Chapter Thirty Eight

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As aulas voltaram dois dias após a festa que minha mãe deu

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As aulas voltaram dois dias após a festa que minha mãe deu. Eu e Charlotte fomos embora uma hora depois de meia noite. Ela bebeu demais, não estava nem conseguindo ficar em pé, enquanto tentava falar coisas desconexas e engraçadas. Sei que parte dessa bebedeira foi devido aos acontecimentos no decorrer da noite. As pessoas foram cruéis com ela, fazendo piadas e soltando indiretas sobre nosso relacionamento na sua frente, comentando sobre outras mulheres que eu já tinha ficado no passado. Foi horrível até pra mim. E por mais que tentasse me esquivar educadamente dessas perguntas, eles insistiam. Charlotte é uma garota maravilhosa, linda, engraçada, inteligente e forte. Ela é incrível. Mas ela não se vê dessa maneira ainda, sempre aproveita a oportunidade para falar sobre a impossibilidade de termos ficado juntos, e eu preciso dar ênfase no quão sortudo eu sou. Ela é insegura e a festa de ano noivo só contribuiu para alimentar esse lado nela. Já perdi as contas de quantas vezes quase discutimos essa semana por conta das suas desconfianças. Tô tentando manter um clima bom, respondo suas perguntas e tento ter atitudes que a fazem se sentir bem consigo mesma. Infelizmente, é a única coisa que eu posso fazer. Ela precisa procurar ajuda profissional para cuidar de certas coisas que guarda pra si mesmo. Nunca conversamos sobre o Justin, ela evita falar dele o máximo que pode. Sei que seus pais tem uma loja de material de construção quase falida, seu irmão sonha em ser jogador de hóquei mas ela tem medo dele não conseguir por ter asma, o que não impede ele seguir esse sonho. Eu dava aula para garotos asmáticos, e com o treino certo, eles aprendem a lidar com as crises dentro do rinque. A mãe da Charlotte era enfermeira em um hospital e abriu mão disso na época que a loja estava dando dinheiro. Hoje em dia ela tem medo de tentar voltar para o hospital porque faz muito tempo que não trabalha com a profissão e corre o risco de fazer alguma besteira.

Eu tento não pensar nessas situações, porém, a família dela tem uma boa estrutura para poder melhorar se não tivessem colocado a filha como a salvadora da própria merda que arrumaram. Eles preferem deixá-la ser infeliz a ter que abrir mão de um loja que não tem mais jeito. No dia que ela me contou sobre a proposta que minha mãe fez para ser modelo de outras linhas, o sorriso no seu rosto foi tão contagiante que eu fiquei sorrindo igual idiota a noite inteira com ela. Charlotte estava feliz, se sentido bem consigo mesma e fazendo o que gosta sem ninguém obrigá-la. Todos os dias eu digo uma vantagem de estudar na Academia de Dança aqui de Nova York para ela, tentando convencê-la a se inscrever. Eu não sei se ela simplesmente ignora tudo que eu falo ou minhas palavras causam algum efeito no fundo da sua mente.

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