— Roberta: Tá manchado? — Perguntei ironicamente
— Neguinho: O quê?
— Roberta: Meu short, de menstruação — Respondi, rindo — Pra tu estar me olhando assim, comigo de costas pra tu, só pode!
— Neguinho: Eu te abraçava mesmo se tu tivesse lavada de sangue — Disse rindo, após me sentar em seu colo
— Roberta: Se tu soubesse o quanto tu me atiça quando sorri... — Falei enquanto passava a unha ao redor da boca dele
— Neguinho: Tu gosta? — Perguntou, sorrindo
Fiz que sim com a cabeça, sorrindo de orelha a orelha, e ele riu, pôs as mãos no meu maxilar pra segurar minha cabeça, me deu vários selinhos e finalmente me beijou. Safada que sou, tirei sua camisa, e foi nessa hora que minha mãe chegou.
— Lúcia: Boa noite, Neguinho — Disse me olhando com cara de "safada"
— Neguinho: Opa, tia! Suave? — Disse mó cínico, me abraçando pela cintura
— Lúcia: Tu vai pedir essa daí em namoro, é?
— Neguinho: Namoro não, mas é tipo isso — Respondeu olhando minha mãe, e me olhou — Mas se ela aceitar namorar, tô aí todinho pra ela!
No final da frase, ele sorriu. Caralho, Neguinho, faz isso não...! Me prendi pra não beijá-lo na frente da minha mãe, porque eu não ia conseguir só beijá-lo. A gente jantou conversando altas paradas, depois fiquei na porta com o Neguinho.
— Neguinho: Tu vai voltar pro asfalto quando? — Perguntou enquanto fazia círculos na minha nuca
— Roberta: Daqui a quinze dias. Por quê?
— Neguinho: Vou sentir saudade de ver tu todo dia — Respondeu sorrindo
— Roberta: Vai nada! Tu vai aproveitar e comer outras bucetas! — Disse provocando-o
— Neguinho: Tu que pensa! Eu levo compromisso à sério, rapá! Quero uma parada mais séria contigo! Se der certo, nóis parte pro namoro!
— Roberta: Calma! Cê tá muito eufórico! — Disse rindo
Ele deu um tapa de leve na minha cabeça, e não deu tempo nem de eu reclamar, já que, quando virei a cabeça pra olhá-lo nos olhos e abrir a boca, ele segurou meu maxilar e me lascou um beijo. Amo, amo, amo! Que moleque gostoso da puta que pariu! Não ficamos muito tempo na porta; fomos dar um rolê pelo morro, falar com nossos friends e tudo mais. Ele me deixou em casa às 22h30.✧✧✧✧✧ NO OUTRO DIA ✧✧✧✧✧
Acordei com meu celular vibrando várias vezes seguidas. Na tela de bloqueio, tinha a notificação do whatsapp: 3189 mensagens de 23 conversas. Se fuder, quando eu fui dormir só tinham 2367 mensagens de 17 conversas...! Desbloqueei o celular na mesma hora e a conversa que estava no topo era de quem? Do Neguinho! A conversa abaixo dele — logo depois dos grupos, na verdade —, era da Lays. Óbvio que eu fui responder minha little friend primeiro, né? Após escutar seus áudios de horas — mentira, foi menos de 5min os vários que ela mandou —, eu a respondi, aí sim fui responder o Neguinho. Ele me deu bom dia, mas com cada letra em uma mensagem, e no final me chamou de princesa, owwwwwn! Um cara quando quer algo, é foda, HAHAHA! Mas mulher também, ein? Eu mesma sou um exemplo vivo, só que pessoalmente! Esperar o moleque dar ideia em mim não é meu forte! Após responder a mensagem do Neguinho, fui responder as outras mensagens. Quando saí da cama eram 10h15. Tomei banho, me troquei, tomei café da manhã e fui toda equipada à boca do FB.
