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Todos já estavam arrumados pra a grande noite, eu estava bem calma por sinal, mais preocupada com meu filho, não podia deixar nada encontar nele.

- Vamos? - pergunta Jú.

- Sim.

- Por favor cuidado com essa barriga!

- Não se preocupe nada vai acontecer.

- Gente se lembrem um passo em falso e alguém morre então se cuidem. - diz Player quando abrimos a porta.

- Pode deixar encalhado. - diz Pedro rindo e saindo.

Saímos todos em direção ao galpão do Dylan.

🖤🖤🖤

Um passo em falso e alguém morre.

Essa frase martelava na minha cabeça o caminho todo.

Eu não posso deixar ninguém morrer, a culpa deles estarem aqui é minha e se alguém morrer a culpa será minha.

- Crys! - grita Player no ponto do meu ouvido.

- Para de gritar Player, o ponto de todo mundo tá conectado. - diz Mari.

- Desculpa. - diz rindo. - Mais a Crys estava em outra constelação.

- Você tá bem? - pergunta Jú.

- Estou sim obrigada. - respondo com um sorriso forçado.

Pedro para o carro no mesmo beco que eu estacionei da outra vez e ficamos esperando da quatro da manhã, faltava meia hora pra isso ainda.

- Gente liga o meu drone, mais muito cuidado com ele. - diz Player.

- É só um drone. - diz Mari.

- Não é qualquer drone é o melhor drone.

- Tá bom então.

Saio do carro abro o porta mala pego uma caixa, abro, pego o drone coloco no chão e saio de perto, um segundo depois ele já está voando.

- Obrigada. - diz Player.

Entro no carro e fico pensando em tudo.

- Gente todos estão chegando. - diz Player.

- Fiquem vivos ou eu mato vocês. - digo e todos riem.

Cada um vai pra um canto e volto no carro pego duas granadas e guardo, depois vou pra onde já era pra estar.

- Meu lado tá limpo. - diz Jú no ponto.

- O meu também. - diz Mari e Pedro juntos.

- O meu também. - digo quando desmaio o último segurança. - Alguém desmaio aqueles cachorros?

- Sim. - diz Jú.

- Player vigia aqui fora, se chegar alguém fala. - digo.

- Tá bom.

Entramos e nos espalhamos por todo o galpão, fiquei no mesmo lugar daquele dia pra ouvir o que eles vão falar.

- Continuando, todo ano temos que nós reunir aqui pra nós conhecer e pra falar de negócios e estratégias pra ficamos com a cidade pra nós. - diz Dylan.

- Pra que eles querem a cidade? - pergunta Mari.

- Eu gostaria de uma cidade só minha. - diz Player.

- Calem a boca crianças. - digo séria.

- Que tipo de negócio? - pergunta o juíz Júlio.

- Cada um de vocês pode investir em algum dos meus negócio vocês ganham e eu também. - diz Dylan sorrindo.

- Temos que dar um jeito de acabar com o Dom, ele está se metendo muito no nosso caminho. - diz Ivone e vejo meu polícialzinho do lado dela.

- Isso já está sendo resolvido, o A.....

- Oi gracinha! - dizem atrás de mim e sinto um cano na minha cabeça. - Você de novo? Fiquei com saudades.

O mesmo homem do dia do porto que me pegou.

- Estou indo te ajudar. - diz Pedro.

- Não. - digo. - Eu também estava morrendo de saudades.

- O que você vai fazer Crys? - pergunta Jú.

- O chefe vai amar sua visita, agora levanta e sem gracinha.

Levanto colocando a mão na cabeça, e andando até a mesa onde estava todos, lanço um olhar pro Olliver ficar quieto, e olho pro Dylan que estava na minha frente.

- Você não consegui ficar no seu canto né garota! - diz Dylan.

- Dylan mata essa garota. - diz Júlio e olho pra mesa.

Estavam lá todos, a Ivone Solares, o juíz Júlio, o ex vice presidente, o Enzo, o Jake Parker, o meu polícialzinho e mais três homens e duas mulheres que eu não conhecia.

- Vamos ver quem é a menina que está sendo uma pedra no nosso sapato. - diz Enzo e chega perto de mim tirando minha máscara, e eu estou com um sorriso no rosto.

- Oi Dylan. - digo e ele fica sem reação.

- Não é possível, eu te matei sua vadia. - diz entre dentre.

- Ninguém deve estar me reconhecendo. - digo e tiro a lente de contato pela primeira vez pra pessoas verem meus olhos azuis. - Só falta o cabelo loiro, mais eu gostei desse estilo.

- Crystal?!! - pergunta Jake levantando da cadeira.

- A mesma. - digo sorrindo. - Eu considerava você um pai Parker, como pode trair a todos?

- Por dinheiro, pois todos temos um preço. - diz Dylan.

- Quanto deve custar pra te tirar da cadeia? - pergunto.

- Você pode derrubar todos nós mais sempre vai ter mais, isso nunca vai acabar. - diz Parker.

- É Parker isso nunca vai acabar, mais como você não se culpa pela morte dos agentes que você viu subir de nível?

- Cooper todos temos sangue na mão. - diz Enzo.

- Até os mais inocentes tem, crianças hoje em dia matão seus animais de estimação. - diz Dylan pegando sua pistola.

- A Lili nunca mataria uma formiga não acha?

Recebo um tapa no rosto que tenho certeza que vai ficar a marca, e caio de joelhos no chão.

- Não fale dela. - diz entre dentes.

- Eu estava com ela esses dias e ela me falo que pai cuida não bate, você não merece a filha que tem.

- Você vai se arrepender de ter chegado perto de mim....

Ele aponta a pistola pra minha cabeça e engatinha a arma, pego uma grana que era falsa, tiro a chave e jogo em cima da mesa, e vejo todos correm, inclusive o Dylan, ele corre pela porta e vou atrás.

- Cooper, Cooper, pra que isso tudo? - pergunta Dylan pra mim.

Eu estava do outro lado do galpão, especificamente na parte do lago, eu estava na ponte, e ele na parte de dentro com a arma apontada pra mim.

- Pra te prender, e a cidade ficar sem ratos.

- Tudo que fez não valeu de nada pois agora eu vou ter certeza que te matei. - diz sorrindo. - Tchau pra sempre Cooper...

Só ouço o som do disparo.

Um passo em falso e alguém morre.

Agente BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora