Capítulo 48 -

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-O que faz aqui? Como entrou? Tenho certeza de ter trancado a porta!-
-Você estava chamando por seus pais e pedia para que os salvassem. Imaginei que estivesse tendo um pesadelo. Quanto a porta, usei a cópia que temos.
Me diz uma coisa: por que você chamaria por seus pais e pedindo que os salvassem? Aconteceu algo na sua infância envolvendo seus país? Talvez, isso seja o reflexo de um trauma que te abalou.-
-Foi só um pesadelo! Você pode ir agora e obrigada.-
-Ok, qualquer coisa estarei no quarto ao lado.-
Ele sai e aquelas palavras ficaram na minha cabeça.
Já fazia um tempo que não tinha esses pesadelos. Porém, na infância eles me perseguiam. Infelizmente, não me lembro de quase nada da minha infância...
Chegando na cozinha, vi meu pai lendo o jornal, me cumprimenta abaixando o jornal.
-A Nari não acordou ainda? Isso é estranho, geralmente, a essas horas ela já está tomando seu café.-
-Só um momento pai...-
Entrei no quarto, ela ainda dormia. Mas, parecia não estar bem, ela tremia. Foi quando toquei sua fronte, estava queimando em febre.
-O que houve com ela?-pergunta meu pai.
-Ela deve ter pegado uma gripe, pois está febril e tremendo. Preciso pegar mais cobertor.-
-Fique em casa para cuidar dela. Leve-a no médico mais tarde.-
-Pode deixar farei isso.-
Ela ainda tremia de frio, e eu não podia dar nenhum antitérmico, já que não sabia o que ela tinha.
Tive uma idéia meio que desconfortável: vi em filmes que é bom deitar ao lado da pessoa para poder aquecê-la.
Não pensei duas vezes, além de colocar um pano úmido em sua testa, deitei ao seu lado.
Em algum momento acabei adormecendo, pois não tinha conseguido dormir direito na noite passada.
Quando acordei me espreguicei, por um momento esqueci que
estava na cama dela, deitado ao seu lado.

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