— Geré: Vai passar quem, Índiazinha? — Perguntou ironicamente, quando chegou a vez de eu tocar na mão dele
— Roberta: Tu, mané! A parada vai ser tão sinistra que teu caixão vai ter que ficar fechado no velória! — Respondi toda marrenta
— Geré: Tenta pra tu ver! — Disse no mesmo tom que o meu, após me sentar em seu colo
— Roberta: Quero meter é outra parada na tua cara — Disse baixo, só pra ele ouvir
— Geré: Não vou achar ruim...
— Frajola: Cês parece até que são um casalzinho...! — Disse sentado numa laje do outro lado da rua
— Roberta: A gente é puro amor! — Respondi rindo, abraçando o Geré
— TT: Com extras, né? — Perguntou em tom malicioso
— Geré: Claro, né, rapá?!? Uma relação minha com mina que não tem extra não pode ser considerada relação! Ou libera a xereca ou rala!
— Roberta: E por que tu não mandava eu ralar antes de eu sair liberando o que é meu? — Perguntei ironicamente, olhando-o por cima do ombro
— Geré: Tu é diferente, tu é minha protegida!
— Marinho: Iiiih, não dá muita moral pra essa daí, não, que condição sobe muito fácil na cabeça dela, ein, patrão?!?
Oi? Eu escutei certo? Ele tá querendo tirar onda da minha cara ou disse a real mesmo? Só sei de uma coisa: se ele ficar de tiração pro meu lado, eu vou ter que expôr ele! Relembrando pra quem já esqueceu, porque minha vida é muito tumultuada: eu dei pro Marinho no baile, e foi bom pra caralho, mas ele não fez oral em mim. Só dei pra ele porque o fogo tava maior que tudo e eu jurava que ele ia usar a língua depois do rala e rola, mas pensei errado.
— Roberta: Fica na tua, ô, mané! Onde que eu ganho condição e fico pagando de fodona pra alguém?!? Tu fala de tu mermo e quer meter meu nome, como se fosse eu?!? Se orienta, rapá! Sou a mesma com geral, pode perguntar pra qualquer um aí! Respeito quem me respeita, trato bem quem me trata bem, trato mal quem me trata mal! Parada comigo funciona assim! Lei do retorno!
Tentei levantar pra falar isso pro Marinho cara a cara — na verdade, testa com testa —, mas o Geré me segurou pelo braço. Na boca só tinha o Geré, seus 6 seguranças — o Neguinho não estava; o Neném cobre-o pela manhã, quando ele está no colégio —, e, claro, os vapor e o povo comprando droga, mas a fila pra comprar e recebê-la era a quase 2 metros de onde nós estávamos; estávamos numa entrada da viela e eles estavam na outra ponta. Apesar de longe, eles ouviram oque eu falei e e ficaram observando.
— Marinho: Tu pode não pagar de fodona, mas tu é uma arrombada do caralho! Abre as perna pra qualquer um! Pior que porta de shopping!
— Neném: Ih, o cara pegou ar com a Índiazinha...! — Disse rindo
— Roberta: Me solta, RGR! — Disse pro Geré, em pé, tentando tirar suas mãos de mim
— Geré: Não, porra! Aquieta o cu aí! Se eu te soltar e ele der um cacete em tu, eu vou dar um cacete nele, porque ninguém mexe com minha filha, mermo sendo tu que foi procurar!
— Roberta: Como se eu fosse apanhar sozinha...!
