» I Hate You ˎˊ˗ ࿐°

• ꒰ Chapter 50 • I'll never be your꒱ ˎˊ˗ •

Sabina Hidalgo.
• 03 de abril de 2021
Los Angeles, USA
Desconhecido.

Eu estava imersa em uma completa escuridão, eu ouvia pessoas conversando ao meu redor, metal batendo em metal, mas não conseguia distinguir onde eu estava e o que estava acontecendo. Não conseguia nem mesmo abrir os olhos ou me mover, sentia como se tudo estivesse se afastando de mim e meu corpo estava pesado demais para lutar contra. Os acontecimentos passavam como um borrão na minha mente, fazendo uma dor se espalhar pela minha cabeça.
Quando consegui abrir os olhos, automaticamente me desesperei. Eu estava em uma sala escura e com um forte cheiro de umidade, sentada em uma cadeira de metal enferrujada, enquanto minhas mãos e meus pés estavam amarrados com cordas, e eu tinha uma fita tapando minha boca. As lágrimas começaram a cair dos meus olhos e eu chorava desesperadamente, enquanto me debatia e tentava gritar.

— Pode tentar fazer o máximo de barulho que quiser, meu amor, ninguém vai te ouvir. — Ouvi a voz de Benjamin e arregalei os olhos, negando com a cabeça. Tentando me afastar dele. O Torres riu, se aproximando de mim e se abaixando ao meu lado. — Eu te falei que você era minha, Sabina… Por que insistiu em lutar contra mim? — Ele gritou, irritado. Neguei com a cabeça, deixando as lágrimas caírem rapidamente. — Você tentou colocar o mundo contra mim, Sabina, mas eu tenho meus contatos, querida. — Acariciou meu rosto, deixando um tapa forte lá em seguida. Fechei meus olhos, chorando mais a cada hora. — Você poderia ter vindo com as pequenas, nossas filhas. — Um ódio cresceu dentro de mim, e eu neguei. Ele se aproximou e arrancou a fita, gritei pela dor ardente que se espalhou pela minha boca, chorando. 

— Por favor, Benjamin… Por favor… — Supliquei que ele me deixasse e novamente, ele riu, me olhando. 

— Você tentou acabar com a minha vida, sua vadia. — Ele berrou, enquanto me desamarrava, me puxando pelo cabelo e me jogando no chão. Gritei de dor, me afastando dele. — Você merece ser punida, e você vai. — Ele disse, se aproximando de mim e negando. 

— Me deixe em paz, Benjamin. Eu retiro a acusação, eu sumo da sua vida, mas por favor, me deixe em paz. — Eu estava implorando para que ele me deixasse em paz. 

— Eu quero você, Sabina. E agora, olhe só, eu te tenho agora. — Sorriu de maneira maléfica, se sentando em minha frente. — Mas agora… — Suspirou. — Você sofreu um acidente, precisamos cuidar dos seus ferimentos. — Ele disse, pegando uma daquelas caixas de primeiro-socorros. Neguei, me afastando. 

— Não toque em mim. — Ordenei, me encolhendo. 

— Você é minha, Sabina. Eu faço o que eu quiser com você. — Ele respondeu, enquanto separava um algodão com álcool e uma seringa, e então veio em minha direção. Eu me debati, negando e me arrastando pelo chão sujo para me afastar o máximo possível dele. — Chega! — Ele gritou e eu parei, assustada e tremendo. Então se aproximou, passando o algodão na minha testa. Gemi de dor, enquanto ele apertava aquilo em minha testa, fazendo o álcool pingar e a ardência aumentar. Tentei tirar a sua mão e ele arranjou um jeito de me imobilizar. 

— Pare… Por favor. — Pedi novamente, e então ele começou a apertar o meu pescoço. 

— Você fala demais. — Disse, enquanto eu lutava para conseguir ar e permanecer consciente, até que desmaiei. 

Quando eu voltei a acordar, eu já não estava mais naquele quartinho escuro, eu estava em um quarto de criança. Paredes em um tom bem claro de rosa, dois berços e uma cama. Eu demorei alguns minutos para raciocinar o que era isso, e quando percebi do que se tratava, senti vontade de chorar, gritar e xingar o Benjamin. Ele nunca vai tocar nelas, não importa o quanto tente. 
Procurando forças, eu me sentei na cama onde eu estava deitada, sentindo uma dor no meu pescoço, causada pelo aperto de Benjamin e um peso no meu tornozelo direito, que eu demorei para descobrir o motivo. Era uma espécie de algema, que ele prendeu no meu pé, ela tinha uma enorme corrente, que era presa na parede. Eu tinha que arranjar um jeito de escapar, eu precisava do Noah, eu precisava das minhas filhas.