• ꒰ Chapter 49 • My mom called me꒱ ˎˊ˗ •

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Sabina Hidalgo.
• 03 de abril de 2021
Los Angeles, USA.
Residência dos Urrea.

As noites de sábado para domingo costumavam serem ótimas, já que eram dias que não precisávamos nos preocupar em acordar cedo, e podíamos ficar em casa cuidando das nossas pequenas, curtindo elas. Era tipo uma tradição, desde que elas nasceram, ficarmos em casa no domingo para curtirmos elas, e eu adorava ir com elas para o quintal e apreciar o céu. As duas também parecem gostar, já que sempre soltavam gritinhos fofos. 
Mas não foi isso que aconteceu. Mais ou menos três da manhã eu acordei sentindo uma sensação ruim se espalhar pelo meu corpo. Sem saber exatamente o que fazer, eu me levantei da cama, indo até o banheiro e colocando tudo que eu havia comido no dia anterior para fora. Eu não estava me sentindo nem um pouco bem, e sabia que era devido a todas as lembranças que me atormentavam e a preocupação relacionando ao que minha mãe precisava me contar, que parecia ser algo bem sério. 

— Saby? Amor? — Despertei dos meus pensamentos com a voz de Noah e soltei um longo suspiro. Ele se aproximou, se abaixando ao meu lado e tocando meu rosto. — Você está pálida… Vem descansar. — Me segurou cuidadosamente pelo braço, me ajudando a levantar. Lavei minha boca e fui em direção a cama, sem que ele tirasse sua mão de minha cintura. 

— Desculpa ter te acordado… Você precisa descansar. — Murmurei, o olhando. Ele negou. 

— Você é mais importante, Sabina. Deveria ter me chamado logo que sentiu que estava passando mal. O que houve? — Perguntou, tomando meu rosto em suas mãos e acariciando minha bochecha com o polegar. 

— Acho que falar tudo aquilo ontem não me fez bem. Lembrar de tudo que passei nas mãos de Benjamin, de todos me julgando, das pessoas que viviam para falar que a culpa era minha… — Sua mão desceu de encontro às minhas, onde ele deixou um leve aperto, me olhando. 

— Eu sei como deve ter sido difícil, Saby. Ainda mais levando em consideração que você falou sobre tudo o que passou com desconhecidos. — Ele falou, me olhando atentamente com aqueles lindos olhos verdes. — Mas agora, você precisa tentar focar que está dando tudo certo e que logo todos serão punidos e nós poderemos seguir com as nossas vidas. — Ele disse, me puxando para um forte abraço e beijando a minha testa.

— Eu sei disso, N. — Respirou fundo. — Mas é impossível deixar de pensar que Benjamin pode estar tramando algo nesse exato momento, e que nós somos apenas marionetes em seus jogos. — Falei e ele me apertou em seus braços, beijando meus lábios. 

— Eu sei disso, pequena… — Ele suspirou, acariciando meu cabelo. — E eu também não deixo de pensar nisso, mas sei que não é saudável e tento pensar em outras coisas, principalmente ao seu lado e ao lado das pequenas. — Falou, me guiando para deitar na cama. — Eu sei que todas essas lembranças doem demais, Sabina. Principalmente para você, que foi a vítima de tudo isso. E é por isso que estamos insistindo para você ir a um psicólogo, amor. — Antes que eu negasse, ele me cortou. — Nós estamos tentando ao máximo te ajudar, Saby, mas não somos profissionais e você precisa de um suporte. — Falou e eu suspirei, concordando. 

— Eu não sei se estou pronta ainda, N… É tudo muito recente, as dores são muito recentes. E falar sobre isso me assusta mais que tudo. — Confessei, me acomodando em seus braços. 

— Eu sei, pequena. E vou respeitar a sua decisão, tudo tem seu tempo, e talvez, para você, ainda não seja a hora para se abrir com o psicólogo. — Falou, e eu confirmei. — Agora vamos dormir. — Ele sorriu, nos cobrindo e me apertando em seus braços. 

Fechei meus olhos e respirei fundo, enquanto me entregava aos poucos ao sono. Mas fui interrompida pelo chorinho estridente de uma das garotas. Eu e Noah soltamos uma risada fraca, e então eu me levantei para cuidar da pequena, que se bem sei, pelo horário, é Lucy. 
E eu estava certa. A pequena estava acordada e chorava enquanto olhava tudo ao redor com seus lindos olhos cor-de-mel. A peguei no colo e abri um sorriso, enquanto me sentava na poltrona e me ajeitava para amamentar ela. Não demorou muito para que ela voltasse a dormir e eu a coloquei de volta no berço. Noah estava olhando Hope, que havia acordado com o choro da irmã. 

 » I Hate You ˎˊ˗ ࿐°Onde histórias criam vida. Descubra agora