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Tinha chegado em casa sem ninguém ver, mais fui direto pro estábulo com a Black, dei banho nela_quer dizer ela me deu banho_escovei o pelo dela e fiz um penteado nela, tipo rede de pescador, ela deitou no chão e dormiu, enquanto eu ficava deitada na barriga dela, rodando a aliança no dedo.

- Não tira não. - diz Ricardo abrindo a porta do estábulo.

- O que está fazendo aqui? - pergunto sentando.

- Tem um ser humano lá no quarto de vocês deitado na cama quase chorando, por que você sumiu e não te achou em lugar nenhum e já está escurecendo.

- Eu não sumi, eu só deixei ele lá sem avisar onde estava. - digo e ele ri.

- Vou te contar a história do Olliver. - diz e se aproximando de mim. - Ele não era responsável como é agora e ele nunca penso em ser polícial sabia?

- Não, ele nunca me conto sobre o passado dele, ele do falo que se tornou polícial, por culpa sua.

- Isso é verdade, a gente não morava aqui ainda morava na cidade, o Olliver era meio perturbado.

- Meio?

- Não. Completamente. Ele saia bebia e voltava bêbado em casa, era um estrese pra mim e pra Amanda, ele levava garotas pra casa, tinha dia que nem voltava pra casa dormia na rua e chegava igual cachorro molhado em casa. - diz e desce uma lágrima. - Eu fiz de tudo pra ele mudar aquele jeito dele mais nada conseguia, fazer ele mudar.

- Eu sinto muito. - digo pegando na mão dele.

- Ele podia ser tudo na vida dele, mais eu  amava ele do mesmo jeito, até que eu não dormia mais eu era velho já não estava aquentando muito, até que em uma missão policial eu levei o tiro que me deixou assim, depois que me salvaram e foi pro hospital, minha mulher fico comigo, mais ele estava em algum canto bebendo, e quando ele soube.....

- Se sentiu culpada. - digo e ele assente.

- Sim, ele choro por dias se culpando, chego até quase se matar, mais conversei com ele que mesmo eu estando numa cadeira de rodas minha vida não tinha acabado ainda, então ele se endireitou, eu vim morar aqui pois era mais calmo, e ele fico morando na nossa casa na cidade, aí foi que ele fez o curso pra ser polícial e fico como você está vendo agora, ele é chefe de polícia.

- Ele se culpa até hoje?

- Não mais, por que senhora Angel mesmo você estando numa cadeira de rodas você ainda tem vida, e tem que levar ela em frente, mesmo que tenha que mudar um poucam o que fazia no passado. - diz rindo e secando as lágrimas.

- Você é um exemplo de vida, já pensou em virar escritor? - pergunto levantando.

- Não mais vou pensar. - diz. - Eu sei que as vezes na vida da muito ciúmes da pessoa que você ama com outro mais nunca deixe isso subir pra sua cabeça.

- Obrigada. - digo abraçando o mesmo.

- Agora vamos antes que ele encha a casa de choro. - diz Ricardo saindo.

- Boa noite Black. - digo e dou um beijo nela.

Saio e vou conversando até a casa, chego lá vou direto pro quarto, e vejo a cena mais fofa do mundo, o Olliver abraçado com meu travesseiro que tinha uma blusa minha.

Juro que pensei que ele não era tão sentimental assim!

- Você me perdoa? - pergunta pro travesseiro.

- Sim. - digo e ele me olho e esconde a cara no travesseiro. - Que carência é essa?

- Isso é culpa sua. - diz e eu senti do seu lado.

- Olliver! - chamo ele que não tira o rosto do travesseiro. - Meu amorzinho?

- Que foi?! - pergunta olhando pra mim com os olhos meio avermelhados.

- Eu te amo, e prometo não sumir. - digo subindo em cima dele.

- Meu pai te conto não foi?

- Que você levava um monte de mulher pra casa? Sim. - digo e ele me beija.

- A única mulher que existe na minha vida é você e minha mãe.

- Tem certeza? - pergunto deitando no meu peito.

- Tenho. - diz beijando minha cabeça.

- Eu não quero que derrame uma lágrima por mim, está ouvindo?

- Eu derramei um balde. - diz e eu rio.

Batem na porta e era a dona Amanda pedindo pra irmos jantar, tomei um banho depois o Olliver tomou e fomos jantar.

- Obrigada pai. - diz Olliver.

- Eu não fiz nada. - diz rindo. - Foi ela que te ama.

- Eu amo ela também. - diz Olliver e me dá um selinho.

- Vocês ficam lindos juntos. - diz Amanda.

- Eu sei. - digo e todos riem.

Comemos rindo de tudo, quando chega a sobremesa, coisa que nunca tinha visto entre aspas por que eu comia sempre, era pão, com obrigado, uva e morando.

- Nossa que delícia. - digo comendo o segundo pedaço.

- Me falaram que você gostava de pão com brigadeiro então fiz esse doce. - diz Amanda.

- Nunca vi pão com brigadeiro mais é bom. - diz Ricardo.

- É por que as vezes as pessoas sequem algo tão certinho que vem o errado que é bom e ninguém come por que acha nojento. - digo.

- Tá poeta agora. - diz Olliver.

- Acho que tô.

- Eu decidi fazer um livro da minha vida. - diz Ricardo.

- Que coisa boa pai. - diz Olliver. - Mais eu vou estar nessa história?

- Claro, e a minha nora também, todos que eu amo vão estar nele. - diz sorrindo.

- Eu quero ser a primeira a comprar o livro. - digo. - E quero autógrafo.

- Pode deixar. - diz e todos riem.

Agente BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora