» I Hate You ˎˊ˗ ࿐°

• ꒰ Chapter 48 • We are together꒱ ˎˊ˗ •

Noah Urrea.
• 02 de abril de 2021
Los Angeles, USA.
Residência dos Urrea.

Enfim era sábado, e eu poderia ter um tempo com Saby, as meninas e o pessoal. Tínhamos marcado de ir ao shopping, comer em algum restaurante que tinha por lá. Precisávamos de um tempo com todos, já que até pouco tempo atrás, nós não podíamos fazer nada direito. Mas agora, que tudo estava começando a dar certo, nós podíamos fazer tudo que quiséssemos.
Na parte da noite nós teríamos uma pequena reunião com alguns responsáveis do nosso caso, e Saby estava um pouco aflita com isso, mas ao mesmo tempo ela estava empolgada, pois sabia que teríamos boas notícias, meu pai havia nos dito que tudo estava indo bem com o processo, e que a audiência na próxima semana seria ótima. 
Nessa manhã eu despertei com a doce voz de Sabina cantando uma música de ninar. Me sentei na cama e a olhei. Minha noiva estava andando calmamente pelo quarto, enquanto ninhava uma das gêmeas em seus braços e cantava para ela. Abri um sorriso, me levantando lentamente da cama e abraçando Saby por trás. Ela não se assustou, apenas apoiou a cabeça em meu ombro e continuou a cantarolar para nossa pequena, que descobri ser Hope. 

— Bom dia. — Murmurei em seu ouvido logo que percebi que Hope havia pegado no sono.

— Bom dia. — Ela respondeu, colocando a bebê em seu berço e a cobrindo. 

— Como passou a noite? — Perguntei, ela soltou uma risadinha.

— São quatro da manhã, N. — Olhei na direção do relógio e suspirei, era realmente quatro da manhã. 

— Então vamos dormir. — Murmurei, beijando seu pescoço, cheio de segundas intenções.

— É pra dormir, Noah. — Ela me reprovou, se virando com um certo sorriso debochado. — As meninas estão aqui, e nunca que vamos fazer qualquer coisa desse tipo com elas no mesmo quarto que nós. — Ela disse, se afastando de mim e indo na direção da cama. 

Revirei os olhos, ela tinha razão. Caminhei até a cama e me deitei ao seu lado, a abraçando. Sabina apoiou a cabeça em meu peitoral e soltou um longo suspiro. Eu sabia que ela estava com medo, mesmo que estivesse mais animada, sentir medo era inevitável. Benjamin se mostrou capaz de muita coisa para conseguir o que queria.
Eu me pergunto que, se ninguém tivesse desconfiado, se Savannah Não tivesse falado, Saby ainda estaria lá, sofrendo nas mãos de Benjamin, passando por uma tortura, enquanto nós estaríamos bem, sem dar a mínima. Ela ia se afastar, e uma hora aconteceria o pior. Eu agradecia todo dia por ela estar dividindo dormitório comigo naquele verão, assim, eu consegui perceber o que estava acontecendo, pude a ajudar. 

— Você está com medo, pequena? — Perguntei, acariciando seu cabelo. Ela respirou fundo.

— Estou, N. Agora que tudo está dando certo, Benjamin e seus pais devem estar umas feras. E se ele tentar algo? O que farei? — Perguntou, revelando certa preocupação em sua voz. Neguei. 

— Eles não vão tentar algo e arriscar ainda mais a vida deles. — Respondi, ela suspirou. 

— Eu não sei, Noah. Se eles tentaram me atropelar para me calar, o que acham que eles fariam agora? — Questionou e eu suspirei, não queria responder essa pergunta. Eu sabia que eles poderiam tentar algo, mas não quero acreditar que verdadeiramente vão. 

— Vamos dormir, amanhã teremos mais notícias. — Ela concordou, se acomodando e fechando os olhos, demorando pouco tempo para pegar no sono. 

Depois disso, só fui acordar novamente as dez da manhã, com minha mãe batendo na porta do quarto. Respirei fundo e me levantei, indo abrir a porta. Dona Wendy falou que o café da manhã já estava pronto e que era para nós descermos para comer.
Me aproximei da cama e olhei Sabina, que ainda dormia e abri um sorriso. Ela estava tão serena, e faziam tantos dias que que não a via dessa forma. Era reconfortante. Levei minha mão até seu rosto e acariciei sua bochecha, ela suspirou, apertando os olhos e os abrindo. Observei aqueles olhos cor-de-mel pelos quais me apaixonei e não consegui conter um sorriso. Ela era linda.