porque eu não tô aqui só pra você falar comigo quando quer alguma coisa e quando não quer, ignorar, não sou um brinquedo pra ficar no bate e volta.- Sorri pra ele.- Vai se foder.

Henrique me encarou e eu me afastei, entrando no quarto que o Lucas entrou. Meu pai me olhou e eu estava de cara fechada, assim permaneci. O quarto era cama de casal e como vinha gente demais, tinha que juntar a galera. Então eu fiquei com o Lucas no quarto e meu pai e minha mãe no outro, óbvio.

Esperei todo mundo sair, geral foi pra piscina e eu falei que ia tomar banho pra descer. Mas só fechei a porta e me deitei na cama, me encolhendo e ficando quietinha ali com um sentimento que eu não sabia se era raiva ou tristeza, ou drama da dona Sofia.