Capítulo 58 -

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-Arranhei seu rosto, consegui dar uma joelhada naquele ponto. Foi isso que me salvou...-
Aquela conversa, reacendeu o medo que senti. Não queria que ele me visse chorando, porém, as lágrimas caíram sem pedir licença.
Mesmo assim, eu tinha que perguntar:
-Como você conseguiu essa foto? Não me diga que...-neste momento, ele coloca o dedo na minha boca, indicando para que eu não dissesse nada.
Depois enxuga minhas lágrimas com as mãos, me olha da cabeça aos pés, o que me fêz segurar a toalha com força.
Passando a mão na minha cabeça diz:
-Não se preocupe, encontrarei quem fêz isso com você! E agora, seque os cabelos, coloque a roupa. Não quero ser o culpado se ficar resfriada.-pensei em xingar, mas a essa altura estava sem estruturas para brigar.
Pelo menos pude ver que ele não tinha haver com o incidente. Imaginei muitas coisas: Dentre elas, que ele poderia ter feito isso para me atingir. Seria uma maneira eficaz de me colocar para fora da empresa e principalmente, desse casamento.
Não queria sair do quarto, contudo as horas foram passando, a fome apertando. Terei que ir até a cozinha. Pegarei uma fruta, rapidinho vou e volto.
Estava lavando uma maçã, quando sinto o perfume dele. -Não abra a porta para estranhos. Vou sair com os amigos.-
-Sim, Sr.!-
Ao responder me virei para vê-lo. Onde ele estava indo tão perfumado e lindo? Disse lindo? Eu estou perdida! Antes só via defeitos, agora estou encontrando qualidades.
E o pior é que ele jamais olhará para mim como eu gostaria que olhasse. Tenho certeza de que há muitas mulheres deslumbrantes nesses lugares que ele vai.
Pelo jeito, ele está de volta à velha rotina das noitadas...
A cama parecia ter espinhos! Me virava de um lado, virava de outro, cobria a cabeça e nada de dormir. Meus pensamentos estavam me torturando, imaginando coisas...

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