Merida, Follow your heart!

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Seus três irmãozinhos chamavam seu nome, tentando acordá-la. O dia tão esperado chegara. Era o dia de seu aniversário.

– Merida, Meridaaaa – gritava seus irmãozinhos pulando na cama. – Feliz aniversário!

Merida levantou sua cabeça e viu aquelas cabecinhas vermelhas rodeando-a e sorriu.

O aniversário de 16 anos é esperado por todos como o dia de transição. Sua mãe atormentou-a com os preparativos da festa a semana inteira. Como se Merida fosse ficar na festa.

Aos 16 anos, o jovem deve entrar na floresta e ir ao encontro de seu Soul-Patronus. O caminho é aonde seu coração guiar.

– Meninos, obrigada por acordarem a irmã de vocês. Mas agora poderiam dar licença, por favor? – disse Elinor da porta do quarto de Merida.

Os garotos passaram pela porta correndo um atrás do outro. Sua mãe sorrindo, fechou a porta e bufou.

– Enfim, Merida. O dia chegou.

Merida sempre gostou do Soul-Patronus de sua mãe. Uma pomba de fogo no estágio 3. Sua mãe nunca fora alguém aventureira.

Elinor sentou-se ao lado de Merida e disse:

– Precisamos te arrumar, querida. Uma roupa confortável para o encontro de seu Soul-Patronus.

Enquanto sua mãe vasculhava o guarda-roupa, Merida foi levada para um banho. As criadas a ajudaram a se lavar e pentear o cabelo. Merida sempre odiara ter que as criadas a lavassem como se ela fosse incapaz de levantar uma bucha. Mas era melhor não retrucar. Não hoje.

Em seu quarto, sua mãe havia deixado um vestido com as cores da festa. Verde e dourado.

– Diga-me que não terei que usar espartilho? – disse Merida olhando para as criadas, enjoada.

A mais velha, Hazelle, pegou o vestido e disse:

– Pelo menos não hoje.

O vestido era leve comparado aos vestidos de festa que sua mãe a obrigava a vestir. Seu cabelo fora trançado para não ficar em seu rosto durante a floresta e sapatos sem saltos combinando com o vestido fora posto ao lado de sua cama para ela vestir.

Quando terminada, as criadas encararam Merida.

– A senhorita está tão bonita. – sussurrou uma criada pequenina com cabelos loiros avermelhados no fundo. Susan.

– Obrigada, Susan. Eu gosto desse vestido. – respondeu Merida. Na maioria das vezes, ela odiava os vestidos que sua mãe escolhia.

– Merida, está pronta meu bem? – bateu sua mãe na porta do quarto.

Uma das criadas, Salette abriu a grande porta de madeira e sua mãe entrou, maravilhada.

– Merida, você está um espetáculo! – Disse sua mãe olhando para ela orgulhosa.

Merida girou devagar e mostrou o vestido.

– É simples. Eu gosto disso.

Juntas desceram as escadas para encontrar todos que esperavam a festa.

Na frente do castelo, amigos e familiares estavam todos bebendo, comendo e se divertindo a espera de Merida e sua mãe.

Seu pai estava conversando com os convidados quando sua mãe entrou sozinha perto do trono chamando a atenção de todos os convidados.

Fergus se apressou para sentar ao lado de Elinor quando ela começou o discurso.

– Como todos aqui sabem, o aniversário de 16 anos é especial para o aniversariante e para a família. Hoje, nossa primogênita e herdeira do trono, Merida, receberá seu Soul-Patronus!

Todos os convidados congratularam com gritos e palmas.

– Com vocês, Merida, filha de Fergus.

Merida estava com as pernas trêmulas. Ela dificilmente ficava nervosa.

Quando se sentou no trono, todos foram ao delírio.

Elinor olhou com reprovação para Fergus, que se levantou do trono e pegou uma taça na mesa ao lado.

– Um brinde a minha filha, Merida!

Merida por sorte, não precisou ficar muito tempo na festa. Ela teria que sair a procura de seu Soul-Patronus depois da primeira refeição imediatamente.

Enquanto comia em pé perto da mesa de assados, Elliot aproximou-se nervoso.

– Elliot, onde você estava? Pensei que não viria. – disse Merida com a boca cheia de óleo de porco assado.

Elliot pôs a mão direita atrás da cabeça, nervoso.

– Eu estava ajudando na cozinha. Você sabe, picando...

– Como assim picando? Elliot você sabe, não deve trabalhar aqui! – Merida o interrompeu, indignada. – Você é meu melhor amigo e quando virar rainha. – Ela parou. A ideia de ser rainha era absurda. – Quando eu virar rainha você terá um emprego de duque no reino. Eu prometo.

A corneta tocava alto perto dos tronos. Estava na hora de Merida ir à procura de seu Soul-Patronus.

– Está na hora. – Disse Elliot olhando para os olhos azuis de Merida.

– É, está na hora... – Merida respondeu insegura. – É difícil?

– O quê?

– Digo. É difícil achar seu Soul-Patronus?

– Merida, você se sairá bem. Nós vamos sempre à floresta. Não há com que se preocupar. Apenas siga seu coração.

Elliot estava pronto para te dar um abraço de boa sorte (ou talvez algo mais), mas Merida antes que percebesse suas intenções correu até o trono, onde sua mãe a chamava impaciente.

Merida subiu na plataforma onde estavam os tronos e olhou para todos que estavam em seu aniversário.

A maioria com mais de dezesseis, tinham seus Soul-Patronus brilhando em chamas. Uns pequenos, outros em quase estágio final. Era extremamente raro chegar ao estágio final.

Merida perdeu completamente o discurso de sua mãe enquanto pensava e olhava os Soul-Patronus dos convidados brilharem. A última coisa que ouviu foi: “Boa sorte, minha filha. Te amo.”

Quando menos percebeu, estava montada em Angus, a menos de 10 metros da floresta. Tudo estava acontecendo tão instintivamente que Merida teve que se concentrar.

Merida prendeu Angus no tronco de uma árvore na fronteira da floresta e disse:

– Está na hora, Angus. Me deseje sorte.

Então entrou.

A floresta sempre fora fria, escura e quieta. Os únicos barulhos que Merida ouvia eram de passarinhos e galhos balançando com o vento.

Merida fechou os olhos e relaxou. Uma música estanha tocava em sua cabeça.

Quando abriu os olhos uma tonteira tomou conta de seu corpo. A música ainda era possível ouvir, mas fora de sua cabeça. Ela estava distante, vindo entre as árvores ao sul.

Merida pensou: Será que é esse o sinal? E decidiu seguir seu extinto.

Quanto mais andava, mais o som ficava alto e perceptível. Sua trança havia se desfeito e seus cachos voavam ao seu redor. Até que ela chegou à fronteira.

A fronteira entre as legiões fica no meio da floresta, separada por grupo de pedras de mais ou menos três metros. Entre as pedras, ela pode ver seu Soul-Patronus.

Uma bola de fogo flutuava no ar mais ou menos da altura de sua canela. Era bonita, mas ainda imperceptível o animal.

Merida olhou para os lados. Ninguém saberia que ela passou a fronteira, afinal. E isso não seria culpa dela, certo? Ela apenas está indo atrás de seu Soul-Patronus.

Ela se aproximava lentamente das pedras e ficou atrás de uma, se escondendo. Quando virou seu rosto para localizar seu Soul-Patronus que estava bem no meio, teve uma surpresa.

Não pode ser!, pensou Merida.

The Big Four - Guerra das LegiõesOnde histórias criam vida. Descubra agora