» I Hate You ˎˊ˗ ࿐°

• ꒰ Chapter 29 • Forgive me.꒱ ˎˊ˗ •

Noah Urrea.
• 05 de Setembro de 2020
Los Angeles, USA.
Martin Luther King Jr. Community Hospital.

Deviam ser umas três e meia da manhã quando cheguei no hospital para trocar de lugar com Feh. Ela tinha que trabalhar as cinco, e precisava levar Luna para casa, então combinei de passar o resto da noite com a minha namorada.
Deixei o carro no estacionamento do hospital e caminhei até a recepção, vendo que Fernanda estava sentada em um dos sofás, com Luna deitada com a cabeça em seu colo. Caminhei até elas abrindo um sorriso fraco.

- Como ela está? - Perguntei e Fernanda suspirou.

- Ainda sem melhoras. Seu irmão disse que ela teve uma queda de pressão durante a tarde, e que despertou, mas se estressou e ele precisou sedar ela novamente. - Suspirou e eu passei a mão no cabelo. - Melhor ir lá. Ela já está sozinha a uns quinze minutos. - Assenti, lhe dando um abraço de tchau e pegando o crachá de acompanhante. Corri até os elevadores, não queria deixar Sabina sozinha.

Quando cheguei ao andar, estranhei vendo que haviam duas portas de quartos abertas, sendo que sempre os pacientes preferiam as deixar fechadas. A primeira porta era do quarto do pai de Benjamin e a segunda de Sabina.
Me aproximei primeiro do dele, estava vazio. Olhei ao redor, o procurando. Meus olhos pararam na porta de Sabina, ouvindo os aparelhos dela começarem a apitar pouco depois. Corri até lá, sendo seguido por enfermeiras e médicos.
Meu olhar foi direto nela, pálida e sem o tubo na boca, o qual foi provavelmente arrancado pelo pai de Benjamin que ria de maneira doentia, segurando o tubo que antes estava na garganta de Sabina.

- Precisamos entubar! Batimentos cardíacos caindo. - Um médico gritou, e as enfermeiras correram para pegar o necessário. Percebi que o homem que causou isso estava se preparando para fugir, aproveitando que todos estavam distraídos em resgatar Sabina. Menos eu, que não podia ajudar em nada, a não ser impedir que aquele homem saísse ileso dessa.

Assim que ele tentou fugir, o segurei pelos ombros, impossibilitando que ele corresse. Aguardei por quinze minutos, até eles deixarem Saby estável e se virarem para mim.

- Vamos recomendar exames, mas por enquanto ela está estável. - Falou, e em seguida olhou o pai de Benjamin. - Você vai pra ala psiquiátrica, e será fichado por tentativa de homicídio. - Falou, enquanto seguranças tiravam o homem de minhas mãos. Entrei no quarto de Saby, indo até ela e segurando suas mãos.

— Preciso de você, Saby. Não me abandone, por favor. — Pedi, acariciando seu roso pálido.

Acabei por não dormir o resto da noite, com medo de alguém entrar e tentat algo contra ela. Mas no final, o único que entrou foi Nico, para informar que estava iniciando seu turno, que já estava ciente do ocorrido e que pediria os exames o quanto antes, assim como a monitoração dos bebês.
Logo pela manhã, devia ser umas oito, a Dra. Baker entrou para realizar um ultrassom e me entregar o resultado do teste de paternidade.

— Vou fazer o ultrassom dela primeiro e já leio o Resultado do exame de paternidade com você. — Assenti, observando ela começar o exame. Meu coração palpitou assim que ouvi algo como "Tum Tum" sair do computador em que a médica registrava as imagens. Era um som rápido e forte, que tirou um sorriso da mulher. — Eles parecem estar saudáveis. Os batimentos estão normais. — Falou, me fazendo abrir um sorriso de orelha a orelha. Ela veio até mim, pegando o envelope com os resultados do exame de paternidade da minha mão, o abrindo. A doutora leu tudo rapidamente, enquanto eu foquei no final da página "Compatibilidade 99,9%". — Parabéns, papai. Você terá dois lindos bebezinhos. — Abri um sorriso, olhando para Sabina e acariciando seu cabelo.

— Você ouviu, meu amor? Precisa ficar bem para cuidarmos dos nossos dois bebês. — Coloquei a mão em sua barriga e em seguida em seu rosto. — E ela? Como está? — Me virei para a mulher que suspirou, pegando a prancheta e analisando tudo com calma.