Always You [Completa]

Chapter Twelve

LEIA NO MODO ESCURO

Noite da boate

Puta que pariu, o que eu acabei de fazer?

Como eu aceito dançar pra um homem, que Deus sabe lá a idade e as intenções dele? Estou em uma boate, dançando e me vendendo por dois mil dólares?
Tudo bem que isso não é nenhuma casa de prostituição, mas eu não sou essa pessoa. Não tenho problema nenhum com quem seja, cada um faz o que quiser da vida, mas a dança nunca foi isso pra mim.
Quando Carlos veio me perguntar se eu dançaria pra um homem particular, fiquei receosa com o pedido, obviamente. Neguei na hora. Mas ai ele jogou a proposta de dois mil dólares e todos os meus pensamentos voltaram para meu irmão sem ter o que comer, minha família vivendo com o último centavo no bolso e com contas atrasadas para pagar. Minha mãe estava desesperada no telefone no dia anterior.

Minha preocupação falou mais alto, então eu aceitei. Aceitei sem pensar no que eu realmente iria fazer. Estabeleci algumas regras e Carlos concordou. Nada de toque, sexo e eu só vou dançar por cinco minutos.

Mas quem eu estou querendo enganar com essas regras, sendo que uma vez que essa porta se fechar. Será apenas eu e o desconhecido. E por experiência própria, a voz de uma mulher contra a de um homem nunca vai ser maior. Mesmo com um pedido de socorro.

Ok, Charlotte, você pode fazer isso.
Cinco minutos passam rápido, qualquer coisa é só gritar.
E quem vai ouvir com esse som alto?
Respira.
Posso usar meu salto e bater nele?
E se você conseguir se defender e ele ir pra cima de você?
Respira.
Posso chutar as bolas dele.
Ele pode segurar suas pernas e te deixar totalmente imobilizada. O que seria muito pior.
Respira. Você está fazendo isso por necessidade.
Esse homem pode te bater, sua burra. Te estuprar, fazer coisas que são contra a sua vontade e você não vai poder fazer nada em relação a isso.