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AVISO(1): Não esqueçam de votar.
AVISO(2): Estou pensando em fazer um capítulo de respondendo perguntas. Então se quiserem, deixem perguntas aqui para os personagens(qualquer um que já tenha aparecido) e/ou para a escritora.Aproveitem a leitura.
゚・:*✿Sabina Hidalgo.
• 15 de julho de 2020
Los Angeles, USA.
Acampamento.Já fazia quase uma semana que o Benjamin foi preso e eu me vi longe de suas mãos, mas o assunto ainda rolava entre as pessoas.
Quando você é vítima de estupro e as pessoas descobrem, é necessário aprender algo: a maioria sempre te verá como culpado, não o estuprador.
Para eles, só é estuprado as pessoas que dão motivos. Seja pela roupa que está usando ou pelo modo como seu cabelo está preso. Idiotas.
Nos três dias de repouso, eu chorei, pensei, dormi, comi e falei com a minha mãe. Evitava sair do quarto, esperava Noah ou alguém trazer algo pra mim comer. Queria ficar o mais afastada possível dos olhares julgadores.
Mas isso não é o pior. Os pais de Benjamin não largaram do meu pé. De algum jeito, eles descobriram o número do meu telefone e me mandam mensagens a toda hora. A maioria são ameaças. Seu pai chegou a dizer que se eu não tirasse a acusação, eu veria o que é realmente ser estuprada. Se fiquei com medo? Você não tem idéia. Se vou retirar a acusação? Nem em sonho. Benjamin merece apodrecer na cadeia. E se os cretinos de seus pais tentarem tocar em mim, terão o mesmo destino.
Por outro lado, tenho meus amigos comigo. Sei que posso contar com eles, e principalmente com Noah. Ele não me deixou sozinha em momento algum desde que sai do hospital. Não pude contar das mensagens. Ele ficaria uma fera, e nesse momento eu preciso do Urrea Carinhoso. Não o Raivoso.Às vezes eu fechava os olhos e sentia os toques de Benjamin em meu corpo, eu caía no choro em seguida. Abraçava meu próprio corpo, tentando me consolar. A lembrança iria ficar, eu teria de aprender a lidar com isso. Teria de aprender a lidar com a sensação de que meu corpo havia sido violado e agora eu era impura. Esse pensamento nunca me abandonava, e vinha seguido da dor da culpa. O que eu havia feito para merecer isso? Em que momento eu errei? Eu não tinha culpa por não ser perfeita.
Benjamin me destruiu. Destruiu quem eu sou. E eu não tinha certeza se seria capaz de retornar para minha vida normal, para a vida em que homens não eram capazes de me intimidar.— Sabina? Cadê você? — Ouvi a voz de Noah e sequei as lágrimas, me levantando do chão do banheiro e lavando meu rosto.
— Estou indo, N. — Respondo, tentando esconder a cara de choro com maquiagem. Abri a porta do banheiro e ele me olhou.
— Está se sentindo bem? — Assenti, mentindo. Não vou preocupar Noah com os meus dramas idiotas.
Caminhamos juntos até o refeitório. Ignorei os olhares, me sentando com o pessoal. Any e Josh discutiam.
— Você não arruma sua parte do quarto. — Josh acusou, apontando o dedo para a brasileira. Acabei rindo. Josh era o certinho: organizado e regrado. Any por outro lado era o poço de desorganização. Quando ela vai dormir em casa, eu surto com a sua bagunça.
— E você é muito chato! Eu já falei que até o dia da inspeção vai estar tudo em ordem! — Retrucou.
— Any, eu não consigo achar minhas coisas. As suas estão espalhadas por todo o quarto. — O loiro falou, a olhando. Any riu.
— Oops. Arrumamos depois, tá bom? — Josh revirou os olhos, mas riu em seguida, beijando a bochecha de Any.
— E você, como está? — Lamar perguntou pra mim.
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» I Hate You ˎˊ˗ ࿐°
أدب الهواة|Concluída| ⁞ '✎ Um acampamento de verão coloca Noah Urrea e Sabina Hidalgo juntos. Rivais desde que se conhecem, tudo apontava que daria errado. Mas o destino tinha outros planos para aqueles adolescentes. *Segunda temporada já disponível no meu pe...