Capítulo 87 -

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-E a dedicatória, fui eu que escrevi. Aquela foto, tirei nesse dia...- Vi que ele estava emocionado.- O que foi? Por que está assim?- Ele se levanta, pega sua calça e retira algo do bolso... -Esse chaveiro, te diz alguma coisa?-
No mesmo instante, corri para os seus braços, e agora quem estava chorando era eu. -Você guardou esse chaveiro todo esse tempo? Essa é a prova mais concreta de que você é aquele garoto: meu salvador, o garoto que achei lindo e fofo...meu primeiro amor.-
-Na verdade guardei, como uma medalha do meu heroísmo.
Coisas de um garoto que estava se sentindo solitário. Era como se você fosse tivesse me tirado do mundinho chato que eu vivia.
Naquele dia estava voltando para casa, depois da aula. Geralmente, tinha um motorista à minha disposição. Contudo nesse dia, disse ao meu pai que queria ir embora de ônibus.
O ônibus parou, no entanto, me pareceu mais convidativo ir a pé, ouvindo música.
Foi quando vi um garoto puxar uma menina pela blusa. Apressei meus passos, e consegui chegar a tempo de salvá-la. Imaginei que ele fosse agredi-la, por isso, o golpe em pontos que apenas o enfraqueceriam. Teria tempo de te tirá-la dali a salvo.
A menina de sorriso lindo, me agradeceu várias vezes e me ofereceu esse chaveiro.
Uma curiosidade: você se lembra que tinha algo escrito no chaveiro? Na época eu coloquei numa caixinha, onde guardo alguns souvenirs.
Nem me lembrava mais desse chaveiro.
Dias atrás, estava procurando algo, e vi a caixinha. Revirando as coisas, encontrei o chaveiro, e  imediatamente, me lembrei da dona do chaveiro.
É engraçado como a gente consegue voltar ao passado, mesmo que em memórias.
Olhando cuidadosamente, para o chaveiro, tinha umas letras gravadas nele.-
-Sério? Eu não me lembro disso. “Y N”... Isso...isso são nossas iniciais?

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