Chapter Sixty Four

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Seis meses atrás, se alguém falasse que eu estaria no meio de um tribunal, falando abertamente para, não só um júri inteiro, mas para os Estados Unidos sobre meu relacionamento com Justin, eu provavelmente iria rir bem na cara dessa pessoa

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Seis meses atrás, se alguém falasse que eu estaria no meio de um tribunal, falando abertamente para, não só um júri inteiro, mas para os Estados Unidos sobre meu relacionamento com Justin, eu provavelmente iria rir bem na cara dessa pessoa. Nunca na minha vida, eu me imaginei lendo aquela carta inteira. Pensei que iria travar, errar as palavras e chorar, porém quanto mais eu falava, mais me sentia encorajada. As pessoas estavam comovidas, me olhavam emocionadas, pude ver algumas mulheres balançando a cabeça como se pudessem sentir o peso em cada palavra que saía da minha boca. Eu consegui controlar meu choro, mas cada verso daquela carta, ao mesmo tempo que doía, me aliviava. Foi como se eu tivesse me libertando para sempre do mal que o Justin me fez. Eu tenho certeza que foi isso, me sinto tão leve, alegre e feliz por ter feito o que fiz. Estou orgulhosa de mim. Escrevi tudo aquilo ontem, junto com a Margot. Eu estava na dúvida de como poderia contar meu lado da história, expressar o que sentia de verdade em relação a tudo, e ela me deu a ideia de escrever uma carta pra mim mesma, colocando no papel o que eu gostaria de contar para as pessoas. Funcionou! Saiu melhor do que eu estava esperando.

E o melhor, Justin está finalmente preso. Acabou. Todos os ciclos de vai e vem dele na minha vida chegaram ao fim. O pai dele vai ser investigado, então não vai demorar muito pra essa família cair de vez.

Algumas pessoas vieram falar comigo depois, fazendo perguntas bem pessoais. Respondi o que eu queria, desviei da maioria, inclusive uma que dizia respeito ao Charles. As pessoas não tem muito senso, isso não era sobre meu relacionamento atual. Tinha acabado de contar sobre meu passado, minha história. O que eu tenho com o Charles não estava em questão.

E por falar nele, estou esperando-o faz dez minutos aqui fora. Decidimos passar a tarde juntos, ele disse que iria me levar pra conhecer um lugar e cá estou eu. Não nos falamos desde a noite do Natal, exceto por ele ter vindo me perguntar como eu estava antes de entrarmos pra audiência. Queria ter tido a oportunidade de falar com ele primeiro antes dele descobrir parte do que aconteceu comigo junto com todo mundo naquela sala, apesar de eu imaginar que ele saiba dos abusos que eu sofri. Posso não ter contado com as palavras exatas, mas minhas atitudes falavam por si. E a forma como ele agia em diversos momentos em que estávamos juntos, hoje eu consigo ver em pequenos gestos, toques, declarações. No início do nosso relacionamento ele nunca fez qualquer coisa comigo sem saber o que eu pensava ou o que eu queria. Não que isso tenha mudado depois, mas acho que ele me conheceu de verdade, sabia dos meus gostos e vontades, pontos fracos e desejos, quando eu estava fazendo drama pra chamar sua atenção ou quando eu realmente não queria nada. Erámos um bom casal, funcionávamos perfeitamente.

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