Capítulo 8 -

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Tive que encará-lo mesmo não querendo para dizer o juramento. Quando peguei na sua mão para por a aliança em seu dedo, senti uma sensação estranha. Ele me passava medo...
Pude ver a raiva brotando dos seus olhos e cinismo no seu tom de voz, quando disse as mesmas palavras, enquanto colocava a aliança.
O pior veio a seguir, as pessoas começaram a gritar: beija, beija! Ele me jogou para o lado, segurando na minha cintura e me beijou! Um beijo que para mim parecia uma eternidade, pois além de temê-lo, o odiava muito antes de conhecê-lo e agora então, o odeio mais ainda.
Precisava fazer essa cena? Poderia ter apenas dado um beijinho na testa, só para acalmar os ânimos das pessoas ou simplesmente, dar uma desculpa qualquer.
Ele ainda me diz baixinho, colado ao meu ouvido:
-Não vá se apaixonar, hein! Só estou cumprindo o meu papel, e você ainda não viu nada! Saiba que te beijei, mas era como se estivesse beijando um sapo, ou seria uma cobra?Tenha em mente uma coisa: eu te detesto! Agora finja, e faça o seu papel diante das pessoas. Sorria, mostre os dentes!-
-Dei um sorriso meio torto e disse também: Estamos quites! Eu também te detesto, aliás, te odeio!-
Depois os convidados vieram um a um nos felicitar e muitos dos rapazes me elogiaram, dizendo que eu era muito bonita. Ah, agradeci com um grande sorriso.
Ele me cutucou fazendo gestos como a dizer: me respeite na frente das pessoas.
Bobinho, não viu nada! Sua vida será um mar de espinhos ao meu lado! Farei de tudo para que peça bandeira branca ou desista desse contrato.
Apesar de ser a noiva, fui ajudar a servir os convidados. Disseram que sentiram honrados com a minha dedicação. Afinal, não é todo dia que uma noiva sai servindo os convidados.

Ela está querendo me tirar do sério e me fazer de bobo diante das pessoas! Isso vai ter troco!

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