𝐴𝑞𝑢𝑒𝑙𝑒 𝑑𝑎 𝑒𝑛𝑟𝑜𝑙𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜

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April Pov's

Depois de uma longa noite sem dormir, com pensamentos paranóicos passando pela minha cabeça, "acordei" 6 horas da manhã.

Levantei da cama e cai no chão por causa da rapidez.

- Porra! - Murmurei me levantando enquanto eu xingava aquele chão internamente de todos os palavrões existentes.

Fui até o banheiro e me deparei com um monstro.
Ah não...
Pera.
Sou eu.

que ótimo jeito de acordar

Eu realmente acho que eu preciso de um dia no salão, eu tô parecendo um filhote de cruz credo misturado com um demônio.

Passei um sabonete no meu rosto e depois lavei o mesmo.
Escovei meus dentes e depois tentei arrumar meu cabelo.

Fui até meu closet encontrar uma roupa decente, e acabei colocando a primeira roupa que eu vi na minha frente.

Um moletom preto, uma calça legging e depois peguei meu tênis que eu achei jogado em algum canto do quarto.

Peguei minha mochila, meus fones e meu celular e desci as escadas, encontrando minha mãe ma cozinha.

- Bom dia mãe. - Falei sem animação sentando na cadeira.

- Bom dia! - Ela falou colocando um prato de panquecas na minha frente. - Posso te pedir uma coisa filha? - Ela questionou e eu assenti. - Me mostra as suas mãos. - Ela completou e eu engoli seco.

Estendi minhas mãos fechado o punho e depois abri lentamente.

Minha mãe pegou minhas mãos e virou elas colocando as palmas pra cima.

- Filha... Eu sinto muito. - Ela falou e me abraçou forte.

Deixei escapar umas lágrimas em sua blusa de frio, mas logo me recompus.

Se você não entendeu o motivo de ela ter falado isso, eu explico.

Bom, desde pequena eu sempre fui insegura em relação ao meu corpo e as coisas que eu faço... Eu ia no psicólogo, mas um tempo atrás eu parei.

Tudo isso de crise de ansiedade começou quando eu tinha 3 anos...
Na escola, tinha uma garota ruiva que fazia bullying comigo, quando eu tinha 10 anos.
Venhamos e convenhamos, eu nunca fui muito bonita, principalmente nessa idade... Mas isso não é motivo pra fazerem bullying comigo.

Bom, essa menina fez tantas coisas comigo que eu não tenho coragem de falar.

A "brincadeira" mais "leve", seria da vez que ela colocou tachinhas com as pontas pra cima na minha cadeira... Ou então quando eu estava entrando no campo e ela jogou um balde de tinta vermelha em mim.

É eu sei, louca e problemática.

Isso aconteceu durante um ano na minha vida, e pra confessar eu queria apagar isso.

Meus pais na época moravam juntos, e meu pai dizia que tudo que eu reclamava dessa menina era mentira.

O que eu não esperava era que ele estaria se envolvendo com a mãe da ruiva, motivo pra ela me odiar mais ainda.

É basicamente isso a história.

E sobre as mãos...
Quando eu tinha crises de pânico, eu apertava muito minhas mãos.
Com tanta força que as unhas ficavam marcadas na palma da minha mão, e com muito sangue.

Isso não acontecia há 4 anos, até ontem.

- Mãe, eu tenho que ir pra escola. - Falei enquanto ela me apertava mais.

𝐇𝐀𝐓𝐄  𝐌𝐄  || payton moormeierOnde histórias criam vida. Descubra agora