"Bom dia." Harry soa sonolento.
"Bom dia, Sr. Styles!" Ouvi a enfermeira. "Já adormeceu de novo?"
"Ela já acordou?" Harry soa surpreendido.
"Sim." Confirma a técnica de saúde. "Parecia que um tornado passara pela sua cabeça. De pouco se lembra e as dores de cabeça são normais."
"Fora isso ja passou certo?"
"Sim. Peço-lhe que não a deixe ficar nervosa. Só amanhã terá alta."
"Tudo bem."
"Julianne, hora do pequeno almoço." Ouvi a enfermeira sussurrar perto do meu ouvido e lentamente abri os olhos. Lá estavam os dois com os olhares postos em mim.
"Bom dia." A minha voz soou mais rouca do que esperava.
"Como te sentes?" A enfermeira pergunta. O meu olhar prende-se no de Harry queimando-me por dentro.
"Estou só com dores, como à pouco. " respondi sem sequer desviar o olhar. Até que ele o faz saindo da sala.
"Vou deixar-te a comer." Informou. "Logo de seguida tomas isto, está bem?" Assenti colocando o comprimido no tabuleiro da comida.
Fui comendo lentamente ate me aperceber que a porta abria de novo. O rapaz dos olhos verde esmeralda caminhou até ao sofá sem proferir uma só palavra. Já parecia mais acordado agora e talvez mais pensativo.
"Harry?"
"Diz." Murmura.
"Eu consegui ouvir-te. Tu sabes...enquanto eu dormia."
"Ouviste o quê exatamente?" Ele parecia frio e nervoso.
"Tudo." Sussurrei assim que o meu olhar encontrou o seu.
"Jul!" Ouvi gritar enquanto a porta abria num estrondo. "Estávamos preocupados." Cloe abraçou-me e Ben já estava em cima de mim.
"Meninos, cuidado." A minha mãe entra depois. Típico dela que gosta de dar passos pequenos. "Como te sentes amor?"
"Agora melhor." Segurei a sua mão. "Como soubeste de mim?"
"O teu amigo colorido ligou-me." Olhei Harry que tinha as mãos no ar como sinal de rendição. O Ben levantou-se da cama e andou até Harry. O silêncio prevalecia entre eles. O rapaz de caracóis baixou-se ao nível do meu irmão.
"Ficas à saber que ela odeia que mexam nas suas coisas. É meio..." Bem parou para escolher palavras.
"Psicótica?" Harry gozou.
"Se isso significar maluca, então sim." Lá começou a gargalhada masculina. Deram um aperto de mãos para celebrar a estupidez conjunta. "Sou o Ben."
"Harry." Cloe olhava-o atento.
"Harry, tipo, Harry Styles, o bóxer?"
"Exatamente esse." Parece orgulhoso.
"Como não me disseste que conhecias o Harry? " Cloe soa como uma adolescente desvairada.
"Desde quando gostas de boxe?" Questionei.
"Já viste bem os lutadores? Vê lá se não vale a pena." Cloe soa perversamente.
"Cloe!" Repreensão materna enviada.
"Quem diz verdade não merece castigo" concordo. "Ben, faz as honras." Pico e ele revira os olhos.
"Bom, Eu sou o Ben, como podes ter reparado e aquela é a Cloe. Somos irmãos da Julianne." Harry parece surpreendido.
"Eu como sabem sou o Harry." Sorriu simplesmente. Espera aí! Quem é aquele e o que fez ao Harry otário e completamente porco? "Vou só comer qualquer coisa e já volto."
(...)
Harry brincava no telemóvel sentado no sofá, tal Como Ben. É verdade. A enfermeira deixou-os passar o dia comigo. Já escureceu, devido ao hora de inverno. Aqui às 17 horas já escurece.
"Então e domingo já pensaste no que vais vestir?" A animação da minha irmã é notável.
"Domingo?" Harry olha Bem que encolhe od ombros.
"Sim, não irei à luta lembras-te?"
"Não percebi ainda o motivo." O rapaz estava mesmo despistado.
"Aniversário da Julianne, não sabias?" Ben interveio.
