Capítulo 34 ~ Dezanove

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O sol surgiu sobre as nuvens bem cedo, como se o dia de hoje fosse um dia longo de verão. Apesar de pouco intenso, sol é sol e não despenso nos meu aniversário. Rezo para que Harry não estrague este meu dia perfeito. Pensei bem e acho que devo regressar ainda está noite a Holmes Chapel. Amanhã tenho de acordar cedo por causa da universidade e preciso de encontrar o rapaz da mota rapidamente. Tenho um plano quase infalível mas que só com a junção destas últimas pessoas do puzzle será possível.

"Que linda, Jul." Cloe diz entrando no meu quarto. "Devias vestir-te assim mais vezes. Essa mania das calças e camisolas largas não favorece o teu corpo."

"Isso é uma forma de desejares parabéns a tua irmã. Se for, ficas a saber que soa um pouco mal." Ben entra de rompante abraçando-me.

"Parabéns!" grita.

"Obrigado."

(...)

Passou o pequeno almoço e os convidados a chegar. Todos familia, amigos ou até vizinhos próximos. Harry felizmente já não se encontrava na casa e o seu carro igualmente. É sinal que o Harry não deve ser tão má pessoa como aparenta ser. É meio perverso e idiota, mas lá no fundo até respeita as pessoas que o envolvem.

"Obrigado pelo convite." Susan, a vizinha, cumprimenta assim que me passa um saquinho com presente. " É algo simples, espero que gostes." Outra frase vulgar que todos dizem mesmo tentando entrar na competição de quem deu a melhor prenda. Não é uma corrida oficial, mas todos alguma vez o fizemos.

"Estás tão bonita hoje." A minha tia Dora elogia. "Parece que o namorado fez-te bem." Engasguei-me automaticamente. "Não te preocupes que eu não conto que o vida sair muito cedo hoje, ou será muito tarde." Fuck. Nota mental número 10050, nunca deixar um rapaz dormir no sofá da sala quando as tuas vizinhas são as tuas tias cuscas que sabem exatamente a que horas ele sai, como vai vestido e que marca de boxers usam. Espera! A ultima talvez não, mas nunca se sabe. - não pode dormir no sofá, mas sim na cama. - Hoje a queria consciência acordou pervertida. - sempre melhor do que hipócrita. - ainda tenho de saber de que lado estás. - do lado de dentro. - idiota!

"Obrigada." Foi a minha resposta aliada a um sorriso. Harry havia chegado naquele momento e, junto com Ben, que o recebeu, caminharam para o canto da sala, o preferido dos homens. Começo a pensar que aquilo tem mel.

As entradas foram servidas e todos caminharam até a mesa de centro em busca de satisfazer o ratinho que está no estômago. Quantos de nós não enchem só a barriga nas entradas?

"Devo dizer-te que estás mesmo bonita hoje." Harry sussurrou ao meu ouvido fazendo-me arrepiar.

Hoje decidi realmente esmerar-me um pouco e variar. Troquei o elástico do cabelo por um pequeno gancho, a camisola grande e larga por uma de malha branca mais do meu tamanho e as calças largas por uma saia de cintura subida preta até um pouco acima dois joelhos. O resto manteve em mim, até o eu interior.

"Obrigado." sorri olhando-o. Estava de camisa e gravata como se fosse para uma festa. "Aviso-te que elas são minhas primas e que os pais delas possuem armas que rebentam com o teu material genital em 2 segundos." brinquei murmurando.

"Hum, são boas e a ideia de ficar ser o mini-mim é tentadora, mas vou dispensar. Estou de dieta este fim de semana." ri-me juntamente com ele.

"Ora bem se não é o suposto novo amigo da Julianne." Jack, o meu pai, disse aproximando-se.

Harry estendeu a mão meio confuso.

"Este é o Harry." Disse-lhe.

"Bem vindo, Harry. Sou o Jack. Metes-te com ela e já deves saber o que acontece aí em baixo." ele ri-se e Harry após uns segundos a pensar juntou-se a ele.

"Quem é ele?" Harry olha para mim.

"O homem da minha vida. Vá, um deles. O Ben também já é um homem, por isso conta."

"É teu...?"

"Pai? Exato."

"Parece que a família Wolf é para ser toda vista como homens. Nada de comestível."

"Somos comestíveis, mas não por pessoas como tu."

"Há pessoas que se encaixam perfeitamente." ele sussurra.

"Nem vou perguntar o significado disso.

(...)

O almoço foi super agradável pelo que, a sala de jantar se encheu de risos e piadas. Harry, apesar de se ter sentado longe de mim, integrou-se perfeitamente no meio da minha família. A minha avó até falou em casamento. Deviam ver a tonalidade da sua face. Harry ficou tão pálido com a ideia de casamento que foi necessário um gole de vinho para aliviar. Harry tem apenas 20 mas já se parece um adulto quando no seu estado mais formal e sério. Acho que vocês me entendem.

A ideia de um passeio com os miúdos até ao parque mais próximo tornou-se boa e todos os menores de 20 e Harry, decidiram ir.

As minhas primas passaram o caminho todos perguntar-me se ele não era o Harry Styles, o boxer. Apenas pude responder que não conhecia aquele Harry. Sim porque! Este Harry brinca com os miúdos e tenta parecer o herói das meninas. Brinca, conta piadas e até é de certa forma doce cconnosco. Nunca tinha conhecido este Harry. Confesso que estou a a gostar. Não dele, da maneira de pensar.

"OK, confessa que tu és o Harry famoso." Kyra, uma das minhas primas falou. Ela é do tipo de rapariga que todos os rapazes gostam. Roupas curtas, corpo definido. Ela e o Harry fariam um par perfeito. Pensando bem, ele é demasiado bom para ela.

"Mas que raio?!?" Ele olhou-me e eu encolhi os ombros. "Ok." suspirou enquanto se sentava no banco do lado dele. Assim fizeram as outras enquanto eu, que ficara sem lugar, os olhava atentamente. "Eu sou o Harry Edward Styles."

"Eu sabia." Sarah, a minha companheira e melhor amiga de infância, que por acaso é minha prima, gritou.

"É assim tão importante?" Ele olhou-a.

"Estás a brincar? Quando disser lá na universidade que o boxer mais cobiçado do mundo esteve mesmo perto de mim, vão passar-se." E lá vêem os devaneios da Kyra

"Queres um autógrafo?" ele brincou.

"Quero uma foto." Atirou.

"Tudo bem." ele sorriu. Em apenas 2 segundos ela já tinha o telemóvel na mão e estava sentada no colo do Harry. Ela abusa um bocadinho.

"Beijinho!" ela diz em vez de queijo e espetou um beijo nos lábios do rapaz. Ele meio atordoado sorriu no final e ela colocou um papel no bolso da camisa dele, como se ninguém tivesse reparado. Sarah olhou-me meio sem jeito tal como Tâmara. Crescemos as quatro juntas mas Sarah, mais que ninguém, tinha direito de ficar constrangida com os gestos da irmã gémea. Kyra roubou todos os pretendentes da irmã.

"É melhor ir ver os meninos." disse e afastei-me.

"Deixa lá, a Julianne nunca teve jeito para rapazes mesmo." ouvi-a dizer mas decidi ignorar. Assim que encontrei o banco seguinte, onde tinha uma visão perfeita dos miúdos e adolescentes que corriam pelo relvado a fazer jogos, sentei-me a apreciar as vistas.


The Girl behind the Mask ✗Onde histórias criam vida. Descubra agora