• ꒰ Chapter 53 • Home꒱ ˎˊ˗ •

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Sabina Hidalgo.
• 06 de junho de 2021
Los Angeles, USA.
Residência dos Urrea.

Se passaram pouco menos de dois meses desde as audiência, e tudo estava indo incrivelmente bem. Comecei a frequentar duas vezes por semana um psicólogo, e no começo eu não tinha qualquer coragem de falar nada a ele, as palavras não saíam e quando as lembranças invadiam meu cérebro eu começava a chorar. Ele foi bem paciente, e me contou um pouco de sua vida para que eu pegasse confiança nele.
O psicólogo também explicou que já estava acostumado com reação que eu tive, como atendia pessoas com históricos similares ao meu, era algo bem comum. Segundo ele, as vítimas sempre tinham medo de se abrir, e após ler sobre o meu caso, ele percebeu que comigo seria ainda mais difícil. Mas tentou até o fim, e agora eu conseguia me abrir, de certa forma, para ele.
Nesses dois meses também teve o encerramento do meu último ano escolar. Eu e Noah nos formamos com boletins impecáveis e mais uma carta de Stanford confirmando nossa ida, dizendo que eles queriam a nossa presença e que seremos um grande adicional para a universidade. Eles também informaram que a creche estava quase pronta e que em agosto, no início do nosso ano letivo na Universidade, ela já estaria pronta para receber nossas pequenas e os filhos de outros alunos e professores.
Além disso, no último mês, eu frequentei a escola. Foi uma decisão um pouco incerta, mas no final deu tudo certo e eu pude aproveitar um pouco do meu último ano, inclusive o meu baile de formatura. Neste eu fui com Noah, obviamente, e usei um lindo vestido, azul marinho que ia até acima dos joelhos. Na parte de cima ele era justo com detalhes em pedras e na de baixo era liso e solto. Noah usou um terno preto com uma gravata da mesma cor do meu vestido. Foi perfeito, nós nos divertimos com nossos amigos, dançamos e aproveitamos a nossa noite inesquecível.
Quanto as gêmeas, elas estavam lindas e espertas. As duas pegavam tudo que estava ao alcance, e adoravam ficar naquelas cadeirinhas com os brinquedinhos pendurados. Elas eram um tanto apagadas a mim e ao Noah, e por isso foi extremamente difícil eu voltar a frequentar a escola, já que elas não queriam, de jeito nenhum, ficar com Wendy e a minha mãe, mas elas se acostumaram e tudo ficou tranquilo. Quer dizer, quando chegávamos da escola nós tínhamos que ficar grudados nela, caso contrário, elas passavam horas chorando.
Hoje era um dia extremamente importante para mim e para Noah, estávamos dando mais um passo importante nas nossas vidas e no nosso relacionamento. E acima de tudo, um passo importante para a formação da nossa família. Íamos nos mudar para San Francisco, sozinhos e começar realmente nosso caminho como uma família de verdade.
Despertei pouco antes do meu alarme tocar as sete da manhã e, suspirando, me levantei, caminhando até os bercinhos das gêmeas. Elas dormiam serenamente, e eu amava as observar, me trazia paz vê-las daquele jeito, apenas sendo elas. Levei minhas mãos até suas mãozinhas, e rapidamente elas agarraram meu dedo indicador. Soltei uma risada baixa, me desvencilhando delas e dando um beijo na testa de cada.
Quando o despertador tocou, às sete da manhã, Noah acordou, resmungando vários palavrões por ter que acordar cedo e com o barulho insuportável do toque dos nossos celulares. Só consegui rir, indo até ele e acariciando seu rosto.

- Por que levanta antes do despertador, meu amor? - Perguntou, acariciando meu rosto. Segurei sua mão e soltei um suspiro, te dando um breve selinho.

- Acho que estou animada, sabe? - O olhei e ele assentiu, abrindo um sorriso. - Quero dizer, hoje nós vamos nos mudar, e passaremos a realmente viver como uma família, apenas nós. É quase como viver um sonho. - Noah riu, segurando meu rosto em suas mãos e roçando seu nariz no meu.

- Sei como está se sentindo, Saby. - Suspirou. - Nem consigo acreditar que esse dia realmente chegou e que estamos indo para Stanford, seguir nossos sonhos e viver como uma família. - Falou, me abraçando. Me acomodei em seus braços, o observando atentamente.

- Temos que começar a arrumar o que falta. Sei que quase tudo já foi para lá ontem com o caminhão da mudança, mas temos que tomar banho, dar banho nelas, arrumar elas, nos arrumar, conferir se pagamos tudo, nos despedir dos nossos pais e irmãos. - Listei parte das coisas que tínhamos que fazer. - Ah, e não podemos nos esquecer do pessoal. Quero dizer, mesmo que todos nós tenhamos sido aprovados lá, e que vamos continuar juntos, eles só vão pra lá no mês que vem. - Falei tudo de maneira apressada e Noah riu, segurando delicadamente meus ombros e deixando um beijo no meu pescoço. Suspirei, uma das coisas que eu mais amava era sentir seus lábios na minha pele.

 » I Hate You ˎˊ˗ ࿐°Onde histórias criam vida. Descubra agora