Barbie 👸🏼
Fui pra casa um tempo depois que partiram o bolo, tava sem muita cabeça pra nada. Fui direto pra boca do meu morro relaxar minha mente porque tava cheia de bagulho pra pensar. Cheguei na boca e fiquei até sem entender, quando vi o Henrique e tinha uma menina na frente dele, ele gritava com ela e eu encostei um pouco de longe, observando.
Bh: Vai tomar no cu, garota! Mete o pé se não quiser sair pelos cabelos.- Apontou na cara dela e eu semicerrei os olhos, ainda observando de longe.- Vai, porra!
A menina saiu chorando e se tremendo, não falei nada. Ele olhou pra trás e eu entrei na sala, esperando ele vim atrás, fechei a porta e encarei ele.
Barbie: Falou com a garota assim por quê? - Ele negou com a cabeça.
Bh: Veio pedir droga pô, viciada aí.- Eu dei os ombros.
Barbie: Te perguntei por que tu tratou a garota assim, não quem ela é.- Ele sorriu debochado.
Bh: Tu quer que eu peça por favor, obrigada e ainda leva a princesa em casa? - Falou trabalhado no deboche.
Barbie: Não, tu tava quase batendo na garota, tem pra quê? - Henrique continuo rindo debochado e eu perdi paciência, gritei alto pra caralho.- Tu é moleque, porra?
Fogueta: Qual foi, da pra escutar isso da escadaria.- Falou entrando na sala e eu respirei fundo.
Bh: Qual é, Barbie. Não vem querer pagar de mãe agora.- Eu fiquei sem saber o que responder, só olhei sem entender.- A gente se espelha na pessoa que a gente cresce do lado. Eu cresci te vendo tratar os outros assim, vou ser diferente por quê?
Barbie: Porque tu não é igual a mim, eu te criei de forma diferente.- Ele negou, rindo.
Bh: Tu me criou? Tu? - Fogueta olhou pra mim.- Tu não fez nada por mim, quem me criou foi meu pai. Tu só ficava comigo nos momentos bons, quando eu estressava tu jogava longe.
Fogueta: Tu tá falando altas parada que tu não sabe não, Henrique.- Eu olhei pra ele.
Bh: Qual foi, não adianta defender não, eu lembro de altas paradas, uê! Quando eu tava doente, quem ficou comigo foi tu, pai. Ela foi pro baile e só voltou no outro dia, foi não? - Me olhou.- Quando eu tava brincando com ela, bastava um choro e ela me jogava pros teus braços dizendo que não aguentava mais.
Barbie: É que eu nunca tive caralho nenhum do que eu posso te dar hoje, nunca recebi algum bagulho pra poder te dar. E olha que eu me esforçava ao máximo, achando que tava pelo menos sendo alguém bom.- Dei os ombros.- Mas tá suave né, a gente só recebe o que a gente dá.
Henrique ficou calado e se levantou, meti o pé dali primeiro e fui pra casa, peguei alguns bagulhos meus, mandei mensagem pro Gd pra ele ficar no comando e meti o pé, precisava ficar um tempo longe porque minha cabeça ia explodir com tanto bagulho.
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Por nós.
Ficção AdolescenteDois mundos, duas histórias, duas famílias e um só amor em união.