Chapter Thirty Nine

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Cuspo toda a minha saliva com gosto ruim dentro do vaso antes de levantar do chão

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Cuspo toda a minha saliva com gosto ruim dentro do vaso antes de levantar do chão. Pego um pedaço de papel para limpar minha boca, enquanto fecho a tampa e dou descarga. Odeio vomitar. Odeio me sentir fraca e dolorida. Odeio hospitais. Eu me odeio. Deposito um pouco de pasta na minha escova e a levo até minha boca, escovando meus dentes.

Era pra eu estar trabalhando agora, enchendo copos de cafés, atendendo clientes e limpando mesas. Mas claro que aquela maldita chuva e aquele inferno de macarrão velho iria me levar pra cama pelo restante da semana. Charles ficou cuidando de mim ontem o dia inteiro, fez sopa, arrumou meu apartamento, lavou louça, me deu remédio... Nossa! Fui mimada pra um caralho. Hoje ele me levou no hospital, fiz alguns exames e voltei para casa. Estou tão cansada e não fiz absolutamente nada o dia inteiro. Só fiquei deitada debaixo do cobertor.

Queria ele aqui comigo...

Isso é um privilégio que não posso ter nesse momento. Ele tinha marcado de sair com alguns amigos, então deve estar em algum bar de Nova York. Tive que jurar por todos os seres existentes que estava bem para ele poder sair. Faz tempo que Charles não sai com seu grupo de amigos antes de me conhecer e eu consigo passar algumas horas sozinhas. Também sei me cuidar sozinha.

Pensei em pedir comida, mas estou economizando para a nossa viagem daqui uma semana, a qual já compramos as passagens. Avisei aos meus pais que levaria meu namorado e a reação deles não foi uma das melhores. Minha mãe tentou arrumar diversas justificativas para ele não ir, inclusive, falou mal até da nossa casa no Canadá. Eu espero muito que não role qualquer tipo de constrangimento entre eles. Minha mãe é inconveniente em um nível absurdo. Charles é super reservado, então só Deus sabe o que pode acontecer.

Termino de escovar meus dentes, saio do banheiro e vou para a cozinha. Diego está no tapete da sala dormindo, aparentemente. Abro a panela que o Charles fez comida hoje cedo e encontro o restinho da sopa, o suficiente para matar minha fome. Jogo tudo dentro de um prato fundo, esquento no microondas e volto para o quarto, a tempo de ouvir meu celular tocando. Como sempre é um número desconhecido. Eu tenho certeza que é o Justin. Quando recebi essa ligação, atendi, porém ninguém falou nada. Na segunda vez, eu atendi novamente e posso jurar que ouvi sua voz, mas ele desligou quando eu perguntei se era ele. Meu grande medo de ir para o Canadá é ele, apesar de desconfiar que o mesmo ainda continua aqui. Acredito que o fato de eu estar namorando o surpreendeu, ainda mais levando em conta que o Charles chamou a polícia. Ele deve ter ficado tão puto. Lembrar das suas mãos nojentas me tocando quase me faz correr pro banheiro, querendo vomitar pela terceira vez no dia.  Só de pensar na possibilidade dele fazer alguma merda com o meu relacionamento me deixa apavorada. Por outro lado, tem quase cinco meses que ele apareceu na minha casa e nada aconteceu desde então. Isso mostra o quanto ele só estava atrás de sexo, não porque realmente me ama como disse.

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