Epilogue - Part 2

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5 cinco anos depois.

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Ter a Mafe foi uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida, digo isso sem pensar duas vezes

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Ter a Mafe foi uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida, digo isso sem pensar duas vezes. Ela me mostrou um outro lado da vida, me fez enxergar o mundo de uma outra maneira. Eu me tornei mais cuidadosa, mais atenta e organizada, aprendi o que realmente é responsabilidade, preocupação e dedicação. Queria que ela crescesse em um lar sendo amada, aceita e educada da forma certa. Tive medo de quando deixamos ela na escolinha pela primeira vez, me senti insegura por ela e meu coração de mãe ficou tão aflito que eu fugi no meio do trabalho e fui para a galeria do Charles atrás de alguma calmaria. No final do dia, ela tinha se dado bem com as tias e os amigos, toda minha paranoia pareceu tão boba. Charles sempre foi o pé no chão, por mais que eu tenha certeza que ele morria de medo internamente, só mantinha a pose de durão por nós dois. Tivemos um longo processo de terapia para poder desapegar do nosso lado super protetor com a Mafe, parte desses sentimentos foram gerados pela morte de Kalel, então tivemos que aprender na marra a controlar esses traumas para não afetar negativamente na criação dela. Mas nos saimos bem até então.

Uma visão que mudou pra mim quando me tornei mãe, foi entender o lado do meu pai. Não que ele algum dia esteve certo de todas as atitudes que teve, mas eu resolvi ligar pra ele em um noite, porque não conseguia deixar de pensar em como seria minha vida sem minha filha. Conversamos por um tempo, ele disse que havia vendido a loja e arrumado um emprego. Estava bem, parecia triste, mas seguindo com a vida. Pediu desculpas no final de tudo, mostrando estar bem arrependido. Com o tempo conseguimos estabelecer um bom relacionamento, ele chegou a vir para Nova York conhecer a neta e ver os filhos. Minha mãe conversou com ele e os dois se entenderam também. Não voltaram, claro. Hoje ela está casada com Coulson, um médico do hospital em que trabalha.

David continua viajando com o seu time de hóquei, está namorando um garota linda que conheceu em um jogo, vem me ver sempre que consegue, apesar de eu saber que motivo das suas visitas é apenas para ver a sobrinha. Ela adora o tio, vive perguntando quando ele vem.

Depois da minha segunda gravidez, Charles e eu já estávamos acostumados com a rotina puxada, foi um acontecimento inesperado por conta de uma noite que tivemos a brilhante ideia de transarmos dentro do banheiro de um bar, em um dos nossos encontros. Eu tinha esquecido completamente que havia mudado meu anticoncepcional alguns dias antes, então recebemos um menininho de presente, o Aaron. Por sorte, Mafe já estava grandinha. Quando nossa primeira filha começou a largar meu peito, decidimos que eu iria trabalhar e ele ficaria em casa cuidando dela. Com dois aninhos, resolvemos colocá-la na escolinha (creche), então de manhã Charles ficava com ela, de tarde ela ficava na creche enquanto ele ia pra galeria e eu buscava na saída depois que saía do meu trabalho, pois ele ficava até às dezenove no dele, isso quando não resolvia chegar em casa às vinte e três horas. No início foi complicado manter esses horários, desencadeou uma briga feia entre nós dois. Acredito que o fato dele ter se afastado do trabalho por um bom tempo depois do nascimento da filha, o fez se dedicar mais do que o necessário, consequentemente, eu e a Mafe sentíamos falta dele em casa. Mas depois de muita conversa, ele viu que estava exagerando e rapidinho mudou. Eu não tenho o que reclamar desse homem, é o melhor marido que alguém poderia pedir na vida.

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