• ꒰ Chapter 38 • This is so boring꒱ ˎˊ˗ •

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Noah Urrea.
18 de novembro de 2020
Los Angeles, USA.
Residência dos Urrea.

Pouco mais de um mês havia se passado desde que eu e Sabina escolhemos nossa casa em San Francisco. E muitas coisas haviam mudado.
Sabina começou a estudar em casa, foi uma decisão dela começar agora, mesmo que sua barriga não estivesse tão visível, já existia certo volume e ela não queria correr o risco de pessoas descobrirem. Não só isso, ela tinha tonturas frequentes, tais como o cansaço.
Outra coisa que mudou foi que agora Sabina precisa ir no médico a cada quinze dias para realizar o acompanhamento da gravidez, a médica disse que já poderia até mesmo descobrir o sexo deles, mas nos últimos dois ultrassons, os bonitinhos estavam com as pernas fechadas e não deixaram que nós descobrissemos o sexo deles.

— Bom dia. — Despertei dos meus pensamentos com Linsey entrando no quarto. Eu estava sentado na cama, observando Sabina dormir antes do meu alarme tocar. — A mamãe queria falar com você, ela disse ser algo relacionado a reforma da casa em San Francisco. — Explicou e eu assenti, beijado a testa de Sabina e saindo do quarto junto da minha irmã mais velha.

— Bom dia. Queria falar comigo? — Perguntei para a loira, que estava sentada na bancada entre a cozinha e a sala, mexendo no computador.

— Queria sim, querido. E a Saby? — Perguntou.

— Dormindo. Ela ficou até de madrugda fazendo relatórios das aulas para entregar na escola. — Expliquei e ela suspirou.

— Parece até que as coisas estão mais puxadas para ela agora. — Minha mãe murmurou e eu assenti.

— Acredito que estejam. Já perguntei, mas ela diz que está tudo certo. — Dei de ombros, me sentando ao seu lado e olhando o que ela fazia no computador. Mamãe é arquiteta e estava responsável pela reforma da nossa casa.

— Era sobre o quarto de vocês, mas acho que é melhor resolver isso quando os dois estiverem presentes. — Ela disse, e em seguida senti uma mão em meu ombro.

— Estou aqui. — Ouvi a voz rouca de Sabina, como se ela tivesse acabado de acordar, e acho que foi exatamente isso.

— Não é urgente, querida. Vá descansar. — Minha mãe pediu e ela suspirou.

— Estou bem, Wendy... Não se preocupe. — Abriu um sorriso fraco, mas era perceptível em sua voz como ela estava cansada.

— Eu vou subir com ela. — Falei para minha mãe, que assentiu. Peguei na cintura de Sabina, a guiando rumo ao quarto. — Descansa mais um pouco. — Pedi e ela negou. — Saby, você está cansada. — Falei e ela suspirou, se sentando na cama.

— Vou ir pra minha mãe hoje, a Luna está um pouco doente e não vai pra aula. — Ela disse.

— O que ela tem? — Perguntei, me sentando ao seu lado e acariciando seu rosto.

— Acho que é emocional, não vejo ela a algumas semanas. — Saby falou, soltando um suspiro.

— Por que ela é tão apegada a você? — Questionei e ela deu de ombros.

— Quando meu pai morreu, Fernanda e minha mãe acabaram entrando em depressão, e nenhuma das duas tinha psicológico para cuidar de Luna, então eu cuidei da Luna e das duas. — Suspirou, passei a mão em seu ombro.

— Ninguém nunca perguntou para você como você se sentia? Alguém te consolou depois que seu pai morreu? — Saby negou.

— Eu passei pela fase de aceitação a perda sozinha, enquanto ajudava elas a aceitarem. Eu chorava sozinha em meu quarto todas as noites, não podia chorar na frente delas... — A Hidalgo disse, olhando para as próprias mãos.

 » I Hate You ˎˊ˗ ࿐°Onde histórias criam vida. Descubra agora