Rapunzel nunca percebera o mundo desse jeito como Jack falara. De fato, neste momento ela observava o seu redor. Ela conseguia absorver de tudo que ela via alguma coisa. Tudo ao seu redor deveria ter uma história, seja da folha que caiu de determinada árvore até quem pisou naquele solo a procura de seu Soul-Patronus em seu aniversário de 16 anos. Tudo é mais profundo do que se pensa.
Tudo que a natureza fazia era gracioso. Desde o modo que o vento batia nas folhas e elas balançavam até os grãos de terra do chão. Todos os elementos combinavam entre si.
– Eu também entendo porque você foi escolhido para estar na profecia. – disse Rapunzel, voltando a olhar para Jack.
– Por quê? – ele perguntou, sorrindo de lado, mostrando sua covinha.
Ela não respondeu. Às vezes as maiores respostas não precisam ser respondidas em diálogo.
Ela soltou suas mãos das dele e pulando alegremente ela pegou uma flor do arbusto ao lado e pôs em seu cabelo, cantarolando.
Ele ficou a observando, boquiaberto pela sua graciosidade.
Ela arrancou os sapatos e continuou a dançar e cantar uma música que ela ouvia sua mãe cantarolar quando ela era pequena.
– Você canta bem. – disse Jack, sorrindo com as mãos no bolso.
Ela parou de cantar e o encarou perplexa.
– Minha mãe sempre cantarolava essa música por mais que nunca tenha a cantado para mim. Você considera minha voz boa?
– Absolutamente. De todas as vozes que me lembro de ouvir, a sua é a melhor.
Ela sorriu sem graça e aproximou-se dele.
– Você sabe dançar? – ela perguntou, puxando seus braços com as mãos trêmulas e suadas. Mas a ideia de ser aproximar tanto de garotos não era tão assustadora com antes.
– Você já dançou em par? – perguntou Jack, encarando os olhos divertidos da garota.
Rapunzel olhou para ele e sorriu.
– Nunca dancei acompanhada. – ela revelou.
Ele pegou sua cintura e começaram a dançar.
Ele já havia dançado com várias garotas. Darcy dançava muito bem e vários passos que eles faziam eram passos que Darcy havia ensinado a ele nos festivais. Talvez Darcy não fosse tão inútil assim.
Não precisava de música. O som do vento juntamente com a água correndo e os cantos dos pássaros faziam com que eles tivessem a melhor orquestra que poderiam ter numa dança.
Não se sabe quanto tempo eles dançaram. Momentos bons não se percebem o tempo.
A mão dele estava em sua fina cintura. A outra segurava firmemente a pequena mão dela. O tempo havia parado enquanto ele olhava para as esmeraldas que eram seus olhos.
Seus pés dançavam em perfeita harmonia. Eles não se moviam de modo elaborado. Eles apenas se moviam. Se moviam de acordo com o coração, para lá e para cá, lentamente. O corpo deles não tinha um centímetro de distancia. Eles estavam realmente grudados.
No final, sem mesmo perceberem eles estavam na beira de uma cachoeira, com os pés na água, relaxando.
– Se não fosse pelos ocorridos com o pai de Soluço, eu poderia dizer que hoje é o melhor dia de todos. – sussurrou Rapunzel, com o maior sorriso no rosto.
– Eu gosto de acreditar que sempre haverá um dia melhor do que o melhor dia de todos nos esperando.
Rapunzel o encarou e refletiu as palavras rapidamente e começou a acreditar na mesma coisa que ele. O futuro sempre guardará uma agradável surpresa.
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The Big Four - Guerra das Legiões
Fanfiction"Há um lugar. Um lugar longe, mas tão perto. Um lugar pequeno, mas tão imenso.Um lugar cheio de magia..."Uma espécie especial vive nessa terra. Essa espécie com quatro raças: a raça do fogo, água, terra e ar.Mas uma se sentia mais importante que a o...