• Capitulo 44 - parte 1/2 •

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Há uma mensagem importante no meu mural sobre essa história, não prolongarei aqui, mas espero que vejam. Desde já, obrigada, e sinto. Também agradeço pelos comentários e mensagens de apoio, icentivo (muito mesmo).

***

Enquanto Iasmim fala sobre algo que não estou escutando, enquanto voltamos para fora, com a noite sobre nossas cabeças, me pergunto se Jasper pode me causar muitos problemas

Tem algo na pressa com que Jasper quis falar com Gustaf, em como falou sobre Gabriel, como se estivesse me ameaçando; talvez estivesse

Jasper fez o remédio para mim, contudo, percebo que  estava errada em supor que ela soubesse o porquê precissei dele

Contaria para Ryan? Uma sentença sobre minha cabeça, do tipo que talvez apenas a ligação que tenho com Gustaf  poderia livrar, o que por si só é consternador; isso de poder precisar dele para continuar viva quando tantas vezes ele me fez desejar estar morta

Mas, de qual forma, nesse exato momento uma discussão com o assassino alfa local não me afetaria muito.

Eu gostaria de um bom pretexto para brigar e ferir, exprimir todo o ódio silêncioso que estou sentindo, e não importa nem um pouco se o resultado for o de um corpo morto. Meu corpo, provavelmente

Sinceramente, já faz um bom tempo que não estimo mais minha própria vida

Manti esse sentimento afastado pelo máximo possivel, sabendo que me enfraqueceria, no entanto, agora, admiti-lo para mim mesma não parece nada menos que natural. Parece adequado. Traz certo alívio

Me faz querer rir sem parar

Ryan desceu da mesa e Iasmim e eu vemos as pessoas passarem ao nosso redor, já que nos encostamos na parede ao lado de um arbusto. É estranho tê-la aqui, como se o Sul estivesse junto com ela

— Eu ainda não vi Gustaf. Não estão juntos?

— Sim — respondo — Esta lá dentro

Conversando com Jasper, completo em minha cabeça. Gostaria de saber sobre o que estão falando. Tenho a sensação persistente e convencida de que o assunto me envolve

Sempre estive meio na margem de ser acusada de traição, arrastando Herobrine junto; o tempo em que eu era apenas uma ladra convencional tentando sobreviver parece ter sido há muito. Há décadas

— Quantas vezes já caçaram juntos?

Fico em silêncio, pensando na melhor forma de responder a isso sem ser verdadeira, mas também sem necessariamente esta mentindo.

Essas pequenas mentiras que tenho praticado são cansativas e viciantes, grugando em minha cabeça como se fossem fatos sólidos. Como se fossem uma verdade real

— Recentemente, talvez? — reforça

Essa é uma conversa que não quero prosseguir, definitivamente, no entanto, estou tentando ser uma amiga — e ter uma amiga

— Por quê? — questiono. Aposto minhas chances de mudar o foco do assunto em seu olhar distante: — Você e James já caçaram?

— Sim — responde, com as bochechas ficando tão vermelhas quanto a de qualquer mortal — Uma vez

— Ah — murmuro, ficando óbvio para mim que a pergunta foi só a introdução de um assunto pessoal

— Foi bom

— Ah — repito, novamente

Ela olha para mim, cabeça erguida por eu ser um pouco mais alta

— Por que você está assim? Está constragida? Não há ninguém melhor para falar sobre isso do que outra mulher. Se não pudermos contar com nós mesmas, com quem mais?

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