Capítulo 2 -

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Eu não tive outra alternativa a não ser aceitar meu destino, melhor dizendo, um destino imposto pelo meu pai. Ele sempre foi muito ambicioso, tinha medo de perder o status de homem bem sucedido, aos olhos da sociedade.
Minha mãe, minhas irmãs, também eram assim! Acho que sou a única que não pensa dessa forma.
-O Sr. me chamou?-
-Sim, te chamei. Sente-se.
Em primeiro lugar devo dizer que fui um pai omisso, deveria ter te criado com rédeas firmes. Porém, por você ter perdidos sua mãe ainda criança, te mimei muito, não impus regras, não tinha muito tempo para você, apenas pensava em trabalhar para poder te dar tudo de melhor. Pensava que assim estava cuidando do seu futuro, no entanto, errei com você, errei muito.-
-Por favor pai, gostaria que fosse direto ao assunto. Estou com um pouco de pressa, vou encontrar com uns amigos.-
-Quero que você se case! E o mais rápido possível!-
-Como assim, me casar!? Saiba o Sr. que casamento não está em meus planos, nem agora, nem no futuro. Porque gosto de ser livre!-
-Sei o tipo de liberdade que gosta. Mas, acredite: nenhum homem consegue ser feliz sozinho. Sou a prova disso! Depois que sua mãe partiu, tive algumas namoradas. Claro não tinha a intenção de me casar novamente, porém me sentia tão sozinho, sentia a falta de um carinho. Suportei por você, não queria trazer uma pessoa para dentro de casa.
Você é quem sabe, se não se casar, terá que trabalhar na empresa diariamente, de manhã até a noite, ir à viagens de negócios...
Cortarei os cartões, pois já que estará trabalhando, terá seu salário, e de acordo com o seu esforço. Caso não se esforce, o salário será reduzido pouco a pouco.
Você escolhe, te darei cinco dias para pensar. Pense bem, a empresa um dia será sua, e eu não estarei a vida toda ao seu lado.
E se você se casar, sua esposa irá para a empresa, no seu lugar.

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