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- Bom dia, turma! Meu nome é Priscilla Pugliese. Neste primeiro semestre vamos estudar música e teatro. Mas antes de tudo, quero que se apresentem, para eu poder ter uma noção de quem é quem. - Disse sorridente. - Eu aprendo rápido, acreditem.

Puta que pariu! Xinguei mentalmente. É a garota dos meus sonhos, a que eu esbarrei nela mais cedo, e ela tem o mesmo nome que no sonho, e ela também tem o nome todo da prima do Rodrigo, então quer dizer que...

- Tu. Qual teu nome? - A mais nova professora, Priscilla, me tira do transe.

- Hum, é Natalie. Natalie Smith. - Digo engolindo em seco e a vejo fazer uma cara de confusa.

Ela evitou me olhar depois disso e eu fiquei frustrada. Ela nem mesmo me conhece e... qual é? Eu cai em cima dela sem querer.

Mas o que eu faço? Ela é a garota linda que sorriu pra mim no sonho e aqui, na realidade, a mesma é estranha comigo. Por quê?

Deixa de ser estúpida, Natalie! Sonhos são sonhos, realidade é realidade. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Certo?

Não, não tá certo. Por que eu sonhei com ela sem nunca ter visto?

Saí dos meus pensamentos e olhei para Rodrigo, ele olhava sorridente pra nova professora e ela o olhou sorridente também. Isso quer dizer que...

Meus pensamentos foram interrompidos quando vi Ally, pela janela, pulando para acenar com a mão para mim, do outro lado da sala.

Sorri e acenei para ela, logo rindo baixinho. O que as pessoas do lado de fora não estariam pensando nesse momento, ao ver uma garota tão baixinha pulando para acenar para alguém?

- Natalie? - Ouço a maldita voz doce e apenas paro de rir a olhando. - Tens algo engraçado para compartilhar conosco?

Como ela conseguia ser tão linda com a expressão séria? Eu tenho certeza que os óculos que ela está usando são apenas por charme, o que deixa ela tão atraente quanto quando está sem eles.

- Eu falei contigo, senhorita Smith. - A ouvi dizer com a expressão impaciente e... nervosa?

Meu sobrenome fica tão lindo na sua voz, bem que ela poderia falar de novo. Na verdade meu nome todo fica lindo na sua voz.

- Certo, Natalie. Ao final da aula siga-me até a minha sala, vamos conversar. - Disse por fim voltando a falar sobre sei lá o quê.

Nunca vi um único horário para demorar tanto a acabar. Quando tocou já saí às pressas e fiquei ao lado de fora, esperando a professora Pugliese sair. Ela saiu e eu a acompanhei até sua sala.

É, cada professor tem uma salinha nesta escola.

Bem vindo ao país Indefinido! Sim, o nome deste país é Indefinido. Não lembro quem colocou este nome no país, mas achei bem criativo e diferente.

E este é um país famoso, muitas pessoas de outros países vêm para cá - seja visitar ou morar.

Chegando lá a mesma fechou a porta, jogou sua bolsa em uma poltrona e pediu pra que eu sentasse no sofá e, em seguida, sentou ao meu lado.

- Natalie Smith... - Falou pausadamente olhando para um vaso de planta em sua mesa.

Me permiti ficar em silêncio e olhar para o mesmo ponto que ela. Acho que uma rosa branca ou cor de rosa mesmo cairia bem nesse vaso.

- Tu é a amiga do Rodrigo. - Afirmou convicta.

- E você é a prima dele. - Digo encaixando as peças. - E a garota que eu derrubei hoje mais cedo.

Beautiful StrangerOnde histórias criam vida. Descubra agora