|Jack| Self Destructive

277 20 0
                                    

O som das folhas farfalhavam perto dos ouvidos de Jack.

O chão estava úmido e aconchegante em seus pés.

Jack acreditara que seu tio estaria entre as pedras. Não fora o caso.

Estranhamente ele fora guiado por Jamie até os três. Fazia pouquíssimas horas que seu tio desaparecerá estranhamente e Jack perguntava-se loucamente por quê.

Jack sempre se sentira sozinho. Nunca seu tio explicara o motivo dele não se lembrar de nada a não ser seu nome. A única coisa que ele falara fora: com o tempo você entenderá.

E cada tentativa de perguntas, seu tio ignorava completamente.

O que Jack sabia: seu aniversário, que seu tio era por parte de pai e que sua família morrera. O motivo? Era o que Jack mais ansiava em saber.

Quem ele era? O que ele tinha? O que aconteceu? Por que essas coisas estão acontecendo com ele?

Até onde ele sabe, ter um único membro em sua família e ela ainda sumir na sua frente justamente no dia de seu aniversário não é algo que pode se chamar de sorte.

Ele não era o melhor tio. Mas era seu tio.

Jack não podia perguntar, questionar, reclamar. Apenas concordar e calar-se perto do tio. Era como se vivesse em uma ditadura.

Quantas vezes Jack sentira a vontade de afogar aquela cabeça velha de Elijah.

Ele abriu a porta da casa e jogou-se no sofá. Nada parecia diferente. A casa estava quieta como sempre, arrumada e o cheiro de Elijah ainda estava na casa com seus pertences. Jack não mudaria nada, pois era assim que deveria ser. A casa ainda pertencia a Elijah.

Jack pegara a espada em sua mão e a encarou. Seu reflexo estava na lâmina prateada. Ele não conseguia se encarar por muito tempo e desviou o olhar.

Não que ele se considerasse feio ou algo do tipo. Jack sentia que ele apenas poderia olhar nos olhos de alguém quando a entendesse. Quando quisesse passar a verdade a ela e confiança.

Mas Jack não confiava em si mesmo. Não se entendia. Olhar para si mesmo era tão doloroso quanto imaginar o quão feliz ele deveria ser no passado.

Mas por algum motivo, Jack não conseguia parar de pensar nos olhos de Rapunzel. De ninguém de sua Legião ele encarava. Nem de Darcy e nem de qualquer valentão. Mas algo em Rapunzel fazia com que ele quisesse que ela o entendesse.

E quem sabe assim ele também se entenderia.

Jamie coçava o pescoço com o bico. Jack não se conteve e sorriu. Por birra, ele não costumava sorrir em momentos alegres. Ele apenas sorria para provocar alguém.

Enquanto Jack estava deitado no sofá com os olhos fechados, ele levantou-se como um furacão lembrando-se de algo: os cavaleiros da Legião do Fogo deveriam estar chegando.

Rapidamente, Jack pegou sua espada e a guardou em suas costas, dentro da jaqueta por precaução. Ele respirou fundo e saiu da casa.

Tudo parecia normal. Não tinha sinal de cavaleiros algum. Mas foi então que Jack notou que sim, haviam cavaleiros.

Eles estavam com longas capas e capuz. Os Soul-Patronus estavam escondidos dentro das capas. Era um ataque surpresa?

Jack decidira não atacar. Se ele fazia parte da Profecia, ele deveria ter paz com as outras Legiões. Só atacaria se eles reagissem...

Não reagiram. Alguém da corte do rei propusera a eles algo. O cavaleiro da frente confirmara com a cabeça e acenou para o s outros seguirem. Todos foram.

The Big Four - Guerra das LegiõesOnde histórias criam vida. Descubra agora