13

310 20 6
                                    

- Aí que dor de cabeça! - digo colocando a mão na cabeça, e a luz entrando pela janela não ajudava muito. - Onde eu tô?!!

- Na minha casa!

Flashback on

Saio da casa do Jake pego minha moto e vou até em casa troco de roupa e vou pra um bar no final da cidade onde eu conheci o Jake, chego coloco a moto lá e saio, paro na frente e olho a grande placa brilhante escrito "Área 51".

Nunca entendi direito o porque do nome mais era legal eu gostava, entro e lá dentro tinha bastante gente, a luz era fraca meia avermelhada, o estilo era meio retrô, tinha muitos motoqueiros cheios de tatuagens e piercings espalhados pelo corpo.

Tinha uma mesa de sinuca no canto com muitas pessoas envolta dela, um karaokê no canto e um palco se isso pode ser chamado de palco.

- Vai querer o que? - pergunta uma mulher de cabelos pretos, olhos vermelhos e cheia de tatuagens quando sento no banco do bar.

- Uma dose de Tequila. - digo e ela me olha meio desconfiada. - Não, vou querer duas doses de Tequila.

- Teve um dia ruim hoje? - pergunta ela.

- Muito, mais não quero falar nisso.

- Desculpa.... não queria me intrometer. - diz colocando dois copinhos na mesa. - Bom proveito.

- Obrigada. - digo.

Pego o primeiro copinho e bebo de uma vez e cinto minha garganta arder e tenho certeza que fiz uma cara horrível, pego o segundo e bebo e pelo menos ardeu menos.

- Mais duas. - digo pra menina.

- Vai aquentar?

- Quer saber me dá uma garrafa.

- Tá bom. - diz ela rindo e me entregando a garrafa.

Bebo umas dez doses e ainda estava sóbria, digamos que sou forte pra bebida.

Bem forte!

- Você está bem? - pergunta Tony a bartender que agora viro minha amiga.

- Melhor não estaria.

- Você é bem forte pra bebida.

- Isso? - pergunta apontando pra garrafa. - É água potável pra mim.

- Você é doida Angel. - diz Tony.

Tomo mais três doses e olho pra garrafa que está quase chegando ao meio.

- Quem são aqueles? - pergunto apontando pra um grupo de homens a uns quatro metros de mim.

- Eles são os Caveiras.

- Eles estão fazendo o que?

- Apostando quem bebe mais doses de Tequila ou whisky. - diz lavando um copo. - Aconselho que não vá, ninguém nunca derrotou eles, eles bebem a anos e nunca perderam.

- Vou lá.

- Você é doida, mais tem que ter dinheiro tá linda.

- Tudo certo. - digo colocando uma nota de cem no balcão. - Caso eu morra já vou te pagar.

- Vê se não morre. - diz indo atender outro cliente.

Tomo mais uma dose pra da coragem, levanto e fico um pouco de pé pra ver se minhas pernas estavam boas, e estavam, vou até eles e vejo um cara sair com a mão na boca pra vomitar.

Oh homem frouxo!

- Ninguém consegui ganhar meu irmão. - diz um ruivo rindo.

Vamos acabar com isso agora!

- Eu consigo!! - digo e todos me olham e riem.

- Cadê seu pai? Ele deixa você andar sozinha por aí? - diz o cara que acabou de ganhar a aposta e todos gargalham. - Sai daqui garota.

- Não quer me enfrentar por que? Está com medo de perder pra uma criança?

Todos ficam em silêncio vendo o que o grandão ia falar quando ele solta uma gargalhada.

- Já que quer tanto então sente e faça sua aposta, se tiver dinheiro é claro. - diz o grandão.

Tiro a chave da minha Z1000 do casaco e coloco em cima da mesa.

- Minha moto é sua se né ganhar.

- Aquela belezinha lá fora já é minha. - diz rindo e colocando dois mil reais na mesa. - Tudo que eu ganhei nessa noite.

- Que vença o melhor.

E começo a beber e beber, quando olho já foram duas garrafas de Tequila, pode parecer exagero mais não foi, não sei como estou aquentando, olho pra ele que está suando frio já, tomamos mais algumas e lá está ele no chão vomitando.

- Nunca duvide da capacidade de uma mulher. - digo pegando o dinheiro e a chave da minha moto.

- Parabéns, agora tu tem meu respeito. - digo o grandão que perdeu. - Ninguém mexe com tudo aqui dentro e lá fora.

- Muito... obrigada a todos... adoreiii conhecer vocês. - digo saindo dali e voltando pro meu lugar, quase caindo.

Eu estava fora me mim, eu me sentia flutuante, quando não sei o que aconteceu entraram uns caras no bar e começaram a bater no ruivo e no grandão, me subiu uma raiva e vou até lá e bato neles e só lembro de ser arremessada pra longe e não lembro de nada.

Flashback off

Agente BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora