Índiazinha do Alemão - Pré História ✧

Capítulo 17

— Roberta: Aí, Bruna, quero trocar uma ideia contigo — Disse quando dobrei a esquina da rua do colégio, atrás da Bruna e do Caio
— Caio: Que ideia tu quer trocar com a garota? Já não basta ter feito ela ter pêgo suspensão? — Perguntou me olhando feio
— Roberta: Tô falando contigo por acaso? Procura teu lugar, arrombadinho!
— Caio: Se não?
— Roberta: Se não sobra pra tu também! Tu acha que eu tenho medo só porque tu tem um pinto no meio das tuas pernas?!?
— Caio: Vem pra cima então!
— Bruna: Caio, droga! — Disse baixo, enquanto eu dava minha mochila pra Marj
— Bernardo: Eu seguro ela — Disse indo na direção da Bruna
— Milena (vulgo Ninha): Eu filmo! — Disse pegando seu celular
O Bê segurou a Bruna pelo braço e eu parti pra cima do Caio, já enfiando minhas unhas no seu pescoço. Ele tentou dar uma rasteira em mim, mas eu meti a joelhada nos seus testículos e ele foi pro chão, gritando de dor e me xingando pra caralho. Só por garantia, dei dois outros chutes nos seus testículos. Ele tava com o uniforme ainda, tá? Fui pra cima da Bruna. O Bê soltou-a quando eu me aproximei e ela tentou correr, mas não deu certo. Após o puxão de cabelo, pra ela não fugir, rodei-a pra ficar de frente pra mim e a joguei de cara no chão. Segurei de novo no seu cabelo e arrastei por quase 1 metro a cara dela na calçada de pedra, fazendo questão de olhar pra ver se estava ralando.
— Roberta: Agora repete — Disse agachando na frente dela, segurando em seu queixo, fazendo-a olhar pra mim — Eu não vou mais falar mal de algo que eu não conheço.
— Bruna: Eu não tenho medo de você!
— Milena: Cê não conhece nem andar e ainda quer dar respostinha?!?
— Roberta: Se eu fosse você, seguia o conselho dela!
— Bruna: Conselho de gente ruim não se segue!
— Roberta: Eu não queria que você tivesse medo de mim. Eu só queria que você respeitasse os morros, e que não falasse sem conhecer, mas você não quis colaborar!
Deitei a Bruna na calçada, montei em cima dela e comecei a encher a cara dela de tapa e de murro e só parei uns 3min depois, quando eu já tava nas joelhadas, e ela pediu pra eu parar umas cinco vezes seguidas.
— Bruna: Eu não vou mais falar mal de algo que eu não conheço — Disse começando a chorar
— Roberta: Ótimo — Disse saindo de cima dela — Arrombada! — Disse chutando sua barriga
O povo começou a gritar pra eu bater mais. Metade do povo, na verdade, porque a outra foi ajudar a Bruna e o Caio. Continuei o caminho pro condomínio com meus friends, rindo do ocorrido. Os que não moram no mesmo condomínio que a Marj e eu, tomaram seu rumo, e eu fui pra casa da Marj. Quer falar mal do meu lugar, ainda mais sem conhecer? Fale, mas fale longe de mim!