» I Hate You ˎˊ˗ ࿐°

• ꒰ Chapter 39 • I love waking up like that.꒱ ˎˊ˗ •

Noah Urrea.
• 27 de novembro de 2020
Los Angeles, USA.
Residência dos Urrea.

Saber o sexo dos bebês mudava muita coisa. Depois daquele emocionante dia, eu e Sabina tínhamos mais certeza na hora de tomarmos decisões em relação a cores, roupas e nomes. Eu achava que decidir os nomes seria o mais difícil, mas eu e Saby entramos facilmente em um acordo. Hope Urrea-Hidalgo e Lucy Urrea-Hidalgo. Normalmente, famílias americanas atribuem apenas um sobrenome aos filhos, o do pai, mas nós dois chegamos a conclusão de que queríamos que ambas as garotas tivessem nossos nomes.

- Qual você prefere, N? - Sabina me tirou de meus devaneios, levantando dois bodys e me mostrando. Ela estava animada, e mesmo estando com quase quatro meses apenas, minha noiva já arrumava as malas da maternidade.

- Os dois são lindos, Saby. Mas por que não para um pouco com isso e vem se deitar? São onze da noite já e você não parou o dia todo. - Falei e ela suspirou, abrindo um lindo sorriso e deixando as roupinhas das bebês de lado, pelo menos por agora.

- Desculpa... É que estou tão empolgada. Quero ver os rostinhos delas logo. Segurar no colo, dar banho... - Ela disse, se sentando na ponta da cama e acariciando a própria barriga. Seus olhos brilhavam, deixando claro o quanto ela já amava aqueles dois serezinhos dentro dela. Não consegui conter o sorriso, me aproximando dela e a abraçando pelas costas, levando as minhas mãos até sua barriga e deixando um carinho leve, apoiando minha cabeça no ombro de Sabina, que virou o rosto até que fosse possível me beijar. Rapidamente tirei as mãos de sua barriga, levando até seu rosto e o segurando de maneira carinhosa, enquanto ela se virava para ficar em minha frente, sem separar nossos lábios.

- Eu te amo, pequena. - Falei, colando nossas testas, acariciando seu rosto com meu polegar. Sua resposta foi sorrir, e eu senti o ar escapar de meus pulmões. Aquele era o sorriso pelo qual eu havia me apaixonado, o qual eu nunca iria esquecer. - Eu também amo esse seu sorriso. - Suas bochechas ficaram vermelhas logo que aquelas palavras saíram da minha boca, e ela rapidamente desviou o olhar, envergonhada.

- É impressionante o modo como você consegue me deixar envergonhada com tão poucas palavras. - Sabina falou, me fazendo soltar uma risada, enquanto eu colocava as mãos em seu queixo e o levantava calmamente, fazendo nossos olhos se encontrarem novamente. Apesar de eles deixarem claro que ela estava feliz, havia bem no fundo algo escondido. Algo entre tristeza e medo. Acariciei seu rosto e suspirei.

- Eu sei que odeia falar sobre, Saby, mas preciso saber se você está bem. -Falei, e ela me encarou, franzindo o cenho sem saber aonde eu queria chegar.

- Sobre o que está falando, Noah? - Questionou, confusa, se afastando um pouco.

- Sobre tudo, Saby. As férias, as... - Ela nem mesmo me deixou terminar a frase, se levantando em um pulo e indo em direção a janela do meu quarto, que estava aberta e deixava um pouco do ar frio entrar no ambiente.

- Já disse que não gosto de falar sobre isso, Noah. -Falou, observando o céu escuro da noite.

- Eu se... - Ela me interrompeu, se virando para mim com os olhos marejados.

-Se sabe, por que está querendo falar sobre? - Perguntou e eu suspirei.

-Estou preocupado, Sabina. Nos últimos três dias você vem tendo pesadelos. Demora para dormir, como se tivesse medo de fechar os olhos. Sem contar que você nunca realmente contou tudo o que Benjamin fez naqueles quatro dias. Eu fico preocupado em saber que guarda coisas para você apenas para não nos preocupar, mas isso não funciona, Saby. Esconder de nós apenas nos deixa mais preocupados ainda, e não é saudável para você, ou para as bebês. - Falei, a vendo abaixar a cabeça e deixar uma lágrima solitária escapar de seus olhos.