Noah Urrea.
• 03 de setembro de 2020
Los Angeles, USA.
Residência dos Hidalgo.Depois da minha discussão com Sabina, eu estacionei o carro e comecei a caminhar pela rua, precisava de um tempo para pensar.
Avistei um carro passando em alta velocidade, mas apenas ignorei, tinha muita coisa na cabeça para me preocupar com um carro infringindo a lei. Chutei algumas pedras que haviam no chão, irritado. Ela ia esconder meu filho. Não ia contar pra mim que estava grávida.
Mesmo que essa criança fosse se Benjamin, que eu tinha certeza que não era, eu ia a assumir. Ela devia saber disso.
Despertei dos meus devaneios com o barulho de pneu cantando, e em seguida um estrondo forte. Me virei, vendo que próximo a casa de Sabina havia uma pessoa no chão e um carro, extremamente destruído por colidir contra o poste. Corri até lá, indo primeiro até o carro, que parecia estar em uma situação de mais emergência que a pessoa caída.
Assim que me dei conta de quem se tratava no carro, me virei para a pessoa no chão, correndo até Sabina.- Sabina. - Mexi nela. - Fa-Fala comigo pelo amor de Deus. - Implorei, mas ela estava totalmente sem reação. Parada. Inconsciente. Peguei meu celular no bolso, discando o número da emergência.
- "911, qual a sua emergência" - Uma voz feminina perguntou.
- Mi-Minha namorada foi atropelada. Ela não respira e está grávida. Me ajude por favor. - Supliquei, deixando minhas lágrimas caírem.
- "Estou enviando uma ambulância, senhor. Pode me informar se há mais algum ferido?" - Olhei para o carro, e suspirei.
- Mais dois. O casal que atropelou ela bateu em um poste. - Falei, agoniado, enquanto segurava a mão de Sabina.
- "Não se preocupe, garoto. Vamos enviar ambulâncias e policiais para o local." - Informou e desligou. Me sentei ao lado do corpo da minha namorada, levando minhas mãos ao seu rosto pálido.
- Acorda, pequena. Por favor. - Pedi, acariciando sua bochecha com o polegar. Olhei para sua casa, e sua mãe estava parada na porta, os olhos arregalados e a mão na boca, com as lágrimas caindo de seus olhos. Corri até ela, a segurando antes que caísse pelo choque de ver a filha daquela forma. - A emergência está vindo. Vai ficar tudo bem. - Falei e ela me abraçou, chorando em meu ombro. - Eu vou ficar com ela, esperando a emergência. Pode pegar os documentos? - Olhei a mulher, que assentiu, entrando em sua casa.
Voltei correndo até Sabina, carros começaram a passar e precisei os parar, me colocando na frente deles. Que ficavam irritados buzinando. Uma mulher desceu, com o provável intuito de me bater, mas me encontrou ao lado de Sabina acariciando seu rosto e sua barriga.
- Eu preciso que fique bem. Por favor, Sabina. Por favor. - Gritei, deixando minhas lágrimas caírem sobre seu corpo.
- Já ligou para a emergência, rapaz? - A mulher perguntou e eu assenti. Acariciando o rosto de Sabina. Ela se afastou e parou em frente aos carros. - Tem uma garota desacordada aqui. Peço a paciência de vocês. - Ouvi ela gritar para as pessoas e abri um sorriso, agradecido por existir alguém assim.
Ouvi as sirenes das ambulâncias e dos carros de polícia, e logo as pessoas abriram espaço para eles. Boa parte dos paramédicos correram primeiro até o carro, e eu quis gritar, informar que aquelas pessoas eram monstros que estavam a semanas ameaçando minha namorada. Mas não foi preciso, dois paramédicos se tocaram e vieram até mim.
- E-Ela está grávida. - Informei com voz de choro. E eles assentiram, começando a socorrer minha namorada.
- O-os documentos dela. - Ale se aproximou, afobada e chorando. A abracei.
- Você é o que da garota? - Olhou para a mulher.
- Sou a mãe dela. Por favor. Salva minha filha. - Suplicou, se desvencilhando de mim e pegando a mão do homem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
» I Hate You ˎˊ˗ ࿐°
Fanfic|Concluída| ⁞ '✎ Um acampamento de verão coloca Noah Urrea e Sabina Hidalgo juntos. Rivais desde que se conhecem, tudo apontava que daria errado. Mas o destino tinha outros planos para aqueles adolescentes. *Segunda temporada já disponível no meu pe...