O título não está errado; não tenho A nota de agradecimento, também (embora esteja, muito). Este é o fim, acredito que possa acabar sendo (muito) decpcionante para alguns (ou muitos), mas sempre foi imaginado assim, talvez não nesse roteiro, mas sempre da mesma forma.
Esta história nunca teve a intenção de ser muito grande, é um romance, mas não uma exata história de amor — como devem ter percebido.
Não vou prolongar; você querem a história, claro. E aqui está o desfecho.
Muito obrigada pelas leituras e comentários, o apoio, por gostarem de acompanhar esta história. Obrigada mesmo. Ela foi importante pra mim de forma muito pessoal, foi minha válvula, assim como a interação de vocês ( à lá puxa-saco), fantasmas ou não, todos ( mas em especial os vivos).
Meus agradecimentos sinceros. E boa leitura.
Ps: a música na mídia foi indicada por uma leitora para essa obra bem no começo da história (obrigada). Por favor, ouçam.
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— Há quanto tempo vocês se conhecem?
— Há muito mais do que está viva, criança
Aperto minha arma entre os dedos. Quando Gustaf e eu nos conhecemos eu tinha uma arma e três balas de prata, agora que estamos no fim pareço ter voltado ao início. O que ele terá feito delas?
Jasper e eu estamos sentadas na entrada vazia da pensão de Charles — também vazia a não ser por nós — no chão, quase como amigas. Uma companhia improvável, mas não desagradável. Alexia, se é que esse é seu nome, está lá dentro desde que seu pai se foi. Não consigo mais lembrar seu nome verdadeiro e também parece mais seguro assim
— E a Ryan?
— Um pouco menos. Acho melhor guardar isso
Charles me deu o revólver por precaução. Ambas ganhamos. Estamos em seu casebre solitário e nosso navio será o primeiro da manhã
Puxo minha blusa e guardo a arma na cintura
— Vai ser tutora de Alexia, então?
Ainda parece estranha a possibilidade de mudar de continente. Uma verdadeira mudança. Me faz sentir próxima de Jasper, talvez porque nos separaremos para nunca mais ver. Sem laços. Sem passado.
— De certa forma. Charles sempre foi bom pra mim, não um amigo, mas me respeitava e ajudava. De qualquer forma, sempre quis uma filha — faz uma paus — Meu parceiro não apareceu e não pude ser mãe. Não tem vontade de ser mãe, Jeneci?
Fico alguns instantes em silêncio. A lua da um brilho prateado ao mar, mesmo distante e poluído de canoas e outras embarcações.
— Não. Não posso ter filhos
— Como pode saber disso?
Bem, por que não dizer? Não faz diferença
— Mais jovem fui emboscada na floresta, enquanto caçava. Não tive como escapar. Rosa... A chamam Roseta, me encontrou e levou até uma vila para tirar o feto
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WerewolfNão se há muitas escolhas quando se é condenada a nascer mulher em uma alcatéia onde o machismo não é regra, mas é seguido como tal. Jeneci nunca quis um companheiro e ainda menos as consequências indesejaveis que ter um traria Tinha um plano de evi...