• Capítulo 24 •

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Visto as roupas masculinas que o Sentinela me deixou, amarro bem o cabelo e coloco uma blusa com capuz, sua cor é cinza, como as que os subordinados do castelo costumam usar. Olho mais uma vez para o quarto sem porta, pensando em tampar o vão com a cama, apenas para o caso do Lobo vim aqui.

O pensamento caí por terra quase imediatamente. Me esconder? Depois de ele dizer que me sente tão intensamente? Cretino

Estou me sentido forte esta noite, menos humana do que qualquer outra coisa. O tom das coisas se modificam na visão, olhos afiados, de lobo, olhos de fera.

Sinto Herobrine muito antes de vê-lo, sobrepondo minha humanidade. Não que todos os cheiros sejam nítidos, só os que esperamos sentir.

Ando rápido em sua direção. Suas roupas são iguais as minhas, calças e blusas largas de um cinza escuro.

— Hoje muitos lobos vão sair ao mesmo tempo para uma comemoração na Praça. Sairemos junto com eles.

— E o Alfa?

— Tome

Pego o frasco que me empurra. Ele concorda quando pergunto se posso tomar agora. O líquido desce quente, familiar.

Descemos juntos. O Lobo está com seus convidados, longe, é o que Herobrine diz.

Ele me para em um bifurcação. "Ainda meio feminina", ele diz, e me enfio tecidos, treinamos meu jeito de andar, sempre olhando para baixo para estar acima de qualquer suspeita.

— Isso está muito bom — elogia — não sinto seu cheiro em você, o Alfa também não sentirá quando se esvairem dos corredores, o que não demora para acontecer

Ele me puxa bruscamente quando vemos os guardas saindo, me enfiando na multidão. Eu o empurro de volta e ele balança, me olhando  como se fosse eu a ter algum problema. É primeira vez que me toca e está sendo agressivo propositadamente e sem necessidade.

Me debato entre os guardas, passando pelo portão para uma noite negra.

— Não olhe agora — Herobrine sussurra muito baixo em meus ouvidos, segurando meus ombros para que não nos percamos — mas seu amado está logo alí

Olho na direção. Gustaf está com um homem alto e louro, de longos cabelos amarrados para trás. Estão conversando sérios e concentrados.

— Minha visão…

Começo, pois está boa como se a poção não tivesse acorrentado meu outro lado

— Conversamos depois — sua voz é muito baixa, estamos na mesma direção que Gustaf, talvez dois metros de distância — Não se emocione, ou ele sentirá.

E no mesmo momento o Lobo olha em nossa direção, estreitando os olhos. Viro o rosto para o outro lado, empurro quem está na frente, andando mais depressa. Logo saímos. Não olha pra trás onde Herobrine se mantêm, tampando minha silhueta.

Caminhamos como dois conhecidos pela relva, acompanhados de outros dois lobos. Eles tentam conversa, fazem piadas imorais e narram a noite que vão ter

— Vou fuder muito essa noite — um diz rindo, seu parceiro faz sinais obcenos para deixar claro  o que vão fazer. Herobrine rir alto.

Tiro o capuz quando vão embora e olho para o cara ao meu lado com minha melhor expressão de vocês são desprezíveis.

— Não os julgue — o Sentinela brinca

— Gustaf não deveria estar longe, com os convidados?

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