— Geré: Sos-se-ga! — Mandou, me encarando
— Roberta: Minha boca tu não prende — Disse pra ele, olhei pro Marinho — Primeiramente, eu dou pra geral mermo! Eu não tenho compromisso com macho nenhum, e se eu sentir vontade de dar e ele de me comer, eu vou dar, porque a bucetinha é minha, tá no meu corpo e não no teu! Aliás, de nenhuma outra pessoa, então se ciclano tá se incomodando com o fato de eu dar minha bucetinha, é porque tá com inveja, é porque tá querendo dar pro fulano que eu dei e não conseguiu! Em segundo lugar, tu é um borracha fraca! Tu fode bem? Tu fode, não vou mentir! Mas continua sendo um borracha fraca que não sabe usar a língua! — Disse alto, séria, aí mudei o tom — Porra, Mário, a rola é do caralho, mas a língua tem que colaborar, e se não colaborar, a foda num serve de nada! — Disse ironicamente — Pronto, falei! Tu num queria tirar onda da minha cara?!? Tira não, rapá! Não sou praia, não! — Concluí no tom sério novamenteEu jurava que o Mário ia responder quando eu terminasse de falar, mas ele não falou nada quando eu terminei; ficou com o rabo entre as pernas. Caralho, só tenho decepção com esse moleque! Até uns 15 segundos que eu terminei de falar, o clima ficou tenso, ninguém falava nada, até que o Geré começou a rir, e geral que ouviu riu junto. Eu tava com tanta raiva que não consegui rir, mas no fundo do fundo do fundo, eu tava me acabando de rir! Lays, Alícia e Marjorie — a Marj tava comigo no sábado do baile que eu fiquei puta da vida com o Marinho —, cadê vocês nessas horas?!?
— Geré: Que merda, cumpade! — Disse rindo
— TT: Pô, Robertinha, pegou pesado com o cara! — Disse também rindo, com a palma da mão apontando pro Marinho
— Marinho: Vagabunda — Disse seco
O Marinho estava sentado numa laje do outro lado da rua, ao lado do Frajola, e ele desceu da tal laje e veio andando na minha direção — no caso, na minha e do Geré, já que eu estava em seu colo —, e quando o Geré se ligou que ele ia partir pra cima de mim, me empurrou pro lado. Com a força do empurrão, eu caí no chão de mal jeito, por cima do pé e com o braço acima da cabeça e não consegui levantar, mas meus olhos funcionavam muito bem! Na hora que o Geré me empurrou, o Marinho estava levantado sua camisa e ele estava a menos de 1 metro da gente, então ele ia, ou bater em mim — menos provável, porque eu tava no colo de quem? —, ou ia atirar em mim. Enfim, depois que o Geré me empurrou pro chão, todos os moleques partiram pra cima do Marinho, e o TT já se aproximou do mesmo chutando sua pistola pra longe.
— Geré: QUER APONTAR ARMA PRA MIM, PORRA?!? TÁ COM A CABEÇA AONDE, CUZÃO?!? NINGUÉM APONTA ARMA PRA MIM, NÃO, ARROMBADO DE MERDA! NEM PRA MIM, NEM PRA MEUS PARCEIRO! — Gritou empurrando o Marinho no chão e enchendo-o de chute
O Dudé, segurança do Geré, me ajudou a levantar.
— Dudé: Tá bem? — Perguntou me segurando
— Roberta: Machuquei o pé, mas tá de boa — Disse atenta na briga
— Dudé: Quer ajuda pra andar?
— Roberta: Muita! — Disse quase que pedindo pra ele me ajudar a andar
Ainda bem que ele entendeu e me pegou no colo; me sentou numa cadeira. Foram quase 2min só de chute na barriga e na cara dele, todos dados pelo Geré.
— Geré: RALA DO ALEMÃO AGORA, MOLEQUE! E SE NA MINHA CABEÇA PASSAR QUE TU TÁ ARMANDO CONTRA MIM, TU VAI TOMAR NO MEIO DO TEU CU! — Gritou com o dedo na cara do Marinho, após levantá-lo pela camisa
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Índiazinha do Alemão - Pré História ✧
Fanfic✧ Essa web só vai ter uma temporada, tendo em vista que ela vai funcionar como uma reprise, contando mais sobre a vida da Roberta, a personagem principal das "próximas" três temporadas. Apesar de ser basicamente os mesmos personagens principais, vai...