"Não." O meu olhar encontrou o dele.
"Bom, nós vamos embora que viagem é demorada. O tempo não ajuda." A minha mãe despede-se com um beijo na testa.
"Exato." Cloe ri.
"Eu levo-os à saída do hospital." Harry ofereceu.
"Não obrigado. Tenho de agradecer o apoio que tens dado à Julianne."
"Somos amigos. Devo-lhe isso." A minha mãe simplesmente sorri e sai a seguir aos meus irmãos.
Harry voltou a repetir o gesto de há umas horas e simplesmente sentou-se no sofá em silêncio. Parecemos um casal chato e cheio de problemas.
"Fala alguma coisa." Ele resmunga fazendo-me lembrar alguém.
"Porquê finges ser alguém que não és? Quer dizer, hoje não és o mesmo. "
"Qual te parece ser o verdadeiro Harry?"
"O normal, dos outros dias."
"Porquê? "
"O Harry que eu conheço não estaria aqui, comigo, a conviver com a minha família."
"Eu tenho as minhas razões." Virou a cara para as mãos.
"Quais?"
"Porra, Julianne. Também metes-te em tudo."
"É a minha vida."bufo.
"Mas isto são assuntos meus." Resmungou.
Eu estava mesmo alterada. Queria passar-me e ir lá gritar-lhe na cara. Mas não. Tenho de ficar aqui a fazer-me de civilizada. E a porcaria da dor de cabeça voltou. A dor e as tonturas. Mas a minha raiva é tão grande. Tudo começou com a reconciliação com o meu príncipe, que depois se multiplicou e acabei nas mãos de um homem provavelmente drogado que também morreu. Agora estou aqui com o idiota do Harry emperuado Styles!
"Julianne." A enfermeira entrou de rompante na sala e Harry levantou-se. "Eu disse-te para não te enervares." Relembrou tirando um comprimido da caixa.
"Foi só raiva."sussurrei.
"Mas isso deixou-te nervosa. Não pode ser."
"Tudo bem." Expirei pesadamente e meti o fármaco na boca.
"Agora vê se descansas." Saiu apressada e só lançou um olhar de morte ao Harry que saiu seguido dela. A minha visão estava agora turva e os olhos já não estavam a cooperar. Sinto-me a dormir mas ouço. Sinto-me estranha com isso.
Ouço umas botas a arrastarem no chão depois do chiar da porta. A sua mão pausa na minha e continuo sem perceber.
"Estou aqui, princesa." É ele! "Vejo que o Harry está a tomar conta de ti. Fico feliz por isso." Beijou o meu rosto. "Tenho saudades dos nossos momentos." Depositou um beijo leve nos meus lábios. Seu atrasado, não podes ir e vir sempre que te apetece! "Eu sei que me tinhas mandado afastar, mas é impossível fazê-lo. Amor, somos um. É como água e azeite, devido a polaridade das moléculas nunca se juntam mas permanecem agarrados. Tens o teu feitio e eu o meu, mas não deixas de ser a minha "one and only"." Beijou de novo os meus lábios. "Queria poder levar-te para a minha, a nossa casa, o nosso esconderijo. Podíamos ser tão felizes." Pausou. "Viciei no teu sorriso, na forma como os teus lábios transmitem claramente o que sentes. Eles mexem-se de uma maneira tão intensa que fico magnetizado quando falas. Não vou ficar aqui a ser honesto. Precisas de descansar. Amo-te mesmo, nunca te esqueças. "
Tentei apertar a sua mão e não fui capaz. Ele simplesmente saiu e eu fiquei. Segundos depois a porta abre de novo e alguém baixa a grade da cama, sentando-se do meu lado. A pessoa pega na minha mão exatamente como há pouco, ou pode ser apenas falta do rapaz da mota.
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The Girl behind the Mask ✗
Teen FictionEscolhas. Talvez a coisa mais dura que fazemos na nossa vida. Eu fui uma escolha dos meus pais, e isso demonstra quanta responsabilidade cai sobre os ombros de quem escolhe. Estaria aqui a tentar explicar o porquê das escolhas serem tão duras, mas s...