» I Hate You ˎˊ˗ ࿐°

• ꒰ Chapter 23 • Because people are bad.꒱ ˎˊ˗ •

Noah Urrea
• 03 de agosto de 2020
Los Angeles, USA.
Residência dos Hidalgo.

Acordei com o despertador tocando, tentei me mover, mas o corpo de Sabina se encontrava sobre o meu e tive que ser muito cuidadoso para alcançar o celular e desligar aquele som estrondoso.
A garota, por outro lado, nem mesmo se moveu e eu só sabia que ela estava viva pelo fato de estar respirando. Decido deixá-la dormir mais um pouco enquanto tomo banho. Ajeito seu corpo no colchão da cama e me levanto, indo até o banheiro.
Assim que pronto, me aproximo dela e tocou levemente seu rosto.

— Pequena. — A chamei em um sussurro, beijando sua testa. Ela soltou um suspiro, abrindo os olhos. — Vai se arrumar pra aula. — Pedi, e ela pareceu finalmente despertar, praticamente pulando da cama e correndo para o banheiro.

Sabina demorou quase meia hora lá dentro, e saiu já trocada com uma calça jeans e um moletom, que no caso pertence, ou pertencia, a mim. Fui até ela e abracei suas costas.

— Eu conheço esse moletom. — Falei e ela riu com certo deboche.

— Ainda bem né. Já pensou, não conhecer suas próprias roupas? — Respondeu e eu revirei os olhos.

— Grosseria logo de manhã. — Disse, beijando seu pescoço, ela se virou, beijando meus lábios.

— Temos que ir. — Falou, me fazendo bufar e assentir. Pegamos nossos materiais e saimos do quarto, indo até a cozinha para pegar algo para comermos no caminho. Ao chegarmos lá, nos deparamos com sua mãe em frente ao fogão, preparando o que parece ser uma panqueca.

— Comam antes. — Ordenou.

— Estamos atrasados, mamãe. — Sabina dizse e ela negou.

— Vocês não vão sair de casa sem comer. — Minha namorada bufou, assentindo. Tomamos café da manhã rapidamente e fomos para a garagem. Após uma breve discussão, Sabina concordou em ir no meu carro e entrou emburrada no banco do passageiro, logo entrei e dei um selinho no bico que se formava em seus lábios. Saby sorriu, me puxando para um beijo rápido.

O caminho até a escola durou cerca de dez minutos, e foi em um completo silêncio. A mexicana sentada ao meu lado parecia aflita, e eu sabia que seu medo era de chegar e ter pessoas comentando sobre o que ocorreu nas férias.
Assim que estacionei o carro no estacionamento do colégio, peguei sua mão e a puxei para um abraço, beijando o topo de sua cabeça.

— Vai ficar tudo bem, pequena. — Garanti, segurando seu rosto e olhando em seus olhos.

— Você não pode gatantir isso, Noah. As pessoas são cruéis. Você sabe disso. — Respondeu friamente, se ajeitando em seu lugar e abraçando o próprio corpo, não precisa ser inteligente para saber que o assunto estava encerrado.

Ficamos mais uns dez minutos no carro, e então saímos, dando as mãos e caminhando até a porta da escola. Aqueles que não sabiam que estávamos juntos, pararam para nos observar boquiabertos. Murmurinhos se espalharam pelo local, alguns sobre nós dois, outros sobre o ocorrido com Sabina. "Não acredito que eles estão juntos" uma pessoa disse e outra respondeu "No fundo eu torcia pra que isso acontecesse, eles formam um casal tão fofo". Abri um sorriso e olhei para Saby, mas ela estava com um semblante de medo e vergonha, e eu percebi que ela ouvia os outros comentários. "Ouvi dizer que ela foi... Você sabe, estuprada." uma garota falou, mas com um tom de quem entendia da situação, eu ia ficar quieto, até que ouvi alguém dizer "Ela está mentindo. Deve ter sido rejeitada por Benjamin e o acusou de estupro. Aposto que ameaçou o Noah para namorar com ela." Sabina apertou meu punho, segurando as lágrimas, me desvencilhei dela, indo em direção ao aluno, que devia ser do primeiro ano do médio, soquei seu rosto.