• ꒰ Chapter 31 • Get out of my room.꒱ ˎˊ˗ •

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Sabina Hidalgo.
• 16 de setembro de 2020
Los Angeles, USA.
Residência dos Hidalgo.

Já se fazia uma semana desde que saí do hospital. As coisas em casa estavam um saco. Mamãe, Fernanda e Luna não me deixavam em paz. Perguntavam a cada minuto se eu estava sentindo algo. Não me deixam fazer absolutamente nada, só faltava vir me dar banho.
Suspirando, me levantei da cama e fui até o banheiro para lavar meu rosto. Eu já me sentia cem por cento recuperada do acidente, os hematomas haviam desaparecidos, tal como as dores no corpo. Eu me sentia disposta para voltar a escola, mas Nico, Noah e minha mãe insistiam que eu devia esperar os quinze dias, mas eu não aguentava mais. E por isso eu estava decidida a os convencer de me deixar ir pra aula.
Despertei pouco antes das oito da manhã, com minha mãe batendo na porta, provavelmente irritada por eu ter trancado de novo. Suspirando, me levantei, me enrolando no meu robe de seda e indo abrir.

— Quantas vezes já disse que não é pra trancar essa porta? — Ela reclamou, me fazendo rir e revirar os olhos. — Sabina, estou falando sério. E se algo acontece com você e a porta está trancada? O que fazemos? — Me olhou.

— E o que vai acontecer, mãe? — Ela não respondeu, fechando os olhos enquanto provavelmente tentava manter a paciência.

— Não vem ao caso agora. Como está se sentindo? — Perguntou, e eu suspirei.

— Um pouco enjoada e cansada. — Falei, me sentando na cadeira da escrivaninha.

— Então vá descansar enquanto pego o remédio para enjoo. — Neguei.

— Vou tomar um banho e depois vou começar a estudar. As provas começam na próxima semana. — Disse e ela sorriu.

— Não se preocupe. Falei com o diretor, expliquei a situação... — A interrompi.

— Vo-Você explicou a situação? – Gaguejei apontando para ela. — Você contou que eu estou grávida? — Perguntei.

— Era necessário, Sabina. — Neguei.

— Não era. Tenho notas impecáveis e estou estudando igual louca desde o começo das aulas. Não precisava que você mexesse seus pauzinhos para ajudar a filha grávida. — Gritei, irritada.

— Não grita comigo, eu sou sua mãe! — Ela gritou, deixando um tapa no meu braço.

— E eu sou sua filha. Você devia falar comigo antes de sair falando com Deus e com o mundo e "explicando a situação". É a minha vida. A minha reputação. — Falei, fazendo aspas com os dedos

— Pensasse nisso antes de sair transando com qualquer um. — Ela gritou, irritada. Arregalei os olhos.

— Qualquer um? Qual-qualquer um? — Balbuciei, minha mãe havia praticamente me chamado de vadia. — Sai do meu quarto. — Apontei para a porta. Ela me olhou, olhando na direção que eu estava apontando, voltando a  olhar pra mim. — Eu mandei você sair do meu quarto! — Gritei, enquanto deixava minhas lágrimas caírem.

— Sabina. — Ela falou de forma calma, tentando tocar meu ombro.

— Eu to pedindo pra você sair do meu quarto. — Falei mais baixo, me afastando dela.

— Eu não quis falar aquilo. — Ela disse e eu deixei um riso debochado sair.

— Mas falou. E agora eu quero que saia do meu quarto. — Falei, caminhando até a porta e sinalizando para ela sair.

Quando enfim ela saiu, bati a porta, me sentando atrás dela e trazendo meus joelhos em direção ao meu peito. Eu sei que ela estava nervosa e irritada, mas mesmo assim, ela não tinha direito de dizer aquilo pra mim. Só me fez concluir que ela pensa igual aos outros.
Meu celular começou a tocar, e eu olhei para o relógio na escrivaninha. Oito e meia, hora que o Noah ligava. Me levantei do chão, caminhando até a cama e pegando o aparelho.

 » I Hate You ˎˊ˗ ࿐°Onde histórias criam vida. Descubra agora