Capítulo 36 ~ Entregue de novo ❄

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[N.A.: Um capítulo especial de natal só para vocês. É também um dia especial na vida da Jul. Um Excelente Natal para todas vocês. Amo-vos.]

(...)

O plano é bem simples. A única coisa que a Leva precisava de fazer era comentar com o Ben, de quem ela é próxima, que eu estaria a sair da universidade e que passaria naquela rua antes de ela ir ter comigo a casa. Simples assim. Eu vou tentar ouvi-lo antes de dizer seja o que for. Ele não me mentiria mais, ou será que sim? Ele tem medo que se revele a identidade e esse é o ponto fraco.

A parte da Leah é das mais importantes e adivinhem, ela conseguiu.

Sentido sentar-se do meu lado, naquele banco que antes era nosso.

"Julianne." Sussurrou.

"O que queres?" disse meio fria.

" Preciso de falar contigo." Tentou pegar a minha mão e eu retirei-lha.

"Então fala. Eu tenho de ir."

"Fica comigo. Preciso de te explicar o que se passou."

"E desta vez para onde me vais levar? Até o teu canto tu vendeste. Daqui a pouco vendes a alma!"

"Para de brincar e ouve-me." senti determinação na sua voz.

" Fala."

"Fomos feitos um para no outro, tu sabes disso. Sim, cometi um erro, mas bolas, eu amo-te." Sussurrou fazendo o meu coração parar. "Não posso viver sem ti, mas não quero que isso implique ter de deixar de poder ser eu mesmo. Olha para mim. Com nome ou sem ele, com ou sem face descoberta, tu tens a versão genuína de mim, a minha melhor parte, o meu melhor lado."

Levantei-me e comecei a andar pela rua enquanto ele me seguia.

"Não quero perder a única coisa boa que tenho na minha vida." Puxou-me para trás de modo a que eu o olhasse nos olhos. A ironia está naquela pala do capacete que cobre os seus olhos. "Lost and isecure, you found me, laying on the floor, soraunded."

"Para!" grito quase em lágrimas. "Estou farta dos teus jogos de vai e vem. Não entendes que só estragas mais e mais o que nós tínhamos?"

"Eu quero ter de novo."

"E eu quero as coisas sem mentiras ou falsas esperanças."

"Não queria que fosse assim para ti." ele suspira. "Não vou mentir mais, mas a minha identidade só saberás com o tempo."

"Então é sem mentiras?"

"Prometo nunca mais te mentir."

"Então responde-me a esta. Só por acaso tu e o teu amiguinho não frequentam o ginásio?" ele engasgou-se. Bingo.

"Mas de que raio é que estás a falar?"

"Conheço dois rapazes lá do ginásio muito parecidos contigo e com a tua cópia. Mesma estrutura, mesmo perfume." Olhei-o bem de perto com lágrimas nos olhos. "Juras que não és ninguém com quem me dê diariamente?"

Ele não respondeu. Ele prometeu não mentir. Prometer é algo serio e ele sabe disso. Continuei a caminhar pela rua e ele não me seguiu logo. Ele estava meio petrificado enquanto pensava.

"Eu juro."

"Pelo nosso amor?"

"É mesmo necessário?" Assenti e ele respirou pesadamente. "Então, eu juro pelo nosso amor."

Um sorriso idiota surgiu na minha face. Agora sim, perante um juramento destes, acredito completamente nele. Porque ou eu sou importante para ele e me ama de verdade, ou então é alguém sem caráter e sem valores. Não tenho mais razões para desconfiar dele. Isso, chamem-me de idiota, mas eu amo aquele estúpido e não sei mais como esconder isso.

"Não consigo explicar o que sinto por ti. És demasiado real para ser um sonho." ele desabafa e eu abraço-o com força. "Sou apaixonado pelos teus abraços. Uns carinhosos, outros saudosos, outros loucos, mas todos eles especiais, todos eles teus." De repente, veio a chuva mas nenhum de nós se moveu. "Preciso de ti." admite e pega na minha mão. Juntos caminhamos por um caminho que vai dar a um bosque. Não percebo nada disto, mas parece-me que não vem lá coisa boa. O seu andar é meio nervoso e a sua respiração acelerada. A minha roupa já está colada no meu corpo tal como a sua t-shirt branca. Vocês sabem bem o impacto que tem um rapaz bem feito de t-shirt branca molhada. O bosque era mais escuro do que parecia.

O meu corpo embateu no solo do bosque de uma maneira suave como se ele soubesse exatamente o que estava a fazer. Estava escuro e só conseguia ouvi-lo a destrancar o capacete. Ele está a fazê-lo de novo. Ele está aqui comigo, num bosque, de noite, à chuva, a ser apenas a ser a pessoa que era antes.

"Julianne. Prometo ser teu e apenas teu, a cada amanhecer, a cada anoitecer, a cada vez que a chuva molhe as nossas peles ou o sol as faça brilhar. E mesmo que tudo isso mude, não nos vai mudar a nós. Só preciso de ti para viver, para o resto da minha vida."

Senti os seus lábios a embaterem nos meus como se fosse na primeira vez. As suas mãos pausaram uma junto da minha cabeça e a outra na minha cintura. Ele está a ser tão sincero. Eu sei que ele me ama e isso ninguém pode negar. Mas hoje é a nossa vez de tentar remediar o que ambos fizemos cair. Hoje ele é a única coisa que preciso junto a mim.

Beijei o seu pescoço tal como ele fazia comigo e em poucos minutos nenhum de nós tinha mais vergonha. Beijei-o tantas e tantas vezes como se fosse a última e pude sentir a sua vontade de fazer o mesmo. Ele necessita de mim tal como eu dele. É disso que é feito o amor, de duas pessoas que se completam todos os dias de todas as maneiras possíveis. Eu amo este rapaz e nunca me vou cansar de o dizer.

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A minha roupa foi substituída por camadas de beijos. Deveria sentir frio por causa da chuva mas era precisamente o contrário. O meu corpo fervia por dentro a casa investida sua. Era como se o meu corpo se derretesse no seu e não o pudesse controlar. Com este nervosismo todo nem me consigo concentrar em nada. O seu toque é mágico, é a única explicação que eu encontro para ser assim.

Minutos ou até horas passaram até ele finalmente tirar a minha roupa interior e a sua. Eu não tinha tempo para reagir e queria sempre saber o que vinha a seguir.

"Quero que saibas que sei o quão nervosa estás e que vou ter cuidado contigo." ele sussurrou ao meu ouvido. "No entanto preciso que digas algo. Não quero ser uma desilusão para ti."

"Nunca o serás." arfei quando senti a sua intimidade perto da minha. "Só tenho medo."

"Eu estarei aqui, não tenhas medo." aproximou a sua boa da minha. "Obrigado por me dares uma prova desse teu amor, obrigado por seres minha." Ele meio que se apressa. "Vou-te mostrar todas estas coisas boas que não conheces. Confias em mim?"

"Confio." disse segura. Dor preencheu o meu corpo, quando senti algo dentro de mim. Ele saiu bem devagar e voltou a entrar como se tivesse a ter mais cuidado. Os seus lábios abafavam a minha dor e os meus os seus gemidos. Apesar de doer, posso dizer que nunca me senti tão próxima dele. Nunca estive assim com ninguém e acreditem que esta dor não é nada comparada com a sensação inexplicável que está no meu peito. Sei que é a minha primeira vez e como é tão importante para vocês perceber o que se sente, mas estes são os segredos que quero guardar para mim. Ninguém mais saberá o que eu e ele fizemos juntos. Magia talvez.

(...)

Acordei sozinha no bosque. O sol batia no meu rosto como nunca antes. Eu estava vestida apesar de todas as memórias que tinha da noite anterior. Do meu lado ficara apenas um cordão. Parecia uma fita de cabelo preta. Assim que aproximei do nariz, percebi que era dele. Enrolei o tecido em volta do meu pulso enquanto me sentava. Não vão acreditar no que eu vi. Pois bem, a paisagem mostrava a cidade completa. Todos os prédios e ruas pelas quais costumo passar. A cidade daqui era tão mais bonita. Toda a beleza de outono, todas as cores quentes misturadas. É como se a nossa perspetiva fosse melhor de outros pontos de vista. Eu não gostava nada da cidade quando vim para a universidade meio contrariada e hoje vejo que é um dos sítios mais lindos. antes de julgar algo de novo, vou analisar os pontos de vista todos. Quero descobrir o lado bom sem julgar nada.

(...)

The Girl behind the Mask ✗Onde histórias criam vida. Descubra agora