Índiazinha do Alemão - Pré História ✧

Capítulo 55

Às vezes eu acho que a Elisa só fica perto de mim por causa dos moleques que eu sou amiga, mas às vezes ela me fortalece pra caralho em algumas paradas aí. Mas, com o tempo a gente descobre a verdade, né? Eu que não vou encher minha cabeça — que já é cheia — com essas fitas. Minha mãe chegou às 20h10. Esperei ela tomar banho e fomos jantar juntas.
— Lúcia: O que você fez hoje? — Perguntou entre uma garfada e outra
— Roberta: De diferente, nada.
— Lúcia: Se tu soubesse o quanto te ver metida na bandidagem me deixa preocupada, tu metia o pé na mesma hora — Disse quase 2min depois da minha resposta
— Roberta: Um dia eu saio — Disse seca
— Lúcia: Espero que esse dia não seja o mesmo que eu vou te enterrar. Porque eu não vou aguentar perder você.
— Roberta: Ai, mãe, que história feia! Vira essa boca pra lá! Não vou morrer!
— Lúcia: Tu acha que as paradas não acontece contigo, né, garota? Ninguém tá imune de levar um tiro, Roberta!
— Roberta: E quem é que vai me matar?!? Eu não dou motivo...!
— Lúcia: Os A.D.A, T.C.P ou os bota — Respondeu, seca, enquanto levantava da mesa com seu prato
— Roberta: Eu me garanto na troca de tiro, e a senhora está sabendo muito dos nossos inimigos — Debochei
— Lúcia: Claro, quando tu está em casa, tu só fala de inimigo, de arma...! — Disse, séria — Com um tiro no meio da testa, se garante também? — Debochou de volta — Vou na Cláudia das unhas. Limpe a louça — Mandou, voltando ao tom sério
Acompanhei-a com o olhar até ela sair de casa. Quando terminei de jantar, lavei e guardei os pratos, arrumei a mesa e fui pro quarto. Às vezes minha mãe enche muito a cabeça com esse tipo de merda. Meu celular começou a vibrar e era o Neguinho.
XXX Início de ligação XXX
— Neguinho: Tá melhor agora?
— Roberta: Por que não estaria? — Perguntei, grossa
— Neguinho: Que quê eu fiz agora?
— Roberta: Nada, mas eu tô sem paciência.
— Neguinho: Sogrinha tá aí?
— Roberta: Não. Foi fazer as unhas na Cláudia.
— Neguinho: Quer açaí?
— Roberta: Filho da puta... Quero! — Disse rindo
— Neguinho: Colo já aí então.
— Roberta: Beijo!
XXX Fim de ligação XXX
Ouvi ele rir no final antes de encerrar a chamada. Fiquei esperando-o, fazendo círculos no meu couro cabeludo. Caralho, isso dá um sono...! O Neguinho chegou uns 15min depois, e como eu tava com preguiça de ir abrir o portão, gritei pra ele entrar, e logo ele apareceu no meu quarto.
— Neguinho: Toma — Disse me dando a tigela de açaí, enquanto sentava na cama
— Roberta: Ai que delícia — Disse quase que babando, pegando a tigela — Obrigada — Agradeci, sorrindo toda fofinha
— Neguinho: Cê não tava de mal humor? — Perguntou, ironicamente
— Roberta: "Tava", no passado. Agora tô bem feliz! — Respondi de boca cheia
— Neguinho: Tô ligado — Disse sorrindo, observando eu comer
— Roberta: Quer um pouquinho? — Perguntei, com vergonha, por ele estar me secando com o olhar
— Neguinho: Me amarro nessas paradas aí não, pode comer — Respondeu, após tirar a camisa e se jogar na cama — Tua mãe chega que horas?
— Roberta: Não sei. Ela foi fazer as unhas na Cláudia, mas quando ela sai de casa, ela passeia pelo morro todo. Parece até que não sabe como é...
— Neguinho: Tu é igualzinha a ela... — Disse rindo
— Roberta: Eu? — Perguntei, me fingindo de ofendida, com a mão sobre o coração e as sobrancelhas levantadas
— Neguinho: Tu — Respondeu, debochado — Não é não? Quando nóis tá junto, indo pra algum lugar, tu me faz parar em toda rua pra tu falar com teus colega...!
Tá aí uma verdade sobre mim...! Quando terminei de comer, coloquei a tigela vazia no criado-mudo e deitei de bruços sobre o Neguinho, que também tava de bruços.
— Neguinho: Amor... Tu não provoca...
— Roberta: Não tô fazendo nada — Disse enquanto beijava a nuca e por trás de seus ombros
— Neguinho: Imagina se tivesse... — Disse quando eu comecei a beijar suas costas em direção pra baixo
Ri, e quando cheguei perto da bermuda dele, virei-o de barriga pra cima, e ele já sabia oque eu ia fazer. Quando coloquei minhas mãos no zíper de sua bermuda, ele já levantou o quadril, e eu tirei a bermuda dele. Fiquei entre suas pernas, e enquanto a gente se beijava e ele tirava minha blusa e meu sutiã, eu massageava e às vezes dava uns apertões na rola dele, que já tava ficando no ponto, e quando, finalmente, ele me deixou sem blusa e sutiã, eu parei o beijo e me concentrei na rola dele. Tirei sua box e coloquei minhas mãos em suas coxas, sem encostá-las no pau dele.