Capítulo 74 -

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-Não precisa me dizer nada, apenas dê um sinal, assim saberei que está bem.-
Dei um toque batendo na porta ( tipo toc-toc ). Fiquei do lado de fora, esperando sua saída. Quando ouvi seus passos, fui mexer na mala para disfarçar...
Ela saiu sem olhar para mim, era como se eu fosse invisível. Aquilo foi um balde de água fria, me senti tão frustado. Pensei que ela ao menos tivesse algum sentimento por mim...
Celular toca, fui correndo atender imaginando que fosse ela. Mas, era meu pai, que depois muitas ligações minhas sem resultado, resolveu ligar.
“Alô, como está está meu filho? E a reunião, correu bem?”
“Não, não estou bem! Posso saber porque o Sr. fêz isso?”
“Bom, achei que vocês precisavam de um empurrãozinho para perceberem o quanto estão apaixonados um pelo outro. Apesar de negarem, sei que há algo mais acontecendo. Muitas vezes não enxergamos o que está a nossa frente...
A Nari deixou várias mensagens dizendo que quer vir embora. Diga a ela que se quiser, poderá viajar hoje mesmo.
Tchau, preciso desligar. “
“Tchau, pai...”
Acho que é melhor voltarmos, não tem sentindo prolongar essa viagem.
A reunião demorou mais do que eu pensava. Em parte foi bom, assim não teria que voltar tão cedo para casa, e pensando bem, vou conhecer um pouco da cidade. Todos dizem que é lindo.
Peguei um táxi e pedi para que me levasse para alguns pontos turísticos...
Fiquei maravilhada, como a cultura pode mudar tanto de um país para outro!
Não pude ir a todos os lugares, pois estava escurecendo e além disso, meu corpo queria um belo banho e cama. O dia foi produtivo, mas, cansativo também.
Antes de entrar, respirei fundo, torcendo para que ele tivesse dado uma saída...
O quarto estava escuro, acendi a luz, nenhum sinal dele. Vi um bilhete em cima do criado mudo:
“Se você quiser ir embora hoje mesmo, esse é o horário do voo. O outro horário é só amanhã pela manhã.”

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