Capítulo 34

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Opa, opa, opa, pera lá, eu disse que amava o Neguinho?!? Não acredito que tô ficando igual á Lays: uma piranha apaixonada! Não deu tempo de eu voltar atrás e falar alguma coisa, porque ele me beijou. Bem, talvez eu até goste dele, mas amar pra namorar, já não tenho tanta certeza.
— Roberta: Nunca vi uma piranha apaixonada, exceto a Lays, mas acho que eu tô ficando — Confessei enquanto ria, quando eu parei o beijo
— Neguinho: Tu é mó cachorra memo! Me pergunto como que eu fui gamar logo em tu!
Encarei-o com os olhos semi-cerrados e dei um tapa do caralho no braço dele, em seguida o empurrei, tirando-o de cima de mim.
— Roberta: Licença que só a Lays e eu podem me chamar dessas parada aí! Conheço moleque que já passou o rodo no morro literalmente todo, mas só porque eu sou mulher, eu sou piranha! O moleque não, o moleque é pegador, é o pica de ouro das galáxias, é o fodão! Ah, vai tomar no cu! — Disse boladona
Saí do quarto e fui pra cozinha procurar algo pra comer. O Neguinho não foi atrás de mim e quando eu voltei pro quarto, ele tava mexendo no meu celular. Ele pirou, só pode. Mas não falei nada; me deitei ao seu lado e fiquei olhando o que ele tava vendo: meu facebook. Toda pessoa que passava pela timeline que ele não conhecia, ele perguntava quem era. Eu já tava cansada de responder, mas de boa. Só fomos dormir às 2h15. Incrivelmente, a gente não fudeu.
✧✧✧✧✧ NO OUTRO DIA ✧✧✧✧✧
Acordei às 10hrs com o Neguinho fazendo barulho. Nem me irritei, porque hoje é sábado e tem baile! Tomei café, tomei banho e me troquei, tudo junto do Neguinho, e ele me deixou na minha casa. Hoje eu não tenho nada previsto até às 20hrs, hora sagrada dos sábados, quando vou me arrumar. Meu guarda-roupa tava uma bagunça, então eu fui arrumá-lo. Eu deixei a janela do meu quarto aberta, então não demorou muito pra alguém colocar a cara nela.
— Lays: E aí, piranha, deu muito?
— Roberta: Eu não posso ter privacidade com essa janela aberta! — Disse irritada
— Lays: Porta tá aberta?
— Roberta: Sempre está, tu sabe!
Ela riu e logo apareceu no meu quarto, e já foi se jogando na minha cama.
— Roberta: Nem dei. Fiquei mó tempão conversando com o Neguinho.
— Lays: Tu foi pra casa de um moleque e não deu?!? Ah, não, Robertinha! Não me diz que tá perdendo o espírito de cachorra!
— Roberta: Eu acho que tô! — Disse rindo
— Lays: Tu só me dá vergonha, garota! — Disse rindo junto comigo, depois que deu uma pezada na minha cabeça

Ficamos conversando sobre machos enquanto eu terminava de arrumar meu guarda-roupa. Quando terminei, me troquei e a gente foi andar por aí. A Lays ia fazer as unhas no salão da Beldade, então eu fui junto com ela. Tava cheio de cachorra. Meu sangue até sobe! Das quatro poltronas de frente ao espelho, só uma estava vaga, que era entre a Gisely e a Lays, e eu sentei na mesma.
— Roberta: É muita pouca água pra muita piranha — Disse olhando a Gisely pelo espelho
— Gisely: E tu, gorda do jeito que é, vale por cinco!
— Roberta: Onde que eu sou gorda, fofura? — Perguntei em tom irônico, e ri no mesmo tom — Isso aqui é muita gostosura, querida! Coisa que tá faltando em tu, né?!? — Perguntei após olhá-la dos pés à cabeça
— Gisely: Prefiro ser magrela do que ter a bunda cheia de estria igual a tu!
— Roberta: Bunda cheia de estria não é vergonha, minha filha! É a coisa mais normal que existe! Mas minha bunda é lisinha, e tu nunca viu ela pra ter o direito de falar! Procura teu rumo, palhaça!
A Gisely não respondeu, só me olhou feio. Como se eu tivesse medo de olhada feia... A Beldade, dona do salão, tava fazendo hidratação no cabelo da Lorrane, que tava deitada naquelas cadeiras próprias para isso.
— Lorrane: Patrão cortou teu cabelo, mas tu continua pagando de fodona pro lado de geral! Fica na tua, garota!
— Roberta: Fica na tua você, se não eu faço contigo o mermo que fiz com a Joyce! Aliás, bela amiga tu é, ein?!? Quando viu que ia partir pra cima dela, meteu o pé! Prefiro não ter ninguém ao meu lado do que ter alguém do teu tipinho!
Igual a Gisely, ela não respondeu. Quando a Beldade terminou com ela, veio pro meu cabelo, e a Patrícia, que tava fazendo as unhas da Valquíria, foi fazer as unhas da Lays.
— Valquíria: É lisinha mermo?!? Apois mostra ela aí pra nóis! — Disse saindo do salão, olhando pra minha cara toda debochada
— Roberta: Agora eu não posso mostrar, mas mais tarde, te mostro com todo prazer! Não só pra tu, mas pra essa piranha! — Disse apontando pra Gisely
— Valquíria: Peidona — Disse sozinha enquanto ria
Como vocês já perceberam, eu mato e morro pelo meu cabelo, então eu não ia levantar da poltrona para bater na Valquíria, né? Enfim, quando a Beldade terminou de escovar e chapar meu cabelo, e a Patrícia terminou com as unhas da Lays, a gente foi pra boca do FB. O Geré tava lá e eu nem olhei pra cara dele. Cumprimentei todos os moleques com um toque de mão, mas o Geré, não. Sentei do lado da Lays, que tinha sentado numa calçada alta do lado do Frajola.

— Geré: Vem cá, Roberta.
— Roberta: Qual foi? — Perguntei de onde eu tava
— Geré: Tô chamando tu aqui! Se eu não precisasse que tu viesse até aqui, eu falava daqui memo!
— Roberta: Não tô com coragem de levantar, não...!
— Geré: E eu tô com disposição de sobre pra cortar o resto do teu cabelo!
— Roberta: Meu cabelo, meu amor — Disse levantando da calçada
— F6: Bom saber...! — Disse em tom debochado
— Frajola: Ih, Índiazinha, vai rolar chantagem pra caralho com teu cabelo!
— Roberta: Chantagem aqui não se cria — Disse rindo, olhando o Frajola
Quando eu cheguei perto do Geré, ele levantou do sofá que tava sentado e foi me conduzindo pro braço pro quartinho. Quando entramos, ele fechou a porta.
— Geré: Tu tá bolada comigo pelo que eu fiz com teu cabelo?
— Roberta: Tô — Respondi seca
— Geré: Se tu quiser um aplique, eu pago pá tu numa boa!
— Roberta: Nada contra quem usa, mas eu não uso — Disse ainda seca
— Geré: Não usa porque na hora da foda tem medo de sair, né? — Perguntou rindo — Já aconteceu comigo. Puxei com uma força do caralho o cabelo da mina que o aplique veio na minha mão!
— Roberta: Que mina?
Como sempre, minha curiosidade fala mais alto.
— Geré: A Lídia, da Alvorada.
— Roberta: Posso jogar na cara dela se eu vê-la um dia? — Perguntei prendendo o riso
— Geré: Vacilo da porra! Melhor não! — Disse rindo
— Roberta: De boa então. Que quê tu queria falar comigo?
— Geré: A pergunta que eu fiz.
— Roberta: Fiquei, né, Rogério! Eu cuido dele mais do que qualquer outra parada, aí tu passa a tesoura, pô! Era melhor ter passado a tesoura no meu grelo! Doeria menos!
— Geré: Se eu passar a tesoura nele, eu sofro... — Disse safado
Ele disse isso e ainda mordeu o lábio inferior. Eita porra. Ainda não fechei de verdade com o Neguinho, então fui pra cima do Geré. Nóis se beijou na maior euforia e em menos de 2min, eu só tava de sutiã e o Geré sem nada. Fui jogada na cama, mas não achei ruim! O Geré me colocou de bruços, ficou sobre mim, mandou eu levantar o quadril — obedeci na mesma hora — e enfiou na minha buceta devagar, mas depois da primeira metida... Que saudades que eu tava dessa rola! Aproveitei bastante nossos 40min de transa, e no final, eu fiz oral nele e engoli tudinho. Diferente do otário do Marinho, com o Geré, eu nem preciso pensar em pedir pra ele me chupar, porque antes dele me puxar pra mamar ele, ele me mama. Uma gracinha! Amo-o bastante, HAHAHA! Nos arrumamos e voltamos pra boca.
— Lays: Eita, amiga, bagunçou pouco o cabelo, né? — Perguntou ironicamente ao me ver
— Roberta: Pouquíssimo — Respondi rindo
— Boquinha: Patrão quando pega as mina é só pentada violenta, cê é loco! — Disse rindo
A gente ficou conversando sobre fuder — melhor assunto —, depois a Lays e eu fomos pra minha casa. Mas não fomos sozinhas: O Geré, seus seguranças e o FB foram também. A gente almoçou tudo junto falando sobre os outros, depois eles ralaram da minha casa. A Lays e eu limpamos a louça e arrumamos a bagunça que fizemos pela casa e ficamos no meu quarto conversando. Minha mãe chegou do trabalho uns 30min depois que eles meteram o pé. Ela não quer nem ver a cara do Geré.
— Lúcia: E aí, Lays — Cumprimentou a friend da porta do quarto — Novidades, bandidona? — Perguntou pra mim, quase que me encarando
— Lays: E aí, tia.
— Roberta: Não, mãe — Respondi com voz de tédio, ao mesmo tempo que a Lays cumprimentava de volta minha mãe
— Lúcia: Vão pro baile?
— Lays: Não sei porque a senhora ainda pergunta, tia, porque nóis cola lá sempre! — Respondeu rindo
— Roberta: Se a gente não foi pro baile, é porque tamo morta, porque até doente nóis já colou lá! — Respondi rindo também
— Lúcia: Sei... — Disse nos olhando "grilada" — Vou sair com o pessoal do trabalho hoje às dezoito horas, então não vou ver como tu vai, mas vá o menos puta que tu consegue ir!
Assenti com a cabeça enquanto revirava os olhos e a minha mãe saiu da porta do quarto e fechou a mesma, como a tinha encontrado. Eu ia pro baile com o Geré hoje, e a Lays, como sempre ultimamente, vai com o Cobra. Ela me ajudou com a roupa que eu ia pro baile, daí nós fomos para sua casa, para eu ajudá-la com sua roupa. Depois disso, ficamos na porta da casa dela, olhando o povo que passava na rua.
— Lays: Tu vai mostrar quando tua bunda pra Valquíria?
— Roberta: Nunca! Tá loca? — Disse de sobrancelhas juntas, encarando-a
— Lays: Já esqueceu de hoje no salão?!?
— Roberta: Vou postar uma foto que eu tirei com o Dudu, lá na minha casa, antes das férias — Disse uns segundos depois, após lembrar, já procurando a tal foto no meu celular
— Lays: Conheço?
— Roberta: Não. Ele não é daqui.
— Lays: Pensei que eu tivesse ficando igual tu!
— Roberta: Como assim?
— Lays: Esquecida! — Respondeu rindo — Tá vendo aí?!?
— Roberta: Vai se fuder — Disse rindo, dando um tapa de leve na testa dela

Índiazinha do Alemão - Pré História ✧ Donde viven las historias. Descúbrelo